GESCOOP atenderá 50 cooperativas em 2018

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O aperfeiçoamento contínuo das práticas de gestão das cooperativas paraenses é o grande trunfo que o Sistema OCB/PA planeja executar no Estado através do GESCOOP, uma ferramenta que traça um diagnóstico estruturado de cada singular. Em 2017, a Cooperativa dos Agricultores da Região de Tailândia (CART) foi a primeira a receber o projeto piloto. Ao longo do segundo semestre, mais 9 singulares foram iniciadas nas etapas do Programa que traça um plano de melhoria à curto, médio e longo prazo. A intenção é elevar este número para, no mínimo, 50 cooperativas atendidas no próximo ano.

 

O GESCOOP é um programa piloto criado pelo Sistema OCB/PA para diagnosticar a cooperativa como um todo de modo a propor alternativas viáveis junto com os principais interessados: os cooperados. Através de uma oficina participativa, as cooperativas são incluídas no processo de diagnóstico. Se identificam os serviços que disponibiliza para o mercado, perspectivas de futuro, autoavaliação sobre atendimentos aos normativos e a inserção dos mesmos critérios do Programa de Desenvolvimento da Gestão Cooperativista (PDGC), baseado no modelo de excelência de Gestão da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).

 

Além da CART, receberam o GESCOOP e já estão na segunda etapa as cooperativas COOPROMUBEL, COOPRUSAN, COOPER, CASP, COOPABEN, COOPRIMA, D´Irituia e COAPEMI. A COOFARMI está na primeira etapa. Para alcançar a meta de 50 singulares no próximo ano, o Sistema OCB/PA promoveu um curso de repasse metodológico para capacitação dos profissionais de instrutoria e cada um atenderá de 3 a 4 cooperativas, conseguindo abranger um universo maior do total de singulares.

 

Com essa expansão, a Unidade Estadual da OCB também planeja aumentar o amadurecimento das gestões a partir de um aumento na participação do PDGC em 2018. Os participantes do GESCOOP serão avaliados e, conforme, o grau de maturidade, serão orientados a participar do Programa. “Trabalhamos um plano de melhoria para o futuro em até curtíssimo prazo. Em alguns casos, já conseguimos evidenciar melhorias em questão de um mês por meio dessa metodologia, que serve de base de informações para que alimentemos outros programas que temos, como o PDGC”, afirmou o superintendente do Sistema OCB/PA, Júnior Serra. 

 

Na primeira etapa, se faz o levantamento do perfil da cooperativa em relação ao seu negócio, a análise do macroambiente, considerando fatores como o cenário político, economia e demais variáveis que podem atuar externamente de forma favorável ou contrária. Depois se faz a análise do microambiente, analisando fatores internos críticos de sucesso, o que tem de positivo e como se pode potencializar, assim como o que é necessário melhorar. Na segunda etapa, é trabalhado o desenvolvimento do produto em relação à visão, missão e valores, assim como a elaboração de um plano de trabalho, estipulando ações, prazos e responsáveis. Em um terceiro momento, a própria equipe do Sistema irá acompanhar a finalização do processo através da gestão assistida, identificando se o acordado dentro do plano de ações está sendo executado.

 

O escopo de parceiros institucionais do Sistema OCB/PA também participa do GESCOOP, atuando de acordo com cada especificidade após as articulações levantadas pelas demandas das cooperativas.  “É necessário compreender a importância dessa ferramenta como apoio à gestão, assim como o planejamento estratégico para uma empresa mercantil qualquer, que pode ser atualizado, revisto e replanejado. Queremos criar esse senso de melhoria continua de boas práticas de gestão, de modo que se tornem cooperativas com cada vez mais potencial, desenvolvimento e sejam uma referência dentro do Estado. Isso gera um retorno para o próprio sistema que conta com cooperativas mais estruturadas, com acesso a mercado, maior número de cooperados e de empregados, gerando maior arrecadação para o Estado e para o Sistema, o que se reverte para a própria cooperativa e para o município”, afirma o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.