GESCOOP busca potencializar loja da CAMTA

 

 

Como uma opção de renda extra para os produtores e de inclusão das mulheres dos associados, a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA) está executando o Projeto da Casa do Cooperado, um espaço de comercialização dos produtos não beneficiados diretamente e não produzidos em grande escala. Com o suporte do Sistema OCB/PA a partir do Programa de Aprimoramento da Gestão Cooperativista (GESCOOP), a ideia é dar sustentabilidade e maior lucratividade ao negócio social.  A segunda etapa do Programa ocorreu na última terça (29).

 

A Casa funciona como uma loja que pertence à CAMTA. Além dos produtos beneficiados pela cooperativa como polpa de frutas, pimenta-do-reino, geleias e óleo de andiroba, também são comercializados os produtos não processados, tais como hortifrútis de forma geral, conservas de pimenta, “chop”, arroz, café, sabão caseiro, lanches, banana chip, mandiopam (biscoito feito como goma de tapioca e arroz), entre outras variedades de gêneros alimentícios.

 

“O objetivo inicial foi apenas manter a venda desses produtos através da Casa, dando um apoio na renda do cooperado. As esposas se engajaram e, hoje, participam bem do projeto, trazendo produtos artesanais que fazem nas propriedades como salgados e outras peculiaridades da culinária oriental. Entretanto, entendemos que é preciso gerar uma lucratividade mais efetiva não apenas para o cooperado, mas para a mantenedora do espaço que é a cooperativa.  Não adianta ser social, sem ser financeiramente sustentável. A loja precisa se manter”, afirmou a Gerente da CAMTA, Núbia Maia.

 

O Sistema OCB/PA, então, foi acionado para a implantação do GESCOOP, um Programa de diagnóstico das cooperativas a partir de uma avaliação geral, propondo alternativas viáveis junto com os principais interessados: os cooperados. Se identificam os serviços disponibilizados para o mercado, perspectivas de futuro, autoavaliação sobre atendimentos aos normativos e a inserção dos mesmos critérios do Programa de Desenvolvimento da Gestão Cooperativista (PDGC), baseado no modelo de excelência de Gestão da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).

 

O GESCOOP reuniu os gestores internos e cooperados para levantar as principais demandas. Como prioridade, se estipulou um prazo para elaboração de um plano de negócios a ser apresentado em Assembleia Geral. Na ocasião, se definirá qual é a missão da Casa do Cooperado, se continuará apenas o com cunho social ou se acrescentará ao projeto ações mercadológicas, com vista à ampliação das vendas. A intenção é verificar o ponto de equilíbrio, estabelecendo uma margem de contribuição em cada produto sobre as porcentagens a serem destinadas ao produtor e à cooperativa.

 

Também se levantou os pontos críticos da análise interna com dicas e tarefas para poder melhorar a administração, criando procedimentos com foco na gestão financeira, além de processos internos de recrutamento, seleção de funcionários e plano de cargos e salários. Na área do marketing, planeja-se promover a Casa de forma mais efetiva, tendo um slogan próprio vinculado à CAMTA, revendo a proposta de layout interno e a fachada da loja.

 

“Esses serão os nossos primeiros passos. Os outros ocorrerão conforme formos evoluindo, fazendo as adequações necessárias. É uma ferramenta mutável e poderemos detalhar mais à medida que selecionamos os pontos mais críticos. Acredito que vai nos ajudar muito. As estratégias e objetivos traçados durante o curso clarearam bastante o nosso foco que, antes, estava um pouco travado no sentido do que fazer e por onde começar. Agora temos metas, prioridades e prazos”, completou Núbia.

 

As ações estabelecidas seguem prazos mensais com o objetivo de serem finalizadas integralmente ainda neste ano. Para fevereiro, está prevista a apresentação em Assembleia do plano de negócio, constando todas as estratégias a serem promovidas. Também se verificará a possibilidade de modernização do sistema de pagamento, com inclusão de cartão de crédito e débito. “Estamos contentes com a inclusão da CAMTA nessa ferramenta, posto que é a nossa primeira singular constituída no Estado e uma das mais estruturadas atualmente. Sempre há o que melhorar e evoluir. A CAMTA prova isso para as demais, valorizando a importância de se promover práticas de melhoramento da gestão”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

 

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