Cooperativas de artesanato estão em alta no Oeste Paraense

Foto: Sidney Oliveira (Agência Pará)

Foto: Sidney Oliveira (Agência Pará) 

 

Não são apenas as paisagens paradisíacas que encantam os turistas em Santarém. O artesanato tapajônico, eleito um patrimônio artístico e cultural do Estado, também é uma das fortes atrações que vêm movimentando o comércio local. A Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta (Turiarte), por exemplo, está se estruturando para ampliar a participação no mercado através do Programa de Aprimoramento da Gestão Cooperativista (GESCOOP), aplicado pelo Sistema OCB/PA. Um dos objetivos é a exportação. Ainda neste mês, outro grupo artesãos unidos em associação está se organizando para constituir uma nova cooperativa no município, também visando fomentar o comércio da atividade.

 

Em janeiro, o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol e o Analista Diego Andrade acompanharam a reunião da Diretoria Executiva da Turiarte. A cooperativa está planejando ações estratégicas para potencializar a venda de artesanatos. Para isso, também está definindo a contratação de funcionário com fluência em inglês, com a finalidade de receber os turistas e negociar os produtos para fora do Brasil.

 

“A Turiarte surgiu com interesse de fazer turismo nas bases comunitárias, realizando roteiros voltados a grupos ou viajantes independentes. Oferece a oportunidade de encontrar o povo ribeirinho da Amazônia, conhecer sua cultura, suas tradições e seu modo simples de viver em harmonia com a natureza. A partir destes roteiros, os cooperados inserem o artesanato, que já está intrínseco no turismo local. Em contrapartida, a atividade acabou tendo importância maior do que o projeto inicial. Os produtos apresentam muita saída, sendo direcionados até para países da Europa. Isso criou uma abertura de um novo cenário ao qual é preciso se adaptar. Neste sentido, estamos auxiliando a estruturação da cooperativa”, afirmou Diego Andrade.

 

A singular oferece atualmente um catálogo de artigos em fibra de tucumã, tingidos com pigmentos naturais da região, produzidos por mais de 50 artesãs de 5 comunidades. Distribui seus produtos para uma rede de revendedores em diferentes cidades do Brasil, comercializa diretamente pela internet para os consumidores finais e vende em sua sede em Santarém e nas comunidades. Eventualmente participa de exposições e eventos, diretamente ou por meio de parceiros.

 

ASSOCIAÇÕES
Na visita à Santarém, o presidente do Sistema OCB/PA ainda esteve com outro grupo que solicitou orientação para constituição de cooperativa. Atualmente trabalham de forma individualizada, muitos até em comunidades ribeirinhas que confeccionam seus produtos e levam apara o Centro de Artesanato de Santarém Cristo Rei, onde comercializam a produção. Peixes empalhado, biojoias feitas com sementes e caroços de frutas, instrumentos musicais, artesanato a partir do retalho de panos e sobras de material da natureza são alguns dos produtos comercializados.

 

Muitas associações estão envolvidas no Centro. No entanto, o grupo sentiu a necessidade de se organizar no formato cooperativista para melhorar os resultados das vendas, já que o espaço fica localizado em uma área de pouco movimento. Se está construindo a minuta do estatuo social junto com equipe jurídica e, após arquivamento dos documentos na Junta Comercial do Pará (JUCEPA), se procederá o registro da nova singular no Sistema OCB/PA.

 

“O grupo deseja ampliar a participação e comercialização no mercado local e até exportar para fora do país. É um produto da Amazônia que, por si só, já possui grande valor agregado ao utilizar insumos da natureza. Só que os artesãos não podem ficar reféns de atravessadores. A cooperativa será um meio direto de venda. Eles entenderam que podem realizar esse processo, desde que se especializem e estamos aqui para auxiliá-los conforme nossas diretrizes”, afirmou Ernandes Raiol.

Shadow
Slider
  • Seg - Sex | 08h às 12h - 13h às 17h
SISTEMA OCB/PA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.