Cooperativas fecham R$10mil em negócios no Festival Ilhas e Sabores

 

Os produtores rurais organizados em cooperativas possuem mercado, produto e condições de abastecer o Estado, mas a dificuldade de escoamento da produção os faz refém de atravessadores.  O Festival Brasil Sabor permitiu esse contato direto entre o agricultor e os consumidores finais, gerando R$10mil em vendas diretas somente para as cooperativas, além de outros negócios fechados. Em 2018, nove singulares participaram da Feira Regional Ilhas e Sabores, organizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Pará (ABRASEL/PA) na última semana. O espaço do cooperativismo foi promovido pelo Sistema OCB/PA.

 

O Festival Ilhas e Sabores foi a programação regional da 13ª edição do Circuito Brasil Sabor, que ocorre em todo o país. Desde que Belém recebeu o título de Cidade Criativa da Gastronomia, a cidade vem se destacando como uma referência no Brasil, impulsionando a gastronomia da região até mesmo para fora do país. Trinta stands de restaurantes comercializaram pratos da culinária amazônica e, além disso, houve uma sala com vivência de cacau e chocolate full time. Uma das atrações especiais deste ano foi a “Casa de Farinha de Bragança”, comandada pelo mestre Bené, que mostrou ao público, ao vivo, todo o processo de fabricação da farinha.  

 

Ao longo dos três dias de evento, vários chefs paraenses e de outras cidades brasileiras ministraram palestras, aulas e workshops para os participantes no Espaço Área do Saber. Também estiveram presentes 20 barracas de produtores locais convidados a participar do evento, a fim de estreitar a relação com o consumidor final e para ampliar o conhecimento do público sobre todo o processo, desde a matéria prima, até o produto final. Entre os 20 expositores, participaram nove cooperativas: CAMPPAX (São Félix do Xingu), CASP (Vigia), COOMAC (Bragança), COOMAC (Curuçá), D'IRITUIA (Irituia), COAPEMI (Irituia), COOPRIMA (Primavera), COOPABEN (Benevides) e COOSTAFE (Ananindeua).

 

“A iniciativa nessa versão da feira foi muito importante para ambas as partes. As cooperativas conseguiram alavancar o conhecimento do produto e o reconhecimento do trabalho que executam, algo fundamental para quem enfrenta a dificuldade de escoar a produção. A população desconhece o que é produzido por eles. O produto chega apenas por atravessadores. Esse momento permitiu que as pessoas identificassem que estão no mercado, servindo de uma ponte para o produtor e o consumido final”, afirmou a presidente da Abrasel/PA, Rosane Oliveira.

 

De acordo com dados apurados pelas listas de visitantes apenas no espaço do cooperativismo, 500 pessoas passaram pelo local além dos que não assinaram. Somando, a feira gerou para as cooperativas expositoras aproximadamente R$ 10mil em vendas diretas aos visitantes. Além dos diversos contatos com os donos de restaurantes. A Coomac Curuçá foi alocada em uma das mesas de negócios e recepcionou compradores que participaram da rodada. A cooperativa fez vários contatos e firmou negócios para fornecimento em produtos pós feira.

 

A Coostafe, que é de Ananindeua e desenvolve um trabalho com internas do CRF, também conseguiu bons resultados. Além de ter realizado as vendas de produtos feitos pelas internas, conseguiu voluntários para irem até o presídio ministrar cursos e/ou palestras, conversar com as cooperadas e desenvolver o trabalho.

 

“Estive com as singulares durante os três dias de Festival e pude acompanhar o grande sucesso de vendas. Fomos bastante elogiados, mas temos ciência do que é preciso ajustar na organização produtiva para nos posicionarmos de modo mais efetivo. A parceria com a Abrasel é um canal importante, pois nos possibilita divulgar que existe esse produto e assim chegar nos estabelecimentos associados como insumo para a produção do cardápio, assim como para a dona de casa”, afirmou o presidente Ernandes Raiol.

 

 

 

A Parceria

 

A participação das cooperativas no Festival foi desdobramento de termo de cooperação técnica entre as entidades. O objetivo é estreitar a relação entre os empresários do setor. De acordo com o previsto no termo, o Sistema OCB/PA fará o levantamento da produção das cooperativas, mercadorias e a quantidade ofertada. A Abrasel responderá sobre a disponibilidade de compra, periodicidade e locais para entrega. O termo também prevê a participação de representante da Abrasel em capacitações realizadas pelo Sistema OCB/PA, orientando sobre as melhores formas para o produtor gerar melhores resultados na comercialização dos produtos.

 

 

 

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