Cooperativas constituem Central Agro no Oeste Paraense

 


Santarém terá uma referência de abastecimento e distribuição dos produtos oriundos da agricultura familiar para o mercado local. Cinco singulares da região decidiram constituir a Central das Cooperativas Agropecuárias do Oeste Paraense, responsável por fortalecer a representatividade produtiva dos cooperados, ampliar a fluidez dos processos administrativos e promover um melhor acesso ao mercado. O Sistema OCB/PA está acompanhando as tratativas. No próximo mês, a Central receberá o Programa de Aprimoramento da Gestão Cooperativista (GESCOOP).

 

Dentro do planejamento estratégico do Sistema OCB/PA direcionado para o fortalecimento do ramo agropecuário na região, identificou-se a necessidade de diminuir o número de cooperativas e potencializá-las através da incorporação. As singulares que não aderiram ao processo decidiram constituir a Central Agropecuária, composta pela COOPFAN, COOPBOA, COOPAFS, COOPMAM e ACOSPER. O objetivo foi criar um grande centro para abrigar a mercadoria dos associados e distribuí-la para os possíveis clientes.

 

Em reunião com a diretoria da Central, a gerência de desenvolvimento do Sistema OCB/PA definiu as datas para execução de cada etapa do GESCOOP. No início e no final de novembro, será desenvolvido um plano de ações estratégicas futuro para que consigam enxergar o caminho a ser tralhado e gerar resultados tanto para a central, quanto para as singulares e cooperados.

 

“A partir dessa ferramenta, terão uma linha de direcionamento para que a iniciativa dê certo e se torne um case de sucesso na região de Santarém. Apesar de a recomendação inicial ter sido a priorização para a incorporação, julgamos importante o sistema estar acompanhado o processo para orientar no que for possível e, assim, fortalecer a Central”, explicou o gerente Vanderlande Rodrigues.

 

O principal objetivo de uma Central é servir de retaguarda para as singulares com orientação técnica, jurídica e sistêmica. Desta forma, se oferece condições para que as singulares se preocupem diretamente com o negócio, evitando atividades que desgastam o tempo de gestão, prejudicam a área produtiva e afetam o aprimoramento de resultados.

 

Outros modelos de Central, como a Aurora, se propõem a verticalizar produção, o que cada singular sozinha não teria condições. Apesar de não ser uma Central de negócios, a iniciativa que está se consolidando em Santarém também poderá ser de comercialização. A gestão buscará parcerias que possam ser compartilhadas com todos os cooperados, tais como a aquisição em escala de insumos, defensivos agrícolas e outros benefícios de caráter social que podem atender às necessidades dos produtores na ponta.

 

As cooperativas trabalham principalmente com polpas de frutas, farinhas e extrativismo, a exemplo da seringa. Com a união, a capacidade produtiva dos agricultores cresce. Porém, a central ainda não poderá assumir a representatividade frente ao mercado institucional já que a pessoa jurídica que representa as pessoas físicas precisa apresentar DAP.


“Conversamos com os dirigentes que apontaram o mercado como sendo favorável e a união socioeconomicamente viável para o grupo. Continuaremos acompanhando, convictos de que esse é o caminho para o crescimento. De modo algum poderemos retornar a práticas antigas, quando cooperativas disputavam entre si pelo mesmo mercado e, pelo fracionamento produtivo, nenhuma obtinha resultados satisfatórios. Não há dúvidas que, juntos, somos mais fortes”, afirma o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

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