Cooperativismo expande em Cametá

 

Localizado no polo nacional da produção de açaí, Cametá é uma fronteira aberta para a expansão do cooperativismo. Na última semana, o Sistema OCB/PA realizou um trabalho de contato com a base produtiva e com o meio acadêmico no município. Foram feitas visitas técnicas para análise de registros de cooperativas na entidade, assim como palestras para alunos pertencentes ao curso de agronomia no campus regional da Universidade Federal do Pará (UFPA). Foram identificadas singulares com amplo potencial e nível de verticalização.

 

Uma das singulares que efetivaram o registro foi a Cooperativa Dos Produtores Rurais Do Baixo Tocantins (Cooprubat), na Vila de Curuçambaba. O grupo de produtores rurais solicitou o processo após ser aprovado em chamada pública da Secretaria de Educação (SEDUC), entidade que já vem exigindo o registro das singulares na OCB/PA. Após o envio da documentação necessária, a equipe da Unidade Estadual fez visita protocolar para análise do funcionamento, estrutura física, atuação dos cooperados e gestão.

 

A Cooprubat possui 290 cooperados distribuídos nas diversas ilhas de Cametá. A produção é coletada nesses pontos e direcionada para a armazenagem na sede em Curuçambaba. O carro chefe é o açaí in natura e derivados da mandioca, além de hortifrutigranjeiros.  A mandioca já é processada em casa de farinha.

 

“Detectamos que a cooperativa está devidamente organizada, com uma sede que comporta a produção de um número expressivo de cooperados. Há, inclusive, uma intenção de estreitarem relação com a CAMTA. De acordo com os produtores, muitos produtos da região são comercializados para Tomé-Açu, porém, passando por atravessadores e minimizando o lucro”, explicou o gerente de desenvolvimento do Sistema OCB/PA, Vanderlande Rodrigues.   

 

 

Outra singular que teve o registro deferido foi a Cooperativa dos Produtores Familiares Rurais Amigos da Terra (COOPFRAT). O contato com o Sistema foi feito através da Adepará, que realizou vistorias para concessão de selo artesanal em uma série de produtos. Foi identificado que a singular possui potencial para expandir os negócios em todo o Estado, pois já realizam o processamento de polpas de frutas e possuem casa de farinha unificada para padronizar a produção dos cooperados.

 

“É um empreendimento preparado para o mercado com estrutura de fábrica para verticalizar a produção. Só faltava o registro que também foi deferido. Já estamos programando cursos e capacitações específicas sobre cooperativismo, que é uma das principais demandas identificadas em ambas as cooperativas do município”, reitera Vanderlande.

 

  

 

Universidades

 

O Sistema OCB/PA também participou de Seminário sobre Cooperativismo organizado pela UFPA, campus Cametá. A palestra foi voltada para um grupo de engenheiros agrônomos em formação que pretendiam conhecer mais sobre o setor e sobre como o sistema promove orientação na construção de planejamento estratégico. A estruturação do GESCOOP foi apresentada como uma ferramenta administrativa de apoio à gestão cooperativista.

 

“Nessas agendas em Cametá, conversamos tanto com produtores fora do Sistema, mas também com a academia com a qual temos a intenção de alinhar conhecimento sobre o cooperativismo, já que esta serve de indutor para gerar futuros cooperativistas. O município é uma região fértil para desenvolver o setor com o açaí e outras culturas expressivas. Teremos uma atuação mais presente da OCB/PA, tanto no direcionamento de ações nas cooperativas quanto em eventuais oficializações de parceria com a UFPA e Prefeituras”, enfatizou o presidente do Sistema OC/PA, Ernandes Raiol.

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