COOTPA é a 1ª cooperativa de reciclagem a utilizar energia renovável

Por meio de um projeto do Ministério Público do Trabalho, a cooperativa conseguiu a instalação de 24 placas fotovoltaicas

 

Quando o trabalho é bom o reconhecimento vem. Esse é o lema da Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Aurá (COOTPA) que, aos poucos, está mudando a vida de 19 cooperados em quase 20 anos de atuação. Com o início na coleta de materiais recicláveis ainda no antigo lixão do Aurá, em Ananindeua, que chegou a ser o 2º maior do Brasil em número de catadores, a COOTPA buscou a organização e a profissionalização para melhorar a qualidade de vida, aumentar a renda e a autoestima de ser um profissional da reciclagem. Não à toa, isso chamou a atenção de vários grupos empresariais e de agentes públicos, como é caso do Ministério Público do Trabalho que, por meio de um projeto social, conseguiu recursos para a instalação de 24 placas fotovoltaicas de geração distribuída para cooperativa, o que a transformou na primeira cooperativa de reciclagem a utilizar energia renovável no Pará.


Em 2016, a renda média por quinzena de um cooperado era de R$ 60,00. Depois de toda a reestruturação chegou a ser de R$900,00. Com a pandemia, ainda está oscilando na marca dos R$400,00. A conta de energia era uma das vilãs devido ao maquinário utilizado diariamente e mesmo antes dessa política de bandeiras verdes, amarelas e azuis, que só se sabe quanto se consome, mas nunca quanto de fato vai se pagar de fato, a cooperativa chegou a pagar mais de R$800, 00 pela energia elétrica.

 

O Ministério Público do Trabalho incluiu a cooperativa em um projeto para a instalação de placas fotovoltaicas, com o sistema de geração distribuída, que gera energia e devolve para a rede. Hoje, basicamente, a cooperativa arca com os tributos e a iluminação pública, e paga um valor médio de R$ 120,00.

 

Além do aspecto econômico, a energia solar fotovoltaica é proveniente de uma fonte abundante, gratuita, silenciosa, sustentável e limpa, que traz benefícios ambientais e sociais alinhados aos valores das cooperativas de reciclagem, por ser não poluentes e a fonte de energia mais barata do mundo.


“Estamos mostrando mais uma vez para a sociedade que, além de dar a destinação mais adequada aos resíduos que podem ser reciclados, estamos também preocupados com a forma tradicional de geração de energia, que provoca muitos impactos ao meio ambiente. Também temos uma economia com a energia elétrica,  que nos permitirá investir em outras áreas na cooperativa. Estamos certos que esse modelo de energia é o ideal para nós”, conta Noêmia do Nascimento, presidente da COOTPA.


“Isso mostra o quanto às cooperativas de reciclagem estão empenhadas em realmente vivenciar a sustentabilidade em essência. Reciclagem e produção de energia renovável caminham juntas para um estilo de produção voltado para a sustentabilidade ambiental e econômica”, ressalta Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA.

Sustentabilidade

Dados de 2019 da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) indicam que as instalações de placas fotovoltaicas representam 99,8% da geração distribuída no Brasil, num total de 171 mil sistemas conectados à rede e mais de R$ 10 milhões de investimentos acumulados desde 2012.

No ranking nacional de produção energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Absolar indica que o Pará está 18º lugar em produção de energia por meio de painéis fotovoltaicos com 1,2% de participação.

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