Transprodutor qualifica cooperados para navegação de carga

 

 

Para Elton Souza, de 18 anos, e Ítalo Santos, de 22 anos, a embarcação representa grande parte da sua vida. Agora, será oficialmente uma profissão. Com o curso de Marinheiro Auxiliar de Máquinas, promovido pela Transprodutor por meio da Capitania dos Portos, 15 pessoas entre cooperados, filhos e mulheres de cooperados que irão receber habilitação para navegação de carga. 

 

A capacitação reúne pessoas de mosqueiro, Santa Bárbara, Combu, Cotijuba e ilhas ao entorno de Belém onde há cooperados. A intenção é proporcionar o crescimento da cooperativa abrangendo a própria família do cooperado, garantindo também mão de obra qualificada para atuar em possíveis novos processos licitatórios.

 

“Nossa filosofia é de uma cooperativa familiar. Para nós, é muito importante que toda a família cresça junta. Por isso estamos procurando trabalhar a qualificação deles para prestarmos sempre um excelente serviço aos nossos clientes. Daqui, vamos partir para outros municípios onde temos cooperados e atendendo ainda mais pessoas”, reiterou o presidente da TRANSPRODUTOR, Newton Leão.

 

O Curso Especial de Marinheiro Auxiliar de Máquinas é realizado pelo Departamento de Ensino Profissional marítimo da Capitania dos Portos. Ocorre ao longo de toda a semana, na Sala de Treinamento do SESCOOP/PA.  Forma profissionais para exercer atividades como aquaviários do 1º Grupo (Marítimos, Seções de Convés ou de Máquinas), com inscrição na categoria de Marinheiro Auxiliar de Máquinas (MAM), inicialmente no nível de equivalência 1.

 

 

 

 

Com a habilitação, o profissional pode prestar serviço de apoio em embarcações com arqueação bruta menor do que 300 e potência propulsora menor do que 250 kW empregadas na navegação interior e na navegação de apoio portuário. Também pode atuar em embarcações de esporte e recreio.

 

Para Elton Souza, a capacitação vai trazer segurança para pilotar na legalidade. “Já trabalho em embarcações, mas não tinha habilitação. Comecei a trabalhar no início do ano, estou há 6 meses atuando em cooperativa desde que completei os 18 anos. Porém, sei pilotar desde os 10 anos. A expectativa é grande para receber minha qualificação, aprender um pouco mais sobre a parte mecânica e depois poder pilotar legalmente”.   

 

Após um ano de efetivo embarque, o aluno formado por esse curso poderá fazer o Curso Especial de Segurança de Embarcações de Passageiros (ESEP). Se aprovado, ascende ao nível 2 e presta serviço como Patrão de embarcações com arqueação bruta menor do que 50 e potência propulsora menor do que 250 kW empregadas na navegação interior e na navegação de apoio portuário.

 

“Muitos possuem embarcações, pilotam há muito tempo, mas não possuem carteira de habilitação. Um dos nossos objetivos é esse. São cursos obrigatórios, assim como o é para se habilitar como motorista de carro. Fazemos o curso, passamos a prova de qualificação para testar se assimilou o conhecimento e, se aprovado, recebe sua carteira de aquaviário”, explicou o Coordenador de Cursos da Capitania dos Portos, sargento Leal.

 

 

 

A TRANSPRODUTOR

A Cooperativa de Transporte dos Produtores Rurais do Estado do Pará (Transprodutor) atua no transporte de produtores rurais, minérios, soja, transporte escolar e turismo. É multimodal, atuando tanto por vias fluviais quanto terrestres. Atualmente a cooperativa possui 680 cooperados em 17 municípios, como Santa Bárbara, São Miguel, Paragominas, São Sebastião da Boa vista, Melgaço, Ponta de Pedras, Chaves, Monte Alegre, Maracanã, Limoeiro do Ajuru, Santa Maria, Santa Izabel.

 

A singular tem forte presença em processos licitatórios, especialmente em editais para transporte escolar. “Temos acompanhado o trabalho e a evolução da cooperativa. Parabenizamos sua diretoria e continuamos à disposição para auxiliar nas próximas etapas de seu planejamento estratégico”, comentou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

 

A diretoria da cooperativa também já está estruturando projeto para criação de peixes nas propriedades rurais dos próprios cooperados. De acordo com o presidente, o projeto já está adiantado com instituições financeiras que sinalizaram positivo para linhas de financiamento. A intenção é garantir mais uma fonte de renda para os associados, muitos dos quais estão com suas atividades ainda paralisadas por conta da pandemia, como é o caso do transporte escolar.

 

“A cooperativa sempre buscou ter um mix de atendimentos, não atuando apenas em uma atividade. Isso é o que nos fez continuar de pé, mesmo com todas as dificuldades que a pandemia trouxe. Estamos elaborando esse projeto de piscicultura e estamos lutando para que comece grande, trazendo de fato benefícios aos nossos associados”, explicou Newton.

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