SESCOOP/PA e Unimed Belém iniciam projeto de saneamento no Marajó

Presidente da Unimed Belém, Wilson Niwa, visita a Comunidade do Palheta para implantação de projeto de responsabilidade social

 

Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Pará (SESCOOP/PA) e a Unimed Belém iniciaram a primeira etapa do projeto de implantação de um sistema alternativo de saneamento por meio de banheiros secos ecológicos, com uma visita técnica à comunidade do Palheta, em Muaná, na Ilha do Marajó. Durante a visita, também foi realizado um levantamento sobre as potencialidades econômicas e produtivas da comunidade, com vias na criação de cooperativas agropecuárias e de trabalho, produção de bens e serviços.

 

O projeto é resultado da campanha de voluntariado cooperativista, o Dia de Cooperar, que este ano foi totalmente voltado à assistência de comunidades e cooperativas em situação de vulnerabilidade. A Unimed Belém é parceria da campanha desde a primeira edição, em 2014. Como o projeto atende a sete dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), o SESCOOP/PA estruturou e apresentou à Unimed Belém, que já realiza um trabalho assistencial com comunidades ribeirinhas há mais de uma década.

 

Segundo informações levantadas pelo SESCOOP/PA, o Palheta possui baixos Índices de Desenvolvimento Humano. Das 38 famílias que moram lá, apenas 8 possuem banheiros de alvenaria. Todos com fossas diretamente no solo, o que acaba contaminando o ambiente.

 

 “A contaminação da água é um dos graves problemas na Amazônia, porque ao afetar o meio ambiente incide diretamente na saúde das comunidades ribeirinhas. Implantar sistemas de tratamento de dejetos é um investimento na saúde das pessoas”, explica Eduardo Abrahão, coordenador da responsabilidade social da Unimed Belém, Eduardo Abrahão.

 

Estrutura

A tecnologia a ser utilizada será de baixo investimento, evitará a contaminação do solo e produzirá insumos que podem ser utilizados como fertilizantes naturais.  Será um sistema integrado de uso e tratamento dos resíduos humanos (fezes, urina e papel higiênico) sem consumo de água. Funcionará através de uma câmara isolada e impermeável em que se misturarão os resíduos com serragem, promovendo a compostagem seca e a reintegração do excedente (em forma de composto) ao ambiente.

 

O SESCOOP/PA atuará na organização da produção para fomentar a verticalização produtiva na própria região. A intenção é organizar as comunidades para que formem uma cooperativa ou se estruturem para participar de alguma já existente. “O nosso objetivo vai além da implantação dos banheiros ecológicos, queremos levar possibilidades viáveis de sustentabilidade social, econômica e ambiental para essas comunidades do Marajó. A Comunidade do Palheta será o nosso piloto e já excelentes perspectivas”, adianta Júnior Serra, superintendente do SESCOOP/PA.

 

A visita foi realizada no último final de semana e o resultado foi encantador. Ainda segundo o superintendente, a comunidade é rica em história, gastronomia e possibilidades de implantação viável de cooperativas para produção e comercialização de aves, suinocultura, laticínios, hortifrútis, extrativismo, açaí e turismo agroecológico. “Ficamos encantados com a comunidade e seu modo de vida simples, sustentável e acolhedor. Conversamos com a comunidade e nas próximas etapas, vamos iniciar o processo de esclarecimento sobre o que é e como atua um negócio cooperativista”, explica.

 

No projeto, também estão previstos a realização de ações de atendimentos de saúde, em parceria com a Sociedade Bíblica Brasileira, revitalização da comunidade, por meio de pintura das casas.

 

Mercado

Após essa organização, está no planejamento estimular a intercooperação com outras cooperativas agropecuárias, como a CAMTA. A Unimed Belém também sinalizou interesse de fazer a compra de hortifrútis para abastecer as suas unidades de atendimento hospitalar. A intenção é inserir um selo de responsabilidade da Unimed nos produtos para também estimular os cooperados e funcionários a adquirirem a produção.

 

“Somos mais de 2 mil colaboradores e 1.800 médicos cooperados que podem também colaborar. Além das unidades que já temos, estamos construindo um novo hospital que vai ter uma grande demanda de consumo de frangos, ovos, entre outros produtos. Por isso é tão importante desenvolvermos a atividade agrícola das comunidades ribeirinhas mais próximas“, reiterou Wilson Niwa, presidente da Unimed Belém.

 

 

 

 

 

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