Parauapebas busca desenvolver cadeia de gemas e joias

 

O valor agregado na verticalização de gemas orgânicas pode chegar até a 500% do valor original, benefício que trará ainda mais desenvolvimento para Parauapebas e região. A Prefeitura municipal, por meio da SEDEN, e o Governo do Estado, via SEDEME, buscam fomentar a atividade. Uma das opções, apresentadas em Encontro Setorial ocorrido no último dia 18, é a organização dos produtores em cooperativas.  

 

O encontro setorial trouxe o tema “Gemas e Joias: Parauapebas em Foco”, com a intenção de desenvolver a cadeia produtiva por meio da verticalização na região de integração Carajás. A organização foi feita pela Diretoria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (DIGEM), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (SEDEME).

 

A mineração é o principal motor da economia de Parauapebas, em especial do ferro. No entanto, a cidade também é rica em outras vertentes minerais, como o ouro e pedras preciosas, hoje retiradas e exportadas para fora do município. A proposta da SEDEN e da SEDEME é incentivar essa comercialização, mas com o beneficiamento trabalhado em Parauapebas.

 

Para isso, estão sendo desenvolvidas políticas públicas de fomento. O primeiro passo foi a oferta do curso de Lapidação de Pedras Preciosas, ocorrido na Agrovila de Palmares Sul. Também já está sendo planejada outra turma. Concomitante à qualificação, articula-se a organização social dos produtores. Já existe um grupo de lapidários que têm interesse em constituir cooperativa para organizar a produção e a comercialização.

 

“Nosso papel, como representantes do Sistema OCB/PA, é orientar os produtores sobre o modelo cooperativista de empreendedorismo e apoiar a constituição dessas iniciativas. É um ramo muito promissor. No Estado, somente Belém, Parauapebas e Itaituba realizam esse trabalho com joias. Parauapebas é a única que tem, além do ouro, as pedras preciosas”, explicou a técnica de operações do Sistema OCB/PA, Flávia Gil.

 

O Encontro Setorial foi uma oportunidade para conhecer melhor os produtores, mostrar as possiblidades e instituições que podem apoiá-los. Também foram apresentadas as ofertas de crédito pessoal do Banpará, Banco da Amazônia e Banco do Povo.

 

“Tivemos um salto bastante positivo, inspirando alguns empreendedores a exercer suas funções de ourives, lapidários com excelência e incentivando o aperfeiçoamento e contínuo crescimento da atividade econômica. A OCB/PA é um parceiro de fundamental importância nesse processo, já que é necessário estimular a potencialização da cadeia produtiva e melhores condições de crédito no mercado”, reiterou a coordenadora de gemas e metais preciosos, Beatriz Oliveira.

 

Dentro das programações, também foram feitas visitas técnicas de representantes da Diretoria de Indústria, Comércio e Serviço da SEDEME às cooperativas Mulheres de Barro e COOPERTURE. O objetivo foi conhecer as singulares e levantar informações sobre suas necessidades para o fortalecimento das atividades e verticalização da produção.

 

O SETOR

Além de estar dentro do cenário internacional da mineração, Parauapebas apresenta em seu entorno grande oferta de quartzo gemológico, significativa produção de ouro de garimpo e ainda produção de gemas orgânicas, que poderão ser usadas na fabricação de quartzo através de irradiação comercial. Isso, para intensificar a cor original da pedra ou até mesmo dar uma nova cor a ela, e assim agregar um valor que pode chegar a, no mínimo, 500% em relação ao valor original.

 

Um dos planos de Governo da Prefeitura é a implantação do Polo Joalheiro de Parauapebas, que transformará o município num grande centro gerador de renda e mão-de-obra joalheira com uso de riquezas da região. Também se prevê a criação do Polo Tecnológico de Gemas e Joias, para formar profissionais em diferentes especialidades da indústria joalheira, tais como: Gemologia e geologia de Gemas, CAD Designers voltados para a produção de joias e acessórios amazônicos, especialistas em fundição em cera perdida, entre outros.

 

“Nosso plano de trabalho é estimular o design de joias e principalmente a lapidação. O que vai gerar emprego, renda, ocupação, imposto e vai transformar nossa cidade em um ponto turístico comercial. Acompanhando também esse processo, queremos transformar a parte de ourivesaria em produção industrial, produzindo foleados. Temos todas as matérias primas necessárias para fazer isso”, explicou o diretor de desenvolvimento econômico da SEDEN, Raimundo Matias.

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