Bragança conquista IG da farinha

 

Depois de quase 8 anos de luta, os produtores rurais de 5 municípios da região bragantina alcançaram o tão sonhado reconhecimento da Indicação Geográfica da Farinha de Bragança. A ação, coordenada pelo SEBRAE/PA, foi encabeçada pela cooperativa COOMAC Bragança com o apoio do Sistema OCB/PA e outras instituições parceiras.

 

O selo foi concedido pelo @inpibrasil. A IG garantirá aos produtores de Bragança e de outros quatro municípios da região a segurança da procedência e valorização de seus produtos, ampliando ainda mais mercado para o produto. Também é uma forma de proteção das características da maneira de fazer da região bragantina.

 

O processo de obtenção da IG da Farinha iniciou em 2013, quando os produtores do município se interessaram em buscar o registro de legitimidade para o produto, que é muito procurado nas feiras livres de todo o estado.

 

“É um grande momento de festa para Bragança e para agricultura familiar. Estamos em festa. Agora vamos ter o devido respeito com a farinha de Bragança, jamais seremos desvalorizados como já fomos um dia. Hoje, nossa farinha tem o nome, tem vez, tem selo. Agradecemos a todos os parceiros que estiveram conosco durante essa jornada. Parabéns a todos os agricultores que lutaram juntos para esta vitória”, comentou o presidente da COOMAC Bragança, Paulinho do Carmo.

 

Também participaram do processo a Fetagri, Prefeituras de Viseu, Tracuateua, Augusto Corrêa, Bragança e Santa Luzia do Pará, ADEPARÁ, EMATER, SEDAP, SETUR Turismo, IFPA, UFPA, MAPA, EMBRAPA, Fórum Técnico de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas do Estado do Pará, SENAR, UFRA, UEPA, CÁRITAS DO BRASIL, SEDEME, CDL Bragança e FAEPA.

 

Em março, o Sistema OCB/PA apoiou a cooperativa COOMAC Bragança na realização da Assembleia Geral Ordinária (AGO), com a disponibilização de ferramenta online para que os cooperados pudessem aprovar proposta de Caderno Técnico de Especificações (CTE).

 

Agora, o Pará passa a contar com quatro IGs já reconhecidas. Em janeiro de 2019, o cacau do município de Tomé-Açu recebeu o registro com a articulação da cooperativa CAMTA e em março deste ano, o queijo do Marajó recebeu a indicação. Além disso, Pará e Amazonas dividem a IG do guaraná da terra indígena Andirá-Marau.

 

O registro de Indicação Geográfica é dado a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado.

 

“É uma conquista muito importante para os produtores e para as cooperativas. Buscávamos por muito tempo essa valorização mais do que merecida. É fruto de muito esforço daqueles que lutam todos os dias para colocar na mesa dos paraenses um alimento de qualidade”, reiterou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

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