As cooperativas respondem por cerca de 210 mil toneladas de alimentos que chegam à mesa do paraense todos os dias. A partir do Seminário Especial
do Cooperativismo Agropecuário Paraense, ocorrido no dia 8 de junho, a proposta é que essa participação se torne ainda maior com o desenvol
A programação foi organizada em parceria com a Nós Soluções Sustentáveis e envolveu a apresentação das ações que estão sendo desenvolvidas para o Ramo Agropecuário, assim como as estratégias para a atuação das redes cooperativistas. Além disso, foram desenvolvidas oficinas temáticas e setorizadas por regiões, para elaboração de carta compromisso e criação do plano de ação de cada Central.
Como continuidade da estratégia planejada para o desenvolvimento do ramo, foram realizados nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019 seminários específicos, qualificando demandas do setor e aproximando atores relevantes ao cotidiano das cooperativas agropecuárias. Desde então, inúmeras ações foram mapeadas entre macroações, mesoações e microações.
“Há uns dez anos a gente vem caminhando a passos largos. Vejo que vem acontecendo muitas coisas para fortalecer as nossas cooperativas, principalmente do ramo agro, que nós defendemos. Temos crescido e nos organizado”, enfatizou Ivan Saiki, conselheiro de administração da OCB/PA e representante do ramo agropecuário.
O Seminário Especial Do Cooperativismo Agropecuário Paraense apresentou as ações que envolvem a matriz da cooperação, o fórum de compras institucionais e cooperativas, o Aceleracoop, o CT COOP CACAU, as mentorias em gestão de projetos PAA-CDS e a ação de inteligência de mercado institucional (IMI), estudo que promove o mapeamento contínuo do mercado.
“Só nós sabemos o que passamos e o que fizemos para nos mantermos vivos e hoje estarmos aqui na busca de oportunidades, de políticas públicas para continuar o nosso trabalho. Sabemos que é muito difícil. Temos que nos refazer em todos os sentidos para poder evoluir naquilo que temos e estamos fazendo hoje”, afirmou Antônio Alcoforado, Presidente da Central Agro Amazônia.
A proposta de organizar e fortalecer a atuação em redes cooperativas conta com o apoio da Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV), parceira estratégica do Sistema OCB/PA. Atualmente, no Pará, existe uma Central de Cooperativas constituída em Marabá, que agrega 11 cooperativas singulares e outras duas estão em processo de constituição, sendo uma fica no nordeste do estado, que será chamada de Central Agro Amazônia, devendo congregar oito cooperativas singulares e outra central está em fase de constituição na região oeste, que tem o objetivo unir as atividades de cinco cooperativas.
“Chegou o momento de realmente nos posicionarmos como protagonistas que somos e assumir a liderança no mercado regional. Temos potencial para isso, sim. Basta colocarmos em prática o princípio que nos define em essência: a cooperação. Juntos somos mais fortes e chegamos mais longe”, enfatizou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Durante o Seminário, o Sistema OCB/PA subsidiou as cooperativas singulares de dados consolidados que permitiram um debate mais aprofundado e assertivo para o processo de organização e fortalecimento de uma atuação ampla, por meio de redes cooperativistas. Nas oficinas, as próprias singulares definiram os próximos passos, em especial, na definição de quais irão aderir às centrais. Estipulou-se um prazo de 30 dias para esta primeira etapa.
“É um novo momento que se inicia para o setor. Continuaremos desenvolvendo nossas atividades de forma individualizada, com cada cooperativa, mas iremos priorizar ações de consolidação das centrais por entendermos que é a opção mais viável para a mudança do patamar do ramo. Para tanto, é necessário que as próprias singulares assumam esse protagonismo”, reiterou o superintendente do Sistema OCB/PA, Júnior Serra.
A PROGRAMAÇÃO
Em virtude das restrições recomendadas pelos órgãos sanitários e decretos estaduais, o evento teve a participação limitada a 50 representantes de cooperativas que foram selecionados e inscritos pelas próprias singulares.
Milton Zimmer, Secretário Municipal de Agricultura de Parauapebas e presidente da Central das Cooperativas de produção familiar da região Amazônica, parabenizou a OCB/PA pela realização do seminário. “Eu acho que nós, enquanto setor agropecuário, precisamos cada vez avançar mais. Uma das nossas prioridades está voltada ao fortalecimento do verdadeiro cooperativismo. Que possamos cada vez mais nos fortalecer, porque temos um grande desafio: dialogar com a intercooperação.”
Para Lucilene Souza, presidente da central de cooperativas de agricultores familiares do oeste do Pará, esse foi um importante momento para troca de experiência. “A essência de cooperar é o que nos une, nos trouxe aqui e tem nos feito avançar em outros municípios. Independentemente de pandemia e do que for, ninguém para de comer. Por isso nosso trabalho é extremamente importante. Agradecemos à OCB/PA que nunca deixou de estar conosco em todos esses anos.”
RETOMACOOP
Dentro do planejamento desenvolvido pelo Sistema OCB/PA na retomada do cooperativismo paraense pós pandemia, estão sendo articulados Seminário e ações semelhantes para os demais ramos de atividade. O objetivo será o mesmo: traçar um plano de trabalho com maior assertividade, conforme as demandas das cooperativas.
