Com aumento de demanda, Coomflona faz adesão de novos cooperados

 

A Cooperativa Mista Da Flona Do Tapajós (COOMFLONA) é uma das grandes referências quando se fala sobre manejo florestal comunitário. Com o aumento da área de manejo, foi verificada a necessidade de ingresso de novos cooperados. Dessa forma, para capacitar os seus futuros cooperados, a cooperativa desenvolveu cursos em parceria com a OCB/PA para apresentar o que é o cooperativismo, o seu modelo de negócios, sua filosofia, os princípios do cooperativismo e o funcionamento da COOMFLONA.

 

O curso é voltado somente para pessoas da região da Floresta Nacional do Tapajós. “Atualmente estão sendo convocados por volta de cem pessoas para participar dos cursos de capacitação. Após o curso são realizadas orientações e uma entrevista de acordo com a aptidão e a necessidade da cooperativa, para então ser feita a admissão desse cooperado exclusivamente para trabalhar com a questão do manejo”, explica Francisca Camilo, técnica de apoio operacional da OCB/PA.

 

COOMFLONA -  A cooperativa iniciou as suas atividades em 2005 com o objetivo de minimizar a exploração ilegal dos recursos florestais em suas comunidades. Atualmente, a COOMFLONA possui Plano de Manejo Florestal Sustentável aprovado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

 

O principal produto da cooperativa é a madeira em tora. No total, a COOMFLONA trabalha com 24 espécies de árvores, com a venda voltada para empresas de Santarém, entre elas a Madeireira Rancho Cabocla Ltda e a Madeireira Timber Prime. Além disso, a COOMFLONA também trabalha com agroindústria e movelaria.

 

Para desenvolver o Plano de Manejo, a COOMFLONA teve o apoio técnico de diversas instituições, como a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), Instituto Natureza Amazônia (INAN), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além do Instituto Floresta Tropical (IFT), dentre outras instituições e projetos.

 

Daniel Rocha dos Santos, Vice-presidente da COOMFLONA, explica que o Manejo Florestal Comunitário desenvolvido pelas comunidades da flona segue uma cadeia de atividades. Primeiro, é realizada a etapa de micro zoneamento, que consiste na análise geral da área que irá ser trabalhada. A segunda etapa gira em torno da delimitação da Unidade Operacional, também chamada UPA, que vai ser dividida em lotes de aproximadamente 1000 metros quadrados. Após essa etapa, entra uma nova equipe que irá inventariar todas as espécies de árvores presentes na UPA. Logo em seguida, o engenheiro responsável realiza a elaboração do plano anual de trabalho, no qual constam os devidos documentos repassados para o ICMBio, que irá realizar a verificação técnica do manejo da cooperativa, identificando quais espécies serão selecionadas para corte. 

 

“Após a autorização do ICMBio é iniciada a fase de exploração, na qual a equipe de planejamento organiza toda a logística de infraestrutura para a derrubada das árvores selecionadas. Em seguida, é realizado um diagnóstico geral sobre as árvores derrubadas. Por fim, chegamos na fase de comercialização das toras, somente para empresas cadastradas no sistema de compra”, explica Daniel Santos.

Shadow
Slider
  • Seg - Sex | 08h às 12h - 13h às 17h
SISTEMA OCB/PA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.