Câmara Técnica de Cacau realiza primeira reunião em 2022

Fortalecimento das cooperativas, organização produtiva, melhoria de produtividade, controle de pragas e prevenção ao desmatamento são alguns dos objetivos da Câmara Técnica Cooperativista do Cacau do estado do Pará (CT COOP CACAU). Em abril de 2022, foi realizada a primeira reunião da CTCOOP CACAU para definir e aprovar a minuta do regimento interno entre as cooperativas e eleger presidente, vice-presidente e secretário executivo. Estiveram presentes as singulares CAMTA, COOPATRANS, COOPERTUC, COOPERCAU, CACAUWAY, CAMPPAX.

A Câmara Técnica busca estabelecer um plano de trabalho, envolvendo parceiros estratégicos como o governo do estado, as secretarias estaduais e municipais além de parceiros privados para promover o desenvolvimento do cacau. Com o desenvolvimento da Câmara, será possível trabalhar o crescimento das cooperativas do setor cacaueiro da região. Tal crescimento poderá ser feito a partir da organização social das cooperativas e dos seus cooperados, além da assistência e fomento para a produção de cacau.

A CT COOP CACAU tem o objetivo de defender e apoiar as cooperativas produtoras de cacau, estipulando preço mínimo de produto, criando linha de crédito, utilizando o recurso da WCF para que o produtor consiga construir e comprar maquinário de produção, além de realizar pagamentos por serviços ambientais, comprar insumos agrícolas e defender junto aos setores públicos governamentais os interesses cooperativos. Na primeira reunião de 2022, foi definido o presidente CAMTA, Alberto Oppata, como presidente da CT COOP CACAU; o cargo de vice presidente ficou para o presidente da Cacau Way, Ademir Venturini; e o secretário executivo será o gerente de desenvolvimento de cooperativas do SESCOOP/PA, Diego Andrade.

“Essa parceria entre CocoaAction Brasil (da Fundação Mundial do Cacau), OCB e Sescoop Pará, por meio do Projeto Cacau 2030, é um passo muito importante para o fortalecimento das cooperativas de cacau no estado do Pará. A CTCOOP Cacau é uma das grandes ações previstas desta parceria, que visa estimular a ampliação do diálogo e a união desses atores, tão importantes para o desenvolvimento sustentável da cadeia no Brasil”, afirma Guilherme Salata, representante da CocoaAction e membro do da Câmara de Técnica Cooperativa do Cacau (CTCOOP CACAU).

Em outubro de 2018, foi lançada a CocoaAction Brasil, vinculada à World Cocoa Foundation (WCF). Trata-se de uma iniciativa pré-competitiva, público-privada e ampla do setor do cacau, que visa fomentar a sustentabilidade, com foco no produtor de cacau. A Fundação Mundial do Cacau (WCF) é uma das principais apoiadoras do projeto da CT COOP CACAU. A WCF trabalha em três pilares: pessoas, planeta e renda. A Iniciativa é financiada pelas grandes processadoras de cacau, pelo Governo Federal e pelos governos dos principais estados produtores do fruto.

“A Câmara Técnica de Cacau é uma forma de juntar forças para fortalecer a classe de cooperativas produtoras de cacau. Vamos transmitir os desafios enfrentados pelos produtores e conseguir mudanças e melhorias para a produção de cacau paraense. Esta organização é o começo de um grande passo coletivo em prol das cooperativas”, pontuou Alberto Oppata, presidente da CT COOP CACAU.

“A importância da Câmara de Cacau é organizar as demandas e criar ações conjuntas das cooperativas de cacau. É importante para a OCB cumprir o papel de representatividade institucional, receber as demandas das cooperativas pro planejamento participativo. A OCB coordena o processo e apoia as cooperativas em debates com parceiros governamentais, de pesquisa, academia e o setor privado para potencializar as ações da CT COOP CACAU”, afirmou Andreos Leite, consultor do Sistema OCB/PA.

O estado do Pará é o estado que mais produz cacau no Brasil. Segundo dados da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), mais da metade do cacau produzido no país é paraense. Só em 2020, a produção do fruto no Pará foi de 144.663 toneladas, o equivalente a 52% da produção nacional. Desse total, 20% da produção de cacau do estado vem de cooperativas.

“Essa é uma cadeia produtiva muito relevante para o estado. Uma possibilidade interessante para a verticalização e agregação de valor aos produtos da agricultura familiar. Precisamos estimular esse mercado, que já chama a atenção de todo o mundo pela sua qualidade, por seu caráter orgânico e pela sua origem amazônida”, reiterou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

 

 

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