Fruticultura paraense encantou espanhóis

 

Pitaia, manga e graviola são frutas que estão em expansão no mercado europeu. Durante a visita da cooperativa Callosa d'en Sarrià no Pará, os espanhóis provaram e se encantaram com a variedade de espécies. A diretoria da Cooperativa espanhola visitou a sede da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA) para conhecer a história, a produção e as frutas comercializadas.

 

Como desdobramento, foi assinada carta de intenções de relações comerciais entre as singulares. As negociações são resultado da parceria entre o Sistema OCB/PA e a Universidade de Alicante na Espanha, que organizaram o Seminário Internacional do Cooperativismo Agropecuário Paraense na última semana.

 

A cooperativa Callosa é a maior da Europa em produção de nêspera. Possui 35 milhões de euro em faturamento com 180 funcionários e 1.600 cooperados com 5 hectares a média por produtor.

 

A ideia é melhor explorar a diversidade frutífera do Pará, que ainda é pouco conhecida no continente europeu. Na oportunidade, os representantes da cooperativa conheceram as frutas paraenses que podem ser introduzidas no mercado do sul da Espanha, fortalecendo a integração entre as cooperativas dos dois países.

 

O produto que mais chamou a atenção dos espanhóis foi a Pitaia. A CAMTA possui produção de mais de mil tonelada do fruto, fazendo atualmente sua produção in natura principalmente para o mercado de São Paulo. São enviadas em caixas de 13kg de Pitaia. Outra parcela é direcionada para a produção de polpas e sorbet.

 

 

A CAMTA possui 4 variedades de Pitaia: vermelha-colombiana, vietnamita, israelense e costa riquenha. O fruto possui alto BRICs (teor de açúcar). No centro da Pitaia chega de 14 a 16. A safra é de duas a três vezes no ano, de agosto a janeiro. Em dezembro é o grande pico.

 

"Já temos experiência de exportação para países como Japão, Alemanha, Israel e Estados Unidos. Creio que também podemos atender às exigências do padrão espanhol. Iremos enviar amostras dos produtos para que possam atestar a qualidade que já aprovaram aqui", afirmou o presidente da CAMTA, Alberto Oppata.

 

A cooperativa de Callosa foi recebida por Alberto Oppata, que apresentou a história da imigração dos japoneses no Brasil e no Pará, que esteve diretamente ligada às atividades da cooperativa. A área total vinculada aos cooperados é de 38.000 hectares, 5 mil hectares em Sistema Agroflorestal e 6 mil para serem ampliados. A grande vocação da região é a fruticultura, em especial o açaí e o dendê. Como comparação, a área é 21x maior do que a área agrícola ocupada pelos 1.600 cooperados da cooperativa em Callosa.

 

Durante a visita, a diretoria conheceu a agroindústria da cooperativa. Também conheceu área rural que aplica o SAFTA, com produção de pitaia, cacau e açaí. Na agroindústria, também provaram dos sucos feitos com as polpas da CAMTA e provaram dos sorbets dos sabores: açaí genuíno, açaí com guaraná, cupuaçu e pitaia com cupuaçu. Na ocasião, foi feita assinatura de carta de intenção para relações comerciais entre as cooperativas.

 

"Queremos agradecer a receptividade que tivemos no Pará e já estendemos oficialmente o convite à CAMTA para conhecer pessoalmente nossa cooperativa na Espanha em Novembro, junto com a comitiva da OCB/PA. Esse é um primeiro passo da parceria que pode surgir", afirmou o presidente da cooperativa de Callosa, Salvador Solbes.

 

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