3ª FENCOOP fomentou a comercialização da agricultura familiar


Além da exposição dos produtos e serviços das cooperativas, as palestras técnicas da 3ª Feira de Negócios do Cooperativismo (FENCOOP) também tiveram foco no fomento a novos mercados para o setor. Na quinta (27), discutiu-se sobre a possibilidade de intercooperação entre as cooperativas paraenses e as palestrantes: a Central de Comercialização da Caatinga (BA) e a Rede Nossa Terra (RS).

No mesmo dia, foi feito o relançamento do Programa de Aquisição de Alimentos da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Também foi feita a apresentação de outros programas que as cooperativas não estão acessando, como o Programa de Formação de Estoque. Para fomentar ainda mais a participação do cooperativismo, o Sistema OCB/PA e a Conab assinaram Termo de Cooperação Técnica.

Pela manhã, Eraldo Sousa, engenheiro agrônomo e encarregado do setor de apoio à logística de gestão de oferta (SEGEO) da Conab, palestrou sobre os programas de incentivo do órgão: Programa de Vendas em Balcão (PROVB), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a Política de Garantia de Preços Mínimos Para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio).

 

 

O superintendente da Conab, Gilberto da Silva, parabenizou a OCB/PA pela realização da FENCOOP e destacou a importância da feira na geração de oportunidade de negócios. “A Conab foi uma das convidadas para que pudéssemos apresentar os nossos projetos e programas que são executados no estado do Pará, que são políticas públicas do governo federal que estão a cargo da Conab. São programas muito benéficos, principalmente a agricultura familiar, mas também a pecuária, o extrativismo, as atividades ribeirinhas de pescadores.” disse o superintendente.

Ao final da manhã, quem palestrou foi o Analista de Operações Setor de Apoio à Logística e Gestão de Oferta (SEGEO) da Conab, Nicolau Beltrão Júnior, engenheiro agrônomo e mestre em agronomia. Nicolau falou sobre o programa “Leilão Para Você”, uma plataforma gratuita e segura para compra, venda e troca de insumos e serviços agropecuários. A Conab visa oferecer transparência, agilidade e segurança para os agentes que usufruem deste sistema.

O superintendente do Sistema OCB/PA reforçou a importância da parceria entre a Conab e a OCB para a geração de negócios. “A participação da Conab na feira é muito importante para a geração de negócios, aumentar a possibilidade de acesso ao mercado e para reforçar essa parceria que construímos ao longo dos últimos três anos e que beneficiou aproximadamente 17 cooperativas. Precisamos agora ampliar estes números, e o Termo de Cooperação Técnica irá possibilitar essa ampliação, e estreitar ainda mais o relacionamento coma Conab”.

 

 

Marcileia destacou a importância da parceria entre a Conab e o Sistema OCB/PA para o benefício das cooperativas. “Nós já estamos trabalhando com as cooperativas em parceria com a OCB/PA há muito tempo. Em 2020 nós tivemos um apoio muito grande, quando atendemos 70 organizações no período mais difícil da pandemia, e a OCB/PA se mostrou um parceiro estratégico que veio para somar nosso trabalho. Este ano com uma roupagem nova do Programa de Arrecadação de Alimentos que foi reformulado e lançado recentemente pelo governo federal, trouxemos essa novidade em primeira mão para a feira, atrelando ao PGMP-Bio e ao PROVB, que são a garantia de estoque e produção sustentável para os produtores que dependem da conab.”

A programação do dia 27 teve continuidade no período da tarde às 15h com a mediação do consultor sênior e coordenador do tema “Redes” para a Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV), Silvio Giusti, que tratou sobre a importância das cooperativas trabalharem de forma integrada. O primeiro palestrante foi o presidente da Rede Cooperativa de Produção e Consumo Nossa Terra, Adelmir Gaiardo, que explicou o modus operandi da rede que possui no seu quadro social, mais de 3.000 agricultores familiares, 18 cooperativas associadas e mais de 50 agroindústrias.

“A cooperação se dá no mesmo nível, no mesmo grau. Todas as cooperativas têm uma ficha de associadas e independente de atividade desenvolvida juntas, formalizamos em acordo para documentar e fortalecer o objetivo daquela determinada ação. Não obrigamos que todas as cooperativas sejam iguais, mas eu preciso que elas cooperem em uma única ação.” Destaca Adelmir.

Após o fim da primeira palestra, o presidente da Central da Caatinga Adilson Ribeiro fez sua contribuição para demonstrar como as cooperativas podem trabalhar em rede, demonstrando a articulação de organizações socioeconômicas de agricultores familiares do semiárido brasileiro envolvidas com a Central. É composta atualmente por 09 cooperativas em 07 Territórios de Identidade e mais de 20 empreendimentos na base organizacional.

“Quando criamos a Central, buscamos outras alternativas. Não só de você ter uma central para garantir uma comercialização, mas também para fortalecer algumas cooperativas, que às vezes já estão fragilizadas, e quando a gente busca trazer pra dentro da central, você traz uma outra alternativa de inseri-la no mercado.” Frisou Adilson. 

 

Texto: Júlia Ramos

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