Curumucuri quer verticalizar produção da mandioca

 

Recém registrada no município de Juruti, a Cooperativa Mista Agroextrativista Curumucuri congregou 48 produtores rurais com o objetivo de aumentar a competitividade no mercado regional, que gira entorno da mineração.  A mandioca é a principal cultura, mas os agricultores também desenvolvem hortifrutigranjeiros. Com a organização no modelo cooperativo, pretende-se beneficiar os derivados da mandioca através de uma agroindústria própria e, assim, obter o selo de artesanal. A Cooperativa recebeu a equipe técnica do Sistema OCB/PA na última semana para a análise presencial dos procedimentos operacionais e deferimento do registro na entidade.

                      

Farinha, goma, farinha de tapioca e outros derivados são o carro-chefe da Curumucuri. Na análise feita, identificou-se que o grupo possui um grande potencial.  Já possuem infraestrutura de sede para reunião dos sócios cooperados e buscam a agroindústria para a verticalização desses produtos, que hoje são feitos de forma individualizada e artesanal. Pensando na economicidade e no controle da qualidade para se ter um valor agregado maior, todo o processamento dos derivados da mandioca será feito unicamente por ela.

 

“É algo que até facilita a certificação do produto como artesanal, porque se tem um ponto focal para fazer o controle, que é um dos requisitos exigidos pela Adepará. É um grupo com potencial grande e gestores interessados em promover esse desenvolvimento, mas que precisa se capacitar. Iremos auxiliá-los justamente nesta demanda”, afirmou o analista do Sistema OCB/PA, Diego Andrade.

 

A diretoria já solicitou alguns treinamentos, mas que deverão ser demandados por ofício para formalização. O Sistema OCB/PA já prestou orientações acerca dos procedimentos para realização de uma Assembleia Geral, fornecendo também os modelos de documentos.

 

Outro objetivo estratégico é a aquisição de uma área própria para comercializar os produtos, como uma espécie de feira. Atualmente, a comercialização é feita também de modo individual, já que a singular foi constituída recentemente e registrada no final de 2017. A partir deste ano, os 48 cooperados começarão a comercializar efetivamente pela cooperativa.

 

“Eles perceberam que não podem realizar a atividade econômica como associação e buscaram o registro com a finalidade de fornecer seus produtos para a merenda escolar e programas de alimentação do Governo Federal. Também existe a possibilidade de fornecerem para a mineradora Alcoa, que é uma das maiores consumidoras da região. A maioria dos produtos que compram são oriundos de Santarém. Por que não produzir e fechar negócio com uma empresa cooperativa do próprio município?”, argumenta o presidente do Sistema OCB/PA Ernandes Raiol.

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