Cooperativismo é alternativa para ampliar exportação

 

As micro e pequenas empresas (MPEs) respondem por 97% do total de negócios e por 34% dos empregos formais no Estado do Pará. Em contrapartida, a participação do segmento nas exportações estaduais corresponde a apenas 0,8%. Para discutir as possibilidades e as soluções para que o setor conquiste o mercado mundial, o Centro Internacional de Negócios (CIN) do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) realizou gratuitamente ontem o seminário “Internacionalização: Mundo dos Negócios”, em parceria com os Correios, Governo do Estado e Sebrae/PA. O cooperativismo teve destaque na programação como uma solução para viabilizar resultados mais positivos no câmbio comercial paraense.

 

O crescimento do segmento neste mercado passa por vários fatores como criação de cooperativas e grupos de empresas de um mesmo setor, conhecimento sobre os serviços oferecidos para os pequenos e adesão a projetos inovadores. De acordo com a coordenadora do CIN, Cassandra Lobato, uma dificuldade grande que os empresários enfrentam no Brasil é a falta de informação para saber os procedimentos para exportar. Um dos projetos que visa dar suporte para os empresários é o Rota Global.

 

“O Rota Global surge como modelo de atendimento para informar aos empresários que se perguntam sobre como chegar no Chile, no EUA, na Europa, na Ásia. Ele te dá a rota de uma maneira planejada e programada. A rede CIN tem o objetivo cirúrgico que é poder levar uma orientação para o empresário de maneira customizada”, explicou.

 

O diretor de desenvolvimento da indústria da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Sérgio Menezes, apresentou como o cooperativismo pode ajudar as micro e pequenas empresas como uma estratégia de mercado. Menezes enfatizou que as cooperativas têm um papel importante na organização e dinamização dos setores produtivos. Uma solução apresentada pela Sedeme foram os Arranjos Produtivos Locais (APL).

 

“Se você for estudar casos de sucesso de arranjos produtivos de micros e pequenas empresas, seja na Itália, no Japão ou em Santa Catarina foi assim. Todo mundo conhece a Aurora. Ela é uma federação de cooperativas. Hoje eles são gigantes e estão baseados no cooperativismo. O APL proporciona pela aglomeração que estas empresas atinjam a produtividade e competitividade”, destacou.

 

Um dos gargalos para a exportação de produtos é a logística e o preço do frete para os micro e pequenos empresários. Os Correios apresentarão as soluções disponíveis para quem exporta ou quer iniciar a exportação de produtos e serviços. Segundo o consultor do Exporta Fácil da região Norte, Mauro Rodrigues, qualquer empresa independente do porte pode fazer exportação pelos Correios. Para a empresa exportar são necessários poucos documentos como a nota fiscal da empresa, a fatura comercial (nota fiscal internacional), e um documento intitulado AWB que é um formulário de postagem preenchido nos Correios.

 

“Qualquer produto pode ser enviado, mas a linha de comésticos e alimentação são os mais comuns, assim como de vestuário. Percebemos que os produtos com apelo regional têm aceitação no mercado externo muito grande”, destacou. Atualmente, três modalidades de Exporta Fácil estão disponíveis a diferença é o preço e a velocidade de entrega.

 

 

Informações: Jornal O Liberal

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