Adotando as medidas de segurança recomendadas pelo órgãos de regulação, a Cooperativa dos Trabalhadores de Reciclagem do Sul e Sudeste do Pará permanece com as atividades produtivas. Já possui mais de 40 toneladas de materiais em estoque para triagem e mais de 20 toneladas prensadas em fardos.
A cooperativa realizou sua AGO na primeira semana de março (antes da comunicação da pandemia do COVID-19). Após o anúncio da proliferação do novo coronavírus, a diretoria traçou algumas metas para dar continuidade ao trabalho. Selecionou-se uma equipe de menor risco para atuar na coleta dentro da cidade e para o trabalho de triagem e prensagem, ficando assim com um numero reduzidos de Cooperados em atividade.
“O nosso planejamento tem surtido um resultado muito importante, mesmo com um numero menor de pessoas trabalhando, temos mantido a cidade limpa, as indústrias e comércios estão sendo atendidos. Traz-nos a esperança de conseguir o recurso necessário para poder manter o custeio e ter fluxo de caixa. Porém, as medidas de prevenção ao Corona têm nos afetado na venda e na comercialização. Compreendemos a decisão dos gestores, mas isso compromete nossa cadeia produtiva”, explicou o Diretor Comercial da Cooperlimppa, Maurílio Pereira.
A cooperativa possui espaço físico, material humano e capacidade de coleta e processamento chega atualmente a apenas 60 toneladas/mês. Os materiais trabalhados são papel, plástico, vidro e pneu sem dependência à logística reversa. Eles catam e separam a matéria bruta que é comercializada e destinada às indústrias localizadas em Goiás para fazerem a transformação. A intenção é que cheguem a participar de todas as etapas deste beneficiamento.
A equipe faz a coleta do material, que é armazenada em quarentena de 5 dias para depois se fazer a segregação. A Cooperlimpa reduziu a capacidade de produção em 30%, permitindo que cooperados do grupo de risco permanecessem em isolamento domiciliar. Mesmo assim, a diretoria optou para que também participem dos recursos adquiridos na cooperativa, em virtude do caráter excepcional da situação.
“Temos visto o esforço da OCB e da rede Cata Pará, juntamente com outras entidades, para dar o suporte necessário às cooperativas manterem suas atividades. Esperamos que essa situação se resolva o mais rápido possível para que tenhamos condições de renda aos nossos cooperados”, reforçou o presidente da Cooperlimpa, Antônio Silva.