Cooperativas constituem Central Agro Amazônia

 

Produção em escala, diversificação produtiva e maiores opções de acesso ao mercado são alguns dos benefícios que a Central proporcionará às singulares associadas. Na última semana, as cooperativas AMAZONCOOP, COOPASMIG e CASP realizaram a assembleia de constituição da Central Agro Amazônia, que fortalecerá a agricultura familiar do nordeste paraense.

 

Inicialmente, apenas as 3 singulares da região estão aptas a compor a Central. As demais estão em processo de regularização e serão inseridas posteriormente. Na AGO, o estatuto social da Agro Amazônia foi apresentado e aprovado por unanimidade. Também se deliberou sobre o valor de quota parte e eleição dos conselhos por indicação e aclamação.

 

A diretoria é formada por representantes de todas as cooperativas. Antônio Alcoforado (CASP) é o presidente, Vicente Júnior (AMAZONCOOP) é o secretário e Raimundo Trindade (COOPASMIG) é o tesoureiro. Já o conselho fiscal é formado por dois representantes de cada singular. Posteriormente, quando as demais cooperativas aderirem à Central, também incluirão representantes na diretoria.

 

 

“É um passo importante para as singulares no sentido de posicionamento de mercado. O cenário possui certa instabilidade política e econômica, mas também oportunidades que precisam ser melhores aproveitadas. A intercooperação é a melhor alternativa para fortalecer os pequenos produtores que, organizados, possuem maior competitividade”, afirmou o analista de desenvolvimento do Sistema OCB/PA, Deivison Pinheiro.

 

A Central fará o beneficiamento, armazenamento e comercialização da produção de suas associadas a varejo e atacado, a nível nacional e internacional promovendo o desenvolvimento da fabricação de conservas de frutas, sucos concentrados, hortaliças e legumes. Na área de comércio varejista, abrangerá hortifrutigranjeiros, mel, laticínios e frios, doces, balas, bombons e produtos alimentícios em geral.

 

Na área de comércio atacadista, trabalhará com frutas, verduras, raízes, tubérculos, hortaliças e legumes frescos, mel, pescados e frutos do mar, leite e laticínios e mercadorias em geral. “A sede provisória funcionará na sede do Sistema OCB/PA e o planejamento é que se implante um entreposto em Belém para o recebimento de produtos e comercialização. A perspectiva é que já participem de chamadas públicas da Secretaria de Educação (SEDUC) e do Exército no final do ano”, explicou o consultor da NÓS Soluções, Andreos Leite, que faz o acompanhamento do processo de constituição.

 

Outro mercado estratégico é a “alimentação fora do lar”. Em estudo feito pela NÓS Soluções, foram consultadas 16 empresas vinculadas à Associação de Bares e Restaurantes no Estado do Pará (ABRASEL). Lideram o consumo as carnes, produtos beneficiados em geral, lácteos, produtos de origem animal, crustáceos, moluscos polpas de frutas, hortaliças e leguminosas, derivados da mandioca, grãos manteiga, óleos e sementes.

 

Sobre o consumo de aves, peixes e carne bovina, cada empresa compra mais de 100kg por mês, algumas chegando a 500kg. Também são consumidos os derivados da mandioca (farinhas, goma, macaxeira, polpa e maniva), polpas variadas (em especial laranja, limão, abacaxi, cupuaçu, taperebá, maracujá e bacuri), produtos lácteos (leite in natura, creme de leite, queijos, manteiga, iogurte), hortaliças e leguminosas.

 

“Além da área comercial, a Agro-Amazônia será muito importante para a representação da produção familiar, fixação com qualidade de vida do agricultor em sua propriedade e para o desenvolvimento de uma agricultura familiar ecologicamente sustentável, economicamente viável socialmente justa e culturalmente aceitável. Continuaremos acompanhado esse processo, entendendo que a união é o caminho mais promissor para o crescimento dos pequenos produtores”, explicou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

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