Em 2025 a FENCOOP 2025 ganhou um tempero especial com a Cozinha Show, realizada em parceria com a Abrasel Pará. Todos os dias da feira, às 18h e 19h, chefs convidados demonstram ao público receitas elaboradas com produtos regionais fornecidos por cooperativas do estado. A atração encantou os visitantes ao unir conhecimento culinário, incentivo à produção local e valorização da cultura gastronômica paraense.
Com a proposta de aproximar ainda mais o público da produção cooperativa e da culinária regional, a Cozinha Show contou com a supervisão da Chef Sandra de Azevedo, conselheira de Assuntos Gastronômicos e Festivais da ABRASEL-PA, que destacou a importância da iniciativa. "Fiquei maravilhada com o convite da OCB/PA para coordenar as aulas-show da Cozinha Show, trazendo chefs e trabalhando diretamente com produtos das cooperativas. Essa aproximação das cooperativas com a população, abrindo seus estandes e mostrando seus produtos, é extremamente importante. A parceria com a ABRASEL vai muito além das apresentações. Estamos plantando sementes para futuros projetos com nossos associados, fortalecendo ainda mais o setor de alimentação fora do lar", afirmou.
Ela também ressaltou o impacto positivo de valorizar produtos locais no dia a dia da gastronomia. "É maravilhoso saber que o alimento vem direto da produção para a mesa, sem atravessadores e sem perder qualidade. Para quem trabalha na área da gastronomia, isso é fantástico. Essa conexão direta fortalece a produção regional e proporciona ingredientes mais frescos e autênticos para nossos pratos", completou Ana Alessandra.
O espaço também proporcionou momentos de aprendizado e troca sobre diversidade alimentar. A chef Vanja Rodrigues emocionou o público ao preparar um risoto de pupunha, pensado especialmente para a alimentação inclusiva de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). "Esse prato está em um restaurante italiano de uma amiga em Goiás e nasceu de um projeto que busca incluir uma receita inclusiva em todos os restaurantes. Criei o risoto de pupunha trazendo nossa regionalidade e elementos do cerrado. É um prato que traz vários nutrientes que favorecem o processo cognitivo e imunológico de crianças com TEA", explicou a Chef.
Vanja também falou sobre a experiência de participar da feira. "Estar numa feira de cooperativismo já é fabuloso, pois nosso trabalho já envolve a agricultura familiar. Trazer nossos insumos para uma aula onde as pessoas reconhecem a importância desses produtos, como a castanha-do-pará e a pupunha que usamos aqui, é fantástico. Hoje só tenho a agradecer e desejar que essa feira cresça cada vez mais, apoiando as cooperativas e a agricultura familiar, pois é dela que extraímos todos os insumos que precisamos para as nossas aulas", completou.
Duante a preparação dos pratos, passaram pelo local mais de 200 pessoas que ao receber a orientação dos Chefs e já puderam adquirir os produtos nos estandes para preparar nas suas casas.
Dentro da programação da FENCOOP 2025, o Sistema OCB/PA realizou no último sábado (26) a Oficina de Turismo Cooperativo, reunindo cooperativas e instituições públicas para debater estratégias de fortalecimento do turismo. O encontro faz parte do projeto piloto de Turismo Cooperativo promovido pela OCB Nacional, que visa fomentar o turismo como atividade cooperativista sustentável, valorizando a cultura local, o desenvolvimento territorial e a geração de renda. Participaram da oficina as cooperativas selecionadas COOMFLONA, CAMTA, COOPPERTRANS COMBU e TURIARTE, integrantes do projeto piloto e representantes da OCB Nacional, SETUR, SEMCULT e Ministério do Turismo.
A oficina começou com as boas-vindas do presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, e seguiu com a apresentação da analista técnica e institucional do Sistema OCB, Priscilla Coelho, que contextualizou o projeto nacional. "Eu vim aqui convidada para falar um pouco do projeto de turismo cooperativo na FENCOOP 2025. A FENCOOP é um espaço importantíssimo para as cooperativas do Pará, onde elas podem se mostrar para o mercado, para outras cooperativas e para a sociedade. Aproveitando a nossa oficina, pude apresentar o projeto de turismo cooperativo (...) e agora teremos insumos para avançar para a fase 2, que é desenvolver ações para impulsionar os negócios cooperativos nesse setor que vem crescendo ao longo dos anos, permitindo que cooperativas que já atuam possam melhorar sua performance e as que não atuam possam se capacitar para ingressar nesse mercado. Assim, o cooperativismo pode se tornar protagonista também no turismo, desenvolvendo a comunidade local, trazendo vida para seus cooperados e gerando mais empregos", explicou Priscilla.
Após a apresentação institucional, as cooperativas COOMFLONA, CAMTA, COOPPERTRANS COMBU e TURIARTE puderam apresentar seus serviços e experiências em formato de pitch, compartilhando seus modelos de atuação e o potencial turístico que cada uma oferece.
Para finalizar a programação, os representantes dos órgãos públicos presentes — SEMCULT, SETUR e o Ministério do Turismo — participaram de um bate-papo com os cooperados e dirigentes. Representando o Ministério do Turismo, o professor Marcos, diretor da Escola Nacional de Turismo, destacou a relevância da oficina para o fortalecimento do setor no estado. "A importância desse evento é grandiosa, uma vez que reuniu aqui a socialização de diversas experiências exitosas de cooperativas de todas as regiões dos estados. O Ministério do Turismo apresentou suas políticas públicas e sempre estará à disposição para somar forças, porque acreditamos muito que o cooperativismo fará o turismo ainda mais forte no Pará", ressaltou o diretor.
O representante da Secretaria de Estado de Turismo (SETUR), Hugo Almeida, gerente de Estruturação dos Destinos Turísticos, também participou da oficina e avaliou positivamente a iniciativa. "O dia hoje foi extremamente produtivo. Foi muito gratificante poder ser convidado e participar dessa oficina de turismo cooperativo, ouvindo casos inspiradores e os desafios que as cooperativas enfrentam nas suas comunidades. Viemos aqui trazer os programas estaduais que podem beneficiar o desenvolvimento do turismo nessas localidades. Essa é uma parceria que inicia hoje e que, com certeza, terá um longo caminho para o desenvolvimento do turismo no Estado do Pará, para a diversificação da oferta, para o encantamento dos nossos turistas e, principalmente, para o nosso bem-estar social", destacou Hugo.
A importância do cooperativismo no fortalecimento do turismo também foi ressaltada pelo superintendente da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Belém (SEMCULT), Auiá Queiroz Reis. Ele destacou que iniciativas como a oficina contribuem para fomentar a inclusão social e o desenvolvimento econômico local. "Esse tipo de evento, em que a gente consegue direcionar o turismo como sendo também uma fonte de fomento e renda para as cooperativas, é muito importante. Se a gente olhar as principais iniciativas de turismo de base comunitária, vemos que instituições como cooperativas são fundamentais para que, de fato, consigamos fomentar o turismo local e, principalmente, criar uma fonte de renda e um novo incentivo ao cooperativismo, que hoje é uma grande iniciativa de promoção social, de inclusão e de movimentação da nossa economia", afirmou o superintendente.
Entre as cooperativas participantes do projeto piloto, a CAMTA e a COOMFLONA também compartilharam suas perspectivas sobre a importância do fortalecimento do turismo cooperativo. Representando a CAMTA, o presidente Alberto Opatta destacou a expectativa da cooperativa com os próximos passos do projeto. "É um prazer estar participando do turismo cooperativo aqui. Já recebemos a visita na nossa cooperativa e precisamos fazer com que a capacitação, que esperamos receber da OCB, nos ajude a direcionar para que os nossos cooperados tenham essa atenção importante com o diagnóstico da propriedade e a capacitação de como receber e monetizar as visitas que receberem", afirmou.
Pela COOMFLONA, o representante Arimar Rodrigues reforçou o quanto o evento foi importante para apresentar os projetos da cooperativa e sensibilizar os órgãos públicos sobre o potencial do turismo sustentável. "Esse momento que acabamos de viver aqui nesta oficina é muito importante para que a gente consiga mostrar todas as nossas atividades e nossos pensamentos futuros com relação à atividade de turismo. Precisamos investir no turismo, porque sabemos que o turismo é uma atividade que não degrada a floresta. E nós lutamos para manter a floresta em pé e pelo futuro do nosso planeta", destacou Arimar.
A cooperativa Turiarte, representada por Naira Matos, compartilhou sua visão sobre o impacto da oficina. "Acredito que essa oficina vai alavancar nossos trabalhos. Já praticamos o turismo, mas temos desafios a superar. E acreditamos que as ações pós oficina ajudarão a minimizar esses obstáculos. Além disso, agora que temos a presença do governo e outras entidades, nossa região e nossa cooperativa, assim como as outros presentes, estarão inclusas nos próximos planejamentos, o que nos dará a chance de influenciar e ser parte dessa transformação", destacou Naira.
Já a Coopeprtrans Combu, representada por Analice Mota, primeira guia de turismo da Ilha do Combu, ressaltou a importância da oficina para o fortalecimento das cooperativas no estado. "Falando em relação à oficina de cooperativismo, acho que é uma ideia brilhante. Ela só vem mesmo a complementar o que as cooperativas já fazem. Vemos isso como um momento de apoio, de superação e inovação dentro das cooperativas. A promessa é que teremos muitas capacitações e formações, que vão nos ajudar a levar o que fazemos nas nossas comunidades para outros lugares, outros estados e até outros países. Assim, as pessoas poderão conhecer nossa cultura através do cooperativismo", afirmou Analice.
O evento destacou o papel fundamental das cooperativas no fortalecimento do turismo sustentável no estado e apresentou as diversas possibilidades para integrar a atuação cooperativista com as necessidades do setor turístico. Além disso, estabeleceu um canal direto de comunicação entre as cooperativas e os órgãos públicos, permitindo a troca de ideias e o alinhamento de estratégias para o desenvolvimento de um turismo mais inclusivo e sustentável no Pará.
Com o avanço das fases do projeto, a expectativa é que o turismo cooperativo no estado se expanda, proporcionando novos negócios, maior geração de emprego e renda, e o fortalecimento das culturas locais, sempre com foco na preservação ambiental e no respeito às comunidades que fazem do Pará um destino único e diversificado.
Em um ambiente de troca de ideias, conexão e fortalecimento de valores cooperativistas, o Sistema OCB/PA realizou neste sábado (26), o Encontro de Jovens Cooperativistas - Geração C, reunindo jovens de diversas regiões do estado em uma programação repleta de conhecimento e integração. O evento foi marcado pela presença de grandes lideranças do movimento cooperativista, reforçando o papel estratégico da juventude no futuro do cooperativismo.
Entre os destaques da programação, o coordenador do Comitê de Jovens de Goiás, Mateus Reis, compartilhou experiências sobre como a juventude goiana vem se organizando para promover inovação e renovação dentro das cooperativas. Ele destacou que "o jovem é a energia que impulsiona a transformação, trazendo novas ideias e fortalecendo ainda mais os princípios do cooperativismo".
O presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, também esteve presente e fez questão de reforçar a importância da formação de novas lideranças. “O futuro do cooperativismo passa pelas mãos desses jovens que hoje se reúnem para aprender mais sobre a essência do cooperativismo. São eles que vão dar continuidade a esse modelo de negócios que transforma comunidades e gera desenvolvimento sustentável”, afirmou.
A programação do encontro destacou a apresentação e assinatura do termo dos novos membros da coordenação do Comitê Estadual Geração C – PA, formada para mobilizar e inspirar novas lideranças.
Outro momento de destaque foi a fala de Alana Adinaele, representante do Estado do Pará no Comitê de Jovens Geração C e representante do Comitê de Juventude da ACI Américas, referência no incentivo à participação jovem no movimento. Em sua fala, Alana abordou o papel dos jovens como agentes de mudança. “Mais do que herdeiros, os jovens são construtores do novo cooperativismo. Com criatividade, espírito de liderança e senso de propósito, eles têm o potencial de levar o cooperativismo a patamares ainda maiores”, enfatizou.
Luziane Sena, diretora de Cooperativismo da SEDEME, falou da responsabilidade em estar a frente de um cargo com tamanha representatividade que é o cooperativismo. “Ser uma jovem e ocupar um cargo de tamanha importância é mostrar aos outros jovens o futuro que estamos construindo e dizer que é possível levar o cooperativismo para as futuras gerações”, afirmou.
O Encontro Geração C foi um espaço não apenas de aprendizado, mas também de construção de uma rede sólida de jovens engajados, prontos para assumir protagonismo e fazer a diferença em suas cooperativas e comunidades.
Como parte da programação da FENCOOP 2025, o Sistema OCB/PA realizou, na quinta-feira (25), uma oficina estratégica que contou com a parceria do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). O evento reuniu lideranças cooperativistas, representantes do governo federal, entidades de fomento e cooperativas, com o objetivo de debater alternativas para fortalecer o setor da agricultura familiar e ampliar o acesso ao crédito rural no estado.
A oficina foi iniciada com uma apresentação do MDA, contextualizando o cenário atual do financiamento de crédito para a agricultura familiar e as principais ações que vêm sendo desenvolvidas para fortalecer o setor. A exposição foi conduzida por Rogério Antônio Mauro, coordenador-geral de Cooperativismo e Associativismo do MDA, que destacou os desafios e as oportunidades no acesso das cooperativas às políticas públicas de crédito e incentivo produtivo.
Em seguida, Eduardo Pagot, diretor do Departamento de Cooperativismo, Apoio à Inclusão Sanitária, Agroindústria e Certificação da Produção Familiar (DECOOP), detalhou programas estruturantes voltados ao fortalecimento das cooperativas da agricultura familiar. Durante sua apresentação, Pagot também abordou a importância do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), reforçando o papel estratégico do crédito rural para impulsionar a produção, ampliar o acesso a mercados e promover a geração de renda no campo.
A oficina também contou com uma apresentação da Conexsus (Instituto Conexões Sustentáveis), que compartilhou os resultados do seu trabalho de apoio aos empreendimentos da agricultura familiar e cooperativas em todo o Brasil, especialmente na promoção de soluções financeiras sustentáveis e no fortalecimento das cadeias produtivas locais.
Após as exposições, o espaço foi aberto para perguntas e interação com o público. Representantes de cooperativas presentes puderam dialogar diretamente com os técnicos do MDA, trazendo questionamentos, relatos de dificuldades práticas no acesso ao crédito e sugestões para o aprimoramento das políticas públicas voltadas ao setor.
Após a oficina, Rogério Antônio Mauro destacou a importância da aproximação com as cooperativas locais e a relevância da FENCOOP como espaço de diálogo e construção conjunta. “Estou muito feliz de estar aqui participando da FENCOOP, uma feira importante do cooperativismo do Estado do Pará. Estabelecemos um diálogo, numa oficina sobre o acesso às políticas públicas, o acesso ao crédito, ao PAA, ao PNAE, que são fundamentais no processo de desenvolvimento da agricultura familiar. E esperamos que, a partir desse contato, esse compromisso se reforce cada vez mais, seja na execução de políticas, seja no atendimento das demandas que vêm da agricultura familiar até o Ministério do Desenvolvimento Agrário”, afirmou o coordenador.
A importância da OCB/PA e seu impacto direto na agricultura familiar também foi ressaltada pelo presidente do Instituto de Terras do Pará (ITERPA), Bruno Conor, que lembrou que iniciativas de parceria do ITERPA com cooperativas, por meio de programas de regularização fundiária como o CopTerra, têm sido fundamentais para garantir não apenas segurança jurídica aos cooperados, mas também facilitar o acesso a políticas públicas e linhas de crédito rural.
“Eventos como este são fundamentais para mostrar a força da agricultura familiar, a qualidade dos produtos gerados e a importância da organização dos agricultores em cooperativas. A regularização fundiária, além de garantir segurança documental, abre portas para o acesso a crédito e fortalece toda a atividade econômica do agricultor”, afirmou Bruno Conor.
Mario Zanelato, representante da Cooperativa CCAMPO, também trouxe sua opinião importante sobre os desafios enfrentados pelos produtores rurais no estado. “É uma dificuldade muito grande para o produtor rural acessar crédito para conseguir produzir melhor, ter uma renda melhor. Hoje, a OCB/PA trouxe uma iniciativa muito boa para a gente, com esclarecimentos sobre a questão do Pronaf, o acesso ao crédito e sobre a questão da regularização fundiária. E para a gente é muito gratificante ver que podemos avançar com esse trabalho que está começando a ser feito com o MDA. Esperamos que isso traga desenvolvimento para o estado e melhore a qualidade de vida dos produtores e extrativistas de todo o estado do Pará”, confirmou Zanelato.
A oficina foi mais um passo importante no fortalecimento da agricultura familiar e cooperativa no Pará, com o objetivo de promover mais oportunidades para o setor e garantir um futuro mais próspero para as famílias que dependem da produção rural.
Por ocasião da FENCOOP 2025, o Sistema OCB/PA promoveu, na sexta-feira (25), na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, mais uma edição do Encontro de Mulheres Cooperativistas. Com o auditório lotado, o evento reuniu cooperadas, gestoras e colaboradoras de cooperativas de diversas regiões do estado, em uma programação marcada por homenagens, capacitação e incentivo ao protagonismo feminino no setor cooperativista.
A cerimônia, proposta pela deputada estadual Andreia Xarão, teve como destaque o fortalecimento das lideranças femininas e a valorização da mulher no mercado de trabalho e no cooperativismo. “Essas mulheres conseguem, por meio do cooperativismo, romper ciclos de violência e alcançar a independência financeira. Estamos trabalhando em políticas públicas para apoiar especialmente as mulheres ribeirinhas e do interior, que enfrentam desafios ainda maiores”, declarou a parlamentar.
Um dos momentos mais aguardados foi a palestra “Mulher e suas potencialidades”, ministrada por Helda Elaine, que reforçou o papel transformador das mulheres nas cooperativas e no desenvolvimento local.
Para Cirede Carloto, coordenadora do movimento “Elas pelo Coop” no Pará, o estado vive um momento promissor, mas ainda enfrenta muitos desafios. “A mulher já coopera há muitos anos, só que nunca foi vista. Hoje, estamos mostrando que ela tem capacidade e pode chegar aonde quiser. Nosso maior desafio é a própria mulher reconhecer seu potencial”, afirmou. Segundo ela, cerca de 300 mulheres estão diretamente envolvidas no movimento no estado, que tem se expandido por regiões com grande entusiasmo.
A agricultora Ginelda Lima, da COOPFAMITA, cooperativa da agricultura familiar, foi uma das homenageadas. E na sua opinião, a força do cooperativismo deu uma guinada em sua vida. “Antes, éramos só dez mulheres na roça. Hoje, são 52 famílias cadastradas. Conseguimos o selo nacional para nossos produtos e estamos fechando contratos de exportação. A nossa farofa vai voar e nós vamos junto”, contou, emocionada. A cooperativa trabalha com os derivados da mandioca e polpas de frutas.
O presidente da OCB/PA, Ernandes Raiol, destacou a importância do evento como parte da FENCOOP, considerada este ano um marco na valorização das cooperativas amazônidas. “A feira reforça tudo que o Pará e a Amazônia têm de melhor, desde a bioeconomia até os serviços sustentáveis. Em 2024, movimentamos R$ 7 milhões. Para este ano, a meta é alcançar R$ 8 milhões”, afirmou.
Com mais de 40% das cooperativas do Pará sob liderança feminina, Raiol celebra a evolução. “Em 2010, apenas 10% dos cargos eletivos eram ocupados por mulheres. Hoje, são quatro vezes mais. Isso é fruto de um trabalho contínuo de valorização e incentivo. E como eu sempre digo: mulher tem que estar onde ela quiser, na empresa, na política ou na liderança”, completou.
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