A capital do Estado pôde conhecer de perto o trabalho que as cooperativas minerais têm realizado na região do Tapajós. O estande da FECOGAP apresentou, em parceria com a ANORO, as ações do Garimpo 4.0, que tem como objetivo mudar o cenário da mineração de ouro no Brasil com ações pautadas em uma extração mais eficiente, ambientalmente correta e economicamente viável.
O espaço recebeu visitas estratégicas como do Gerente Regional no Pará da Agência Nacional de Mineração (ANM), Fábio Martinelli, e do titular da SEDEME, José Fernando Júnior. Entre os resultados positivos, foi articulada a realização do 1° Fórum Mineral do Pará, que está sendo planejado para ocorrer em setembro.
Atualmente, a Federação das Cooperativas dos Garimpeiros do Pará (FECOGAP) conta com 13 cooperativas federadas e esteve presente na 2° FENCOOP. A Feira de Negócios do Cooperativismo trouxe resultados positivos para a mineração que se tornou mais conhecida e acessível para outras esferas do estado.
“A FENCOOP deu uma magnitude de visão para as cooperativas mineradoras e reforçou a importância da legalização dos garimpeiros. Graças à Feira e ao estande da Federação, as outras cooperativas que estavam fora da FECOGAP agora estão fazendo parte. Nosso ganho é de 80% a 100%, pois conseguimos aproximar todas as cooperativas do ramo mineral para a Federação. Na próxima FENCOOP estaremos presentes com um estande maior e com mais amostragens minerais”, conta o presidente da Federação, Sr. Amaro Rosa.
O estande da FECOGAP recebeu diversos visitantes da Feira de Negócios e pode apresentar a história e a importância do cooperativismo mineral. Representaram a mineração do Alto Tapajós o Sr. Amaro Rosa (Coordenador Mineral OCB/PA), Sr. Hermes Galdino (COOGAMIBRA), Sr. Pedro Mello (COOPERTRANS), Sr. Guilherme Aggens (GEOCONSULT), Sr. Gilson Camboim (Coordenador Mineral OCB/Nacional), Sr. Humberto Paiva (Coordenador do Projeto Garimpo 4.0), Dra. Luciane Oliveira (Assessora Jurídica COMIDEC).
Entre os desdobramentos, surgiu o projeto do 1° Fórum Mineral organizada pelas cooperativas minerais com a participação da Federação. O evento está em fase de planejamento e deve ocorrer na primeira semana de setembro. Para o cooperativismo mineral e para os setores de mineração do Estado, o Fórum estimulará a filiação ao Sistema OCB/PA e à FECOGAP.
“Foi um evento de grande sucesso. A FECOGAP com sensação de dever cumprindo vem agradecer ao Presidente da OCB/PA o Sr. Ernandes Raiol e ao Superintendente o Sr. Junior Serra, a imensa oportunidade de poder levar e representar o Cooperativismo no Ramo Mineral na feira. Foi uma grande chance de poder apresentar o que de fato é o Cooperativismo na Mineração e seus benefícios para com as pessoas”, completou Amaro Rosa.
FECOGAP
Fundada em 2016, a FECOGAP é uma federação que trabalha na área mineral do Pará e auxilia todas as cooperativas federadas para que estejam em funcionamento regular e permitam o trabalho legal dos garimpeiros. No segundo semestre do ano de 2015, alguns empresários e garimpeiros ligados ao ramo mineral da região sudoeste do Pará resolveram se mobilizar, após mais uma ação truculenta dos órgãos fiscalizadores, com queima e destruição de equipamentos.
A FECOGAT surgiu do entendimento de que já existiam inúmeras cooperativas de garimpeiros constituídas na região que não estavam obtendo êxito em trabalhar de forma legalizada na região. Após debates, foi acordado que o melhor caminho seria o de criar uma Federação para comportar as cooperativas, surgindo a Federação das Cooperativas de Garimpeiros do Tapajós (FECOGAT), que inicialmente representa 6 (seis) cooperativas de garimpeiros: COOMIGAPA COOGAMIBRA, COMIDEC, COEMIABRA, COOPEMVAT e COAMPARO. A FECOGAT, em 2020, se tornou FECOGAP, sendo a primeira Federação representativa desse ramo em nível nacional, podendo atender e agregar outras cooperativas, não só do estado do Pará, mas também de outros estados.
“A Federação tem liderado um movimento muito importante de transformação da imagem do ramo mineral em todo o país. Temos lutados juntos para que o garimpeiro vinculado às cooperativas tenha o reconhecimento pelo trabalho legalizado e responsável que têm desenvolvido. A Feira foi uma importante oportunidade para a sociedade paraense conhecer melhor sobre os diferenciais do cooperativismo mineral”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Na sacola de compras, iogurtes, queijos, manteigas e tantos outros produtos da agricultura familiar. O servidor público Diego Silva aproveitou bem a Feira de Negócios do Cooperativismo (FENCOOP) para conhecer o que é produzido por cooperativas. Mas entre tudo que trouxe como bagagem da FENCOOP, o mais valioso foi saber que o cooperativismo está em todos os segmentos econômicos, trazendo diversos benefícios sociais e econômicos para os paraenses, seja no campo, seja na cidade.
SICOOB e SICREDI eram grandes marcas já conhecidas por Diego. Uma das surpresas que o servidor teve durante a FENCOOP foi saber que, por trás desses nomes comerciais de peso, há o diferencial da cooperação. “Já conhecia essas empresas, mas não sabia que eram cooperativas. Isso é muito importante, porque mostra que o cooperativismo é plural e pode trazer grandes resultados”, afirmou Diego.
Para o servidor público Diego Silva, o incentivo aos pequenos produtores contribui muito para a economia local do Pará. "A Feira também prestigia produtores de vários municípios e de diversos ramos que se beneficiam com o evento e com o networking gerado. Conheci cooperativas de Novo Progresso, São João de Pirabas e de municípios do interior do Pará. Comprei polpa de frutas, taperebá, goiaba, queijos e doce de açaí com goiabada que eu achei bem diferente", comenta sobre a experiência na FENCOOP.
O professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Gabriel Resc, conta que também teve a oportunidade de descobrir a amplitude e a dimensão socioeconômica do Cooperativismo na 2° Feira de Negócios do Cooperativismo Paraense.
“Conheci a partir da Feira a grande expansão do cooperativismo no estado do Pará, como por exemplo a UNIMED Belém que até então não sabia que era uma cooperativa da saúde. Ampliei minha visão sobre o cooperativismo e pude ver a diversificação de ramos que o setor cooperativo atinge no Pará", afirma sobre sua experiência”.
A FENCOOP atraiu o público paraense pela sua variedade de produtos e programações presentes no evento. Com entrada gratuita e aberta a visitantes, a Feira apresentou estandes de degustação de produtos, demonstrações de maquinário de reciclagem, confecção e venda de artesanatos, estandes informativos, além de programações com profissionais renomados do ramo cooperativista e apresentações culturais de músicas e danças paraenses.
"Achei a feira surpreendente. O conteúdo, os produtos dos estandes, as verduras, frutas, queijos são muito valorosos. Nosso estado do Pará é muito rico, fico surpresa com tanta diversidade", contou a professora Maria de Nazaré que visitou a Feira pela primeira vez e comenta que ainda não conhecia a diversidade e as possibilidades que existem no ramo cooperativista.
Durante os dias 26, 27 e 28 de abril de 2022, 15 mil pessoas visitaram a FENCOOP e participaram do evento. A feira teve como principal objetivo promover o reconhecimento do cooperativismo pela sociedade paraense e evidenciar a influência positiva que ele possui sobre a economia estadual. O evento é uma realização do Sistema OCB/PA e conta com a coordenação do SESCOOP/PA.
“Ver relatos como os dos nossos visitantes já paga todo o esforço e o investimento feito na FENCOOP. Esse é o nosso objetivo, fazer com que o paraense consiga reconhecer que as cooperativas estão no seu dia a dia, fazendo a diferença e transformando o Pará em um lugar melhor, com mais oportunidades para todos”, explicou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
A Feira de Negócios do Cooperativismo Paraense (FENCOOP) foi uma oportunidade de fechamento de negócios, prospecção e desenvolvimento não apenas para as cooperativas, mas também para o mercado local paraense. A segunda edição do evento foi responsável pela geração de 240 empregos e um investimento de R$ 650 mil reais em serviços de montagem da feira, transporte, hospedagem, alimentação, artes visuais, seguranças e outros serviços necessários para a produção do evento.
A FENCOOP, proporcionou além do incentivo no empreendedorismo coletivo paraense, a movimentação da economia estadual com a criação de oportunidades de emprego e renda, mostrando assim a importância que este segmento possui no desenvolvimento econômico e social do estado.
Estiveram presentes 30 Municípios de todas as Regiões de integração do Estado. A FENCOOP também gerou 95 empregos diretos e 145 indiretos durante os dias de realização da feira, como exemplo da UNISSEGUR, cooperativa especializada para profissionais do terceiro setor do ramo de segurança e limpeza.
“Como trabalhamos também na recepção e na segurança da FENCOOP, puderam ver nossos serviços na prática e conseguimos contato com outras cooperativas que participam de feiras, com quem já estamos fazendo cotação para novos serviços em 2022”, afirmou o presidente da UNISEGUR Júnior Bahia.
A segunda edição contou com 73 estandes expositores, tendo 206 pessoas expondo seus produtos e serviços diretamente para 15 mil visitantes com a geração de R$ 2,5 milhões em negócios para as cooperativas, e é possível que este número aumente com o fechamento de novos negócios.
“Esse era exatamente o nosso objetivo, movimentar a economia paraense como um todo. A Feira abre o calendário de eventos na capital, retomando essas grandes programações passado o momento mais difícil da pandemia. É claro que, com o passar do tempo, a FENCOOP está ganhando proporções cada vez maiores e a perspectiva é de que, a cada edição, essa expressividade da Feira para a economia paraense aumente ainda mais”, explicou o superintendente do Sistema OCB/PA, Júnior Serra.
A pluralidade do negócio cooperativo ficou evidente na 2ª Feira de Negócios do Cooperativismo (FENCOOP). De serviços de saúde a coleta seletiva, as cooperativas estão em todos os segmentos, uma oportunidade também para a atuação conjunta em interesses mútuos. Dentre os R$ 2,5 milhões em negócios gerados durante a Feira, a intercooperação foi um dos grandes destaques.
Um dos casos de sucesso da Feira foi a Cooperativa Agroindustrial Frutos da Amazônia (COAFRA), que fechou parceria com a COOPAGRO e com singulares de Parauabepas e da região dos Carajás para a exportação de insumos, com destaque para a farinha.
“Sem dúvidas a Feira foi muito positiva para a COAFRA, muito importante para divulgar nosso trabalho e conhecer novos parceiros comerciais, pessoas de outras áreas como Marketing e a Propaganda, além de vários outros segmentos que também pretendemos fechar parcerias. A FENCOOP com certeza contribui demais com o cooperativismo paraense porque ela é uma vitrine do que temos de melhor nas cooperativas”, disse o presidente da COAFRA, Joel Linhares.
Já a Cooperativa de Trabalho de Profissionais Autônomos do Estado do Pará (UNISEGUR) realizou prospecções e fechou parceria com cooperativas de diversos ramos durante o evento em sua primeira partição como expositora e oferecendo serviços de segurança e atendimento para a FENCOOP. Entre as cooperativas que foram fechados negócios estão: COONTRATTUR, COOPTENSOL, COOPARMI, CONCAVIS, COOPUNICA, COOPRIMA, COOP AGROMEL, COOPERTUR, COASAFRA e COOP MUIRAQUITÃ.
“A feira nos trouxe visibilidade! Nós pudemos ver em que colocação a cooperativa está no mercado e de como nosso produto foi aceito. A feira abriu portas sim, tivemos uma boa resposta, fomos vistos e por sermos uma cooperativa nova e tivemos uma boa acessibilidade com os clientes. Como trabalhamos também na recepção e na segurança da FENCOOP, puderam ver nossos serviços na prática e conseguimos contato com outras cooperativas que participam de feiras, com quem já estamos fazendo cotação para novos serviços em 2022”, afirmou o presidente da UNISSEGUR Júnior Bahia.
Outra parceria oficializada pela UNISEGUR durante a FENCOOP foi com a UNIMED Belém. A cooperativa médica, inclusive, se disponibilizou a estruturar projeto para a oferta de planos de saúde voltados para as cooperativas paraenses.
“É algo já temos pensado há um tempo e a FENCOOP veio confirmar essa possibilidade. Já atendemos várias cooperativas, mas podemos, sim, pensar em planos que possam atender um número maior, alcançando outros ramos de negócio. Vamos sentar com a equipe e estruturar a operacionalização desse projeto”, afirmou o presidente da UNIMED Belém, Wilson Niwa.
Texto: Olívia Varela
Cerca de 60 toneladas mensais de resíduos eletrônicos deverão ser coletados pela CONCAVES e distribuídos para o seu reaproveitamento. O projeto, pioneiro no Pará, é desdobramento do Programa Nacional de Logística Reversa de Eletroeletrônicos do Governo Federal, envolvendo a Prefeitura Municipal e Governo do Estado. A parceria com a Concaves foi confirmada durante semana passada, durante a programação da FENCOOP.
A cerimônia de inauguração da central de logística reversa de eletroeletrônicos em Belém, localizada na sede da Concaves na Terra Firme, ocorreu nesta quarta (04). Estiveram presentes o Secretário de Qualidade Ambiental do Ministério e do Meio Ambiente, André França, o diretor de Ordenamento, Educação e Descentralização da Coleta Seletiva do Governo do Estado, Luciano Lousada, a Gerente de relações institucionais da Associação Brasileira de Reciclagem de Ele Abre, Helen Brito e o superintendente do Sistema OCB/PA, Júnior Serra.
“Hoje é um dia feliz, porque a partir de agora não teremos mais lixo eletrônico. Será matéria prima encaminhada para a indústria. Assim, todos ganham”, afirmou a presidente da CONCAVES, Débora Baía.
O objetivo da Logística Reversa é lidar com o impacto das embalagens e de outros produtos comercializados pelas empresas, esse instrumento diminui as externalidades negativas e promove uma economia mais regenerativa.
"Imensa alegria, acompanhar esse processo. Tirar os resíduos do meio ambiente e tratar da maneira correta, fomentando também a qualificação da mão de obra", afirmou Helen Brito.
O momento é dedicado à conscientização para os cuidados em se separar os eletroeletrônicos de uso doméstico que não estão mais em uso e descartá-los corretamente para serem reinseridos no mercado, fortalecendo a economia circular.
"Mais Brasil e menos Brasília é um dos nossos objetivos, por isso estamos aqui. É um passo muito importante já iniciado pela cooperativa e se completa, levando o material para a reciclagem. Por meio da integração ao programa Nacional de Logística Reversa, esse material será destinado até a reciclagem custeados pela Abre. Isso gera empregos verdes, preserva recursos naturais, evita o descarte inadequado", afirmou o secretário do Ministério do Meio Ambiente, André França.
A Concaves, além de fazer a coleta do material, será o ponto fixo para receber materiais desde o fone de ouvido à geladeira. A cooperativa já possui 100 toneladas de resíduos eletrônicos estocados há 3 anos, já que não havia destinação para os materiais. No total, serão 21 pontos de recebimento em Belém.
"Acompanho o trabalho da cooperativa, que atuou durante anos no lixão do Aurá. Hoje estão organizados, com roteiros definidos, executando ações de educação ambiental. É fantástico ver que estão fortalecendo a economia circular e solidária", reiterou Luciano Lousada.