Com uma proposta de incentivar a qualidade de vida, a participação e a interação entre as pessoas, a Unimed Belém realizou na manhã de sábado (23) a caminhada “Movimento Azul” como forma de chamar atenção para a importância da saúde do homem. A atividade faz parte da programação especial do “Novembro Azul” e do movimento nacional do Sistema Unimed “Mude 1 Hábito” e reuniu em Belém cerca de 900 pessoas entre cooperados, colaboradores, clientes e comunidade em geral no Parque do Utinga.
O “Novembro Azul” é um movimento mundial que reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. A doença é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros, tendo incidência maior a partir dos 50 anos de idade. Em geral, as causas estão relacionadas a fatores genéticos, principalmente, em parentes de primeiro grau, como pai, irmão ou filho.
No Brasil, o Sistema Unimed promove o “Mude 1 Hábito”, que tem por finalidade incentivar as pessoas a viverem melhor começando pela mudança de apenas um hábito e – assim – transformando a forma de ver o mundo.
Foi assim, que dona Conceição Albuquerque, de 68 anos, começou a reescrever a própria história. Há 10 anos, começou a desfrutar do prazer de correr pelas ruas da capital paraense. Hoje, coleciona medalhas e troféus. “Eu nunca corri por medalha ou podium. Quando eu comecei era pela saúde, agora é pela satisfação de encontrar os amigos”.
Na programação, aquecimento, alongamento e um gostoso café da manhã para recepcionar os participantes. “A saúde está em se ter uma vida feliz, em que a atividade física adequada e saudável também esteja inserida no dia a dia das pessoas, com um elemento prazeroso. Incentivar movimentos e atividades como essas de integração, valorização e encontros é uma forma excelente de reforçar a importância de termos o cuidado com a saúde de quem a amamos e de nós mesmos”, enfatizou Antônio Travessa, vice-presidente da Unimed Belém.
Mulheres
Embora o objetivo da caminhada fosse incentivar os cuidados com a saúde masculina, cerca de 50% dos participantes eram mulheres. Isso demonstra o quanto a mulherada tem um papel fundamental na introdução de hábitos saudáveis dentro de seus grupos familiares.
Foi o caso da família Diniz. Há 3 anos, Nazaré Diniz iniciou a prática de corrida de rua. Aos poucos, foi mostrando para o marido e o filho o quanto isso poderia ser bom para eles também. O exemplo dela foi preponderante. “Agora, tenho o prazer de estar com a minha família aqui”, comemorou Nazaré. O marido, Roberto Diniz, começou a correr este ano, mas o recém-chegado atleta, neste sábado (23) só pôde acompanhar a esposa caminhando, por conta de uma lesão no joelho. O filho, Renan Diniz, ainda não aderiu à prática de exercícios, mas não resistiu ao sabor de curtir esse momento em família. “Eu vim mais por causa da minha mãe, que tem essa vida mais saudável e eu acho importante incentivar e participar”, comentou.
A caminhada “Movimento Azul” foi um evento gratuito e aberto realizado pela Unimed Belém, por meio do setor de Assessoria de Comunicação e Marketing, com o apoio do Programa Viver de Bem, de promoção à saúde. Também contou com o apoio institucional da Seguros Unimed.
Serviço: Para saber mais como mudar 1 hábito, acesse mude1habito.com.br.
Fonte: Ascom Unimed Belém
Belém possui um sistema de transporte público que depende de linhas alternativas para alimentar as principais vias da cidade. Esse serviço complementar é desenvolvido em sua maior parte pelas cooperativas, que hoje transportam mais de 300 mil paraenses por dia. Para incluí-las no sistema integrado do BRT, a OCB/PA buscou o suporte técnico da UFPA, que indicou a professora doutora Maísa Tobias. Será construído um plano de ação com a participação de todas as singulares registradas na entidade.
Por solicitação da Cooperativa de Profissionais Autônomos no Transporte de Passageiros e Turismo do Outeiro (COOPTRANSALTO), o Sistema OCB/PA se reuniu com a professora Doutora em Engenharia de Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), Maísa Tobias, que hoje atua como professora do curso de Engenharia Civil na Universidade Federal do Pará (UFPA).
Na reunião, discutiu-se sobre a situação atual de transformação do sistema de transporte público integrado em Belém, como será o processo inicial de operação e o papel das cooperativas nos sistemas a serem implantados de forma municipal e metropolitana. Alinhou-se as ideias e possibilidades para definir como a OCB/PA e as cooperativas irão se posicionar no sentido de contribuir para evolução do Sistema.
“O transporte público integrado é um assunto que interessa a todos os segmentos da região metropolitana, porquanto dá suporte a todas as outras atividades econômicas. Por isso, buscamos a UFPA e a professora Tobias, que é especialista no assunto, para termos essa reunião exploratória e podermos evoluir na discussão”, explicou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
A estratégia será elaborada e construída até março. Pontualmente, serão realizadas duas ações específicas: O Seminário do Ramo Transporte voltado para as singulares da Região Metropolitana de Belém, que terá a participação do governo do Estado para tratar sobre o BRT metropolitano, a prefeitura municipal para falar sobre o BRT em Belém e o Ministério Público. Serão apresentadas as atualizações da estruturação dos sistemas de transporte, assim como o plano de inclusão das cooperativas.
A segunda ação será uma reunião técnica de trabalho com todas as cooperativas do segmento na região metropolitana para discutir sobre os resultados do Seminário e sobre como o ramo se posicionará para enfrentar os processos licitatórios. Também estuda-se a possibilidade de acordo de cooperação técnica com a UFPA para contratação de bolsas de estágios supervisionados pela professora Maísa Tobias com o objetivo de fazer o acompanhamento técnico e operacional do Projeto.
Já na vertente profissional, o SESCOOP/PA implementará o Programa de Qualificação das Cooperativas de Transporte, que fará a capacitação dos cooperados. “Além de possibilitarmos a abertura de mercado, precisamos trabalhar o aprimoramento técnico das cooperativas para que não seja prestado um serviço qualquer. Precisamos evoluir em todas as áreas para que o ramo transporte mude de patamar e a população paraense nos reconheça pelo profissionalismo com que atuamos”, reiterou o presidente da COOPTRANSALTO, Itanael Lopes.
DADOS
Somente na Região Metropolitana, existem aproximadamente 135 cooperativas que operam nas modalidade de transporte de passageiros, cargas, fluvial, intermunicipal e taxistas. Destas, apenas 63 estão ativas, operantes e registradas no Sistema OCB/PA. O setor possui alta representatividade na prestação de serviços de transporte. De acordo com Lopes, as cooperativas transportam 278.150 passageiros por dia, gerando 487 empregos diretos e uma média de pró-labore de R$ 1.200 por pessoa.
“Belém é uma cidade de conformação geográfica que tem uma estruturação na qual o sistema cooperativista possui ampla abertura. São profissionais que atuam juntos para transportar a população partindo de locais onde o ônibus não chega. Portanto, há mercado a ser explorado, inclusive no sistema operacional convencional. Basta que nos organizemos”, explicou Maísa.
Ocorreu no último dia 25 a tradicional premiação de melhores do ano da Revista Bacana ?. O Sistema OCB/PA, na pessoa do presidente Ernandes Raiol, foi eleito a melhor representação sindical de 2019. Um importante reconhecimento para o trabalho desenvolvido junto a 215 cooperativas em todas as regiões do Estado. A Cooperativa Alternativa Mista dos Pequenos Produtores do Alto Xingu (Camppax) está entre os destaques da produção cacaueira ? no Prêmio AGROPARÁ 2019. ??
Já inicia na próxima semana a última edição do OCB/PA Itinerante ? em 2019, que será em Santarém e atenderá todo o Oeste do Estado. Estão programados atendimentos, orientações, visitas técnicas e cursos de formação profissional às cooperativas e grupos interessados em constituir empreendimentos cooperativistas. ✅✅
#NaMídia #Camppax #RevistaBacana #PrêmioAGROPARÁ2019 #SomosCoop
Diante da crise que os pequenos mineradores estão passando no Estado do Pará, a Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB/PA) está atuando junto ao governo Federal e Estadual para que as cooperativas que congregam esses trabalhadores tenham seus direitos respeitados. O presidente da Federação das Cooperativas de Garimpeiros do Tapajós (Fecoogat), Amaro Rosa, é o representante do Ramo Mineral da OCB/PA.
O segmento, no Pará, representa o número 1 em quantidade de cooperados, com 47.231 cooperados. Entre as ações executadas, está a articulação com órgãos reguladores para esclarecimento sobre o contexto atual da mineração no Estado. “É preciso que as pessoas, sociedade civil em geral e poder público, percebam e entendam como a mineração é importante para o povo paraense e como atuamos de maneira diferenciada no desenvolvimento do nosso Estado”, explica Amaro Rosa.
Amaro elenca também a legalização como uma premissa básica para o segmento. “O processo de legalização de lavra já chegou a demorar mais de uma década, quando é rápido, e a legislação – nesse período – tem oscilado muito. Ora estamos legalizados, ora passamos a ser ‘ilegais’. Precisamos ter segurança jurídica para trabalhar”, enfatiza.
Cooperação
Em Itaituba, região que concentra jazidas de ouro e estanho, na comunidade do Cripurizão, uma cooperativa de pequenos minerados tem feito história. Em 2012, com apenas 39 cooperados, a Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Cripurizão (Coomidec) estabeleceu em estatuto que 100% do valor excedente que a cooperativa produzir anualmente (sobras) é revestido em projetos sociais em prol da comunidade.
De lá para cá, foram doadas carteiras para a escola da comunidade, que atende cerca de 800 alunos, nos três turnos de trabalho, construído um posto policial, implantado programas de recolhimento de resíduos sólidos e líquidos do Rio Cripuri e, este ano, o projeto que tem irradiado e coroa um sonho dos cooperados e da comunidade: a construção de uma creche para 400 crianças, totalmente equipada e estruturada. O valor do investimento é de R$1,5 milhão e será concluída em meados de dezembro.
Em consonância com as necessidades da comunidade em parceria com a gestão pública, a Comidec realiza consulta pública para decidir em conjunto as prioridades de cada momento do Cripurizão, que congrega cerca de 5 mil pessoas. “A nossa comunidade é muito carente, mas sabemos que a cada passo é possível construir uma vida mais digna e um futuro melhor, com mais oportunidades”, afirma Elivaldo Barbosa, presidente da Comidec.
A Comidec é uma das cooperativas de mineração mais organizadas do Estado, com um total de 1.811 cooperados, cuja renda média mensal é de R$46.618,81. Em 2018, a cooperativa produziu 641, 45 quilos de ouro e só em CFEN (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), foi recolhido R$ 1.198.801,69 aos cofres públicos.
“Entendemos e valorizamos a atividade mineral. O nosso apelo aqui, agora, é que as instituições reguladoras e fiscalizadoras venham aqui, conheçam o nosso trabalho, fiscalizem-nos, para que possamos desenvolver a nossa cooperativa, a mineração genuína e verdadeira para o nosso Estado, deixando aqui a riqueza do nosso solo para o nosso povo”, ratifica Barbosa.
Problemática
Entre os principais gargalos para o desenvolvimento do setor está a disponibilidade de lavra. O solo do estado do Pará quase todo recortado e divido e – o pior – possui donos que na maioria dos casos nem mesmos os órgãos reguladores sabem onde estão ou se estão vivos. Isso dificulta o trabalho sério de quem faz a atividade de maneira correta e com respeito aos princípios legais. Na região do rio Marupá, região oeste do Estado, por exemplo, há cooperativas requerendo permissão de lavra desde 1983. “Mas há um dono que ainda se está procurando para ver se é possível fazer a transferência de permissão de lavra”, explica Amaro Rosa.
“A sociedade precisa entender o que significa o segmento mineral para o desenvolvimento do nosso Estado, assim como são os pequenos negócios, os pequenos produtores agrícolas, os pequenos mineradores são essenciais na cadeia produtiva, social, econômica e no dia a dia das comunidades. Somos a favor de que haja tratamentos diferenciados que beneficiem tanto os grandes quanto os pequenos. Só assim teremos um segmento que, realmente, fará justiça social e equilíbrio econômico no Pará”, ressalta Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA.
Tramitava na Câmara do Senado Federal o Projeto de Lei (PL) 5695/2019, que alterava o artigo 3º para cada estado, município e Distrito Federal pudessem estabelecer o percentual mínimo de recursos a serem aplicados na aquisição de produtos oriundos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações na aquisição de merenda escolar, retirando a obrigação da utilização de, no mínimo, 30% do volume de recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para esse fim. Dessa forma, cada ente teria autonomia para estabelecer o percentual mínimo de recursos a serem aplicados na aquisição desses alimentos.
Mas no último dia 18, o senador Izalci Lucas (DF) informou a suspensão da apreciação do Projeto de Lei 5695/2019, que trata do salário-educação e traz essa alteração no artigo 3º, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), por não haver prazo hábil para que o texto seja aprovado e sancionado antes da votação do relatório setorial da educação do Projeto de Lei Orçamentária Anual. As manifestações de preocupação por parte da OCB, entidades envolvidas e do Ministério da Educação também contribuíram para a retirada da pauta. O senador Paulo Paim (RS) também atuou pela retirada do projeto da pauta, reafirmando seu posicionamento pela rejeição da proposta.
Assim, a lei 11.947/2019 não será alterada e fica mantida a atual obrigatoriedade dos 30% do volume de recursos repassados pelo FNDE aos entes federados para execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) serem aplicados na aquisição de produtos oriundos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações.
A OCB atuou com o relator e o autor do projeto para solicitar a exclusão de qualquer alteração à Lei 11.947/2019, que trata do PNAE. O relatório apresentado na Comissão de Educação pelo senador Dário Berger, no dia 6 de novembro, já havia retirado do texto original o artigo 3º, que alterava o art. 14 da Lei 11.947/2009, que poderia ser prejudicial à agricultura familiar.
De acordo com o Diagnóstico do Cooperativismo Paraense, edição 2019, 20% da produção é direcionada para o mercado institucional, como PNAE, e 98% das cooperativas agropecuárias são compostas por produção familiar.
“A segurança alimentar de nossas crianças e a qualidade da merenda escolar precisam ser mantida como obrigatórias. Perceba que é apenas o mínimo de 30%, um bom gestor buscará sempre o melhor e o melhor, neste caso, é investir e valorizar a cultura alimentar local, mais rica e nutritiva, do que ir buscar de fora. Isso demonstra tanto consciência com a qualidade dos alimentos que nossas crianças consomem como também visão de cadeia produtiva e social local”, enfatiza o presidente do Sistema OCB-PA, Ernandes Raiol.
Fonte: Com informações do Sistema OCB.
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