Entre agosto e setembro, o segmento de transporte ampliou o processo de qualificação profissional de seus associados. O curso itinerante Transporte Coletivo de Passageiros, realizado pela parceria entre o Sistema OCB/PA e a Central das Cooperativas de Transporte do Estado do Pará (CENCOPA), passou por 7 municípios e atendeu cerca de 500 profissionais. Em Belém, o curso ocorreu no último dia 23 para a Cooperativa de Profissionais Autônomos no Transporte de Passageiros e Turismo de Outeiro (Cooptransalto).
Os municípios atendidos pela primeira etapa do Programa de Profissionalização foram Itaituba, Altamira, Novo Repartimento, Tucuruí, Marabá, Xinguara e Parauapebas. Essa demanda veio a partir de levantamento feito com as cooperativas do ramo onde foi evidenciada a obrigatoriedade da certificação dos motoristas no curso específico de condução, regulamentada pela resolução 168 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). O Sistema OCB/PA contratou Centro Formador para ir até cada município promover a ação, sem custos aos cooperados.
“Essa certificação é pré-requisito para que o motorista possa ingressar no serviço de transporte de passageiros. A CENCOPA, visando essa qualificação, juntou-se ao Sistema OCB/PA e criou o projeto de profissionalização seguindo a dinâmica itinerante, facilitando assim a vida dos cooperados que por muitas vezes tinham que se deslocar de suas cidades para fazer o curso. Isso é muito gratificante para a diretoria da CENCOPA pois sabemos da importância de termos profissionais qualificados e aptos”, destaca o presidente da CENCOPA, Valdemar Rodrigues.
Entre as atividades realizadas pelo segmento, cabe destacar também o programa de conexão que integra as cooperativas do ramo para agilizar a locomoção nas regiões sul, sudeste e sudoeste do Estado. Até então, o usuário para ir de Altamira a Parauapebas, por exemplo, precisava descer em municípios pólo, como Marabá, comprar outra passagem, esperar o horário de saída e só depois chegar ao destino final. Com o projeto de conexões desenvolvido pela CENCOPA, o usuário de Altamira pode emitir passagem pela COOTAIT direto para Parauapebas. Chegando em Marabá já passa direto para o veículo da COOPASUL e se encaminha ao destino.
“Por meio do programa desenvolvido pela Central, o passageiro pode ter noção exata de saída e chegada no destino. A agilidade e a qualidade do serviço prestado é fundamental porque destaca o trabalho cooperativista dentro do mercado de transporte de passageiros”, enfatiza o vice-presidente da CENCOPA, Tarley Carvalho.
PRÓXIMOS PASSOS
Dando continuidade ao processo de aprimoramento da qualificação dos seus filiados, a CENCOPA e o Sistema OCB/PA estão articulando uma nova etapa do programa de profissionalização que terá como eixo as novidades normativas da Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (ARCON/PA) para alinhamento e conscientização de todos os cooperados.
Uma outra demanda importante do ramo é a regulamentação do transporte alternativo na Região Metropolitana. O presidente da COOPTRANSALTO, Itanael Lopes tem participado de audiências públicas com a prefeitura de Belém para debater o tema. Enquanto isso, a cooperativa já está se estruturando e qualificando os operadores.
“Vamos disputar essa fatia de mercado. Hoje temos condições de prestar o melhor serviço para a população. Estamos esperando apenas a prefeitura liberar o edital com os requisitos de adequação dos veículos para nos adaptarmos às novas exigências e renovarmos a frota”, reafirma Lopes.
Já está disponível no site, o edital para cadastro de empresas que queiram prestar serviços de instrutoria para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Pará (SESCOOP/PA). Disponibiliza os requisitos, documentos necessários e informações gerais sobre a inscrição. O prazo final para se inscrever é 31 de outubro.
Podem participar pessoas jurídicas habilitadas no ramo de treinamentos e capacitações. Empresas que já prestam instrutoria para o SESCOOP/PA também devem participar para atualizar o cadastro. Os instrutores atuarão em eventos, cursos, treinamentos, formação profissional, oficinas, seminários, simpósios, encontros técnicos, workshops, feiras, palestras, disciplinas do Aprendiz Cooperativo, Programa CooperJovem, entre outros.
O processo irá seguir os padrões do Cadastro Nacional de Prestadores de Serviço de Instrutoria do SESCOOP Nacional. A adequação permitirá que os instrutores cadastrados em outras unidades do SESCOOP prestem serviços à unidade local e vice-versa, desde que atendam aos critérios estabelecidos pelos demais estados.
Para conferir o edital, clique aqui.
Orientações sobre o cadastramento: servicos/cadastramento-de-instrutores
SERVIÇO
Inscrições e mais informações:
Três cooperativas já confirmaram adesão à Central Agropecuária da Região Nordeste. Além da CASP, as singulares COOPABEN e COOPRIMA aprovaram a iniciativa por unanimidade em Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs) realizadas nos últimos dias 15 e 27, respectivamente. As AGEs são parte de um calendário de discussões que devem seguir nos próximos meses. A finalidade é discutir o estatuto da Central e fazer um levantamento do potencial produtivo que as cooperativas terão juntas.
Formada por 28 cooperados, a Cooperativa Agropecuária de Benevides (COOPABEN) trabalha com verduras, legumes, frutas e recentemente entrou no mercado de fabricação de polpas. A produção é destinada principalmente para o mercado institucional e feiras. A expectativa é que, por meio da união das cooperativas na Central, a produção cresça e amplie mercado.
“É indispensável a criação da Central das singulares agropecuárias. Vimos exemplos no país inteiro onde a unidade serviu para tornar os produtos cooperativistas mais competitivos dentro do mercado, entrando com o nosso diferencial que é a produção sustentável. Temos ótimas expectativas para esse empreendimento e esperamos que a discussão nas demais cooperativas do ramo seja tão enriquecedora quanto a nossa”, enfatiza a presidente da COOPABEN, Maria Eulina dos Santos.
A Cooperativa dos Agricultores Familiares de Primavera (COOPRIMA) trabalha na mesma linha produtiva, com destaque à cachaça de jambu. Por meio da parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), os cooperados iniciarão a atuar com cacau. A expectativa é que a Central contribua na assistência e regulamentação de novos produtos.
“Os benefícios da Central para a produção familiar são incontáveis. Os produtos das cooperativas agropecuárias têm condições de se fortalecer e expandir muito mais dentro da perspectiva integrada de produção que a Central oferece. A Central também deve dar suporte técnico para as cooperativas na certificação dos produtos e adequação aos mercados. Por isso, é importante que todas as singulares sejam representadas na diretoria da nova instituição”, explica a presidente da COOPRIMA, Joelma Trindade.
Participam do processo ainda: a AMAZONCOO, de Castanhal; a COOMAC de Curuçá; a COOSPAMIG, de São Miguel; a D’IRITUIA e COAPEMI, de Irituia; a CAMTA, de Tomé-Açu e a CCAMPO, de Santarém.
“Ficamos muito felizes em ver esse empreendimento tomar corpo através das decisões tomadas nas AGEs. A Central terá um papel fundamental na comercialização da produção das cooperativas associadas, promovendo, desenvolvendo e ampliando mercados para a agricultura familiar. O Sistema OCB/PA seguirá acompanhando o processo, pois entende que a intercooperação, o sexto princípio do cooperativismo, é o caminho mais promissor para o fortalecimento dos pequenos produtores”, destaca Ernandes Raiol, presidente da OCB/PA.
A expansão das cooperativas de crédito ?? foi notícia no jornal O Liberal neste final de semana. A discussão foi feita durante o 3º Encontro das singulares do ramo, ocorrido nos dias 26 e 27 de setembro.
Já no domingo (29), no Diário do Pará, o destaque foi para a Sessão Especial da FRENCOOP/PA ✅.
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Nesta quinta-feira (26), o Sistema OCB-PA – em parceria com a Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV) e Banco Central (Bacen), realizou o 3º Encontro das Cooperativas do Ramo Crédito, na sede do Bacen em Belém. Com o tema “Soluções, Experiências e Práticas de Referências”, o evento reuniu cerca de 70 dirigentes e representantes de cooperativas financeiras. No Brasil, são 900 instituições financeiras dessa natureza. No Pará, 12 cooperativa dos sistemas Sicredi, Sicoob e CredISIS reúnem 30 mil associados, em 46 agências espalhadas pelos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Santa Izabel, Castanhal, Capanema, Tucuruí, Barcarena, Abaetetuba, Santarém, Mojuí dos Campos, Altamira, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Brasil Novo, Castelo dos Santos, Itaituba, Marabá, Pacajá, Novo Repartimento, Tomé-Açu, Redenção, Paragominas, Dom Elizeu, Ulianópolis, Floresta do Araguaia, Oriximiná, Xinguara e Rio Maria.
As cooperativas de crédito são compostas por pessoas que tenham interesse em utilizar serviços financeiros de um banco tradicional, como conta corrente, seguros, cartões de crédito, débito, empréstimos, e que desejam pagar cerca de 35% a menos em taxas bancárias. Isso se deve a finalidade de uma cooperativa. Por serem cooperados (donos), a cooperativa presta serviço para eles. Logo, há taxas mais competitivas, um relacionamento direto e – o melhor – ao final do ano, há um rateio de toda a riqueza gerada pela cooperativa entre os associados.
“As cooperativas de crédito representam um importante instrumento na geração de riqueza e melhor uso dos recursos financeiros, justamente por promover um rateio mais justo entre os associados, que acabam por fazer também uma melhor distribuição de renda na própria comunidade em que vivem”, explicou Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB-PA.
Expansão
No contexto geral, as cooperativas financeiras já estão passando por uma chamada “revolução tecnológica” que irá impulsionar todo o segmento a uma irresistível expansão. “As lideranças aqui do estado do Pará estão se preparando para enfrentar essa revolução, no sentido de pensar ações e atitudes que possam ser vanguarda para o setor. Aqui há um espaço gigantesco para a participação das cooperativas de crédito, que trazem na sua forma de atuar uma transformação socioeconômico local, capaz de dar mais condições e qualidade de vida tanto para os associados quanto para a comunidade envolvida”, enfatizou Sílvio Giusti, consultor da DGRV.
Dados do Bacen apontam que mesmo dentro do segmento de crédito cooperativista também há muitas possibilidades de crescimento. “No tocante a tomada de crédito, as pessoas ainda continuam a emprestar de instituições financeiras tradicionais, mesmo sendo as taxas mais altas. Apenas 24% utiliza o crédito cooperativista. Nossa ideia é estimular as cooperativas a aumentarem para 40% pelo menos. Em relação ao aspecto tecnológico, a ideia é chegar a disponibilizar 100% dos produtos e serviços de maneira digital”, adiantou Edilson Rodrigues, supervisor de fiscalização de cooperativas do Bacen.
“Esse evento tem contribuído bastante para o crescimento das cooperativas do estado do Pará porque houve o crescimento de fato. Tenho acompanhado o evento desde primeira edição e, de lá para cá, houve uma reflexão, um aprendizado e, nós como lideranças, conseguimos aplicar algumas práticas bem sucedidas para a nossa realidade”, comentou Lázaro Silva, membro do Conselho de Administração da Sicoob Unidas e conselheiro fiscal da OCB-PA.
O evento segue até esta sexta (27). Veja a programação:
8h30 – Soluções CidaData
9h00 – Discussão Participativa – Caso de Referência Sicoob Credicitrus: Crescimento & Sustentação
10h – Intervalo
10h30 – Talk Show – Caso de Referência Central Cresol Baser: Reestruturação & Integração
Texto: Ísis Margalho
Foto: Keilon Feio