Três cooperativas já confirmaram adesão à Central Agropecuária da Região Nordeste. Além da CASP, as singulares COOPABEN e COOPRIMA aprovaram a iniciativa por unanimidade em Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs) realizadas nos últimos dias 15 e 27, respectivamente. As AGEs são parte de um calendário de discussões que devem seguir nos próximos meses. A finalidade é discutir o estatuto da Central e fazer um levantamento do potencial produtivo que as cooperativas terão juntas.

Formada por 28 cooperados, a Cooperativa Agropecuária de Benevides (COOPABEN) trabalha com verduras, legumes, frutas e recentemente entrou no mercado de fabricação de polpas. A produção é destinada principalmente para o mercado institucional e feiras. A expectativa é que, por meio da união das cooperativas na Central, a produção cresça e amplie mercado.
“É indispensável a criação da Central das singulares agropecuárias. Vimos exemplos no país inteiro onde a unidade serviu para tornar os produtos cooperativistas mais competitivos dentro do mercado, entrando com o nosso diferencial que é a produção sustentável. Temos ótimas expectativas para esse empreendimento e esperamos que a discussão nas demais cooperativas do ramo seja tão enriquecedora quanto a nossa”, enfatiza a presidente da COOPABEN, Maria Eulina dos Santos.

A Cooperativa dos Agricultores Familiares de Primavera (COOPRIMA) trabalha na mesma linha produtiva, com destaque à cachaça de jambu. Por meio da parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), os cooperados iniciarão a atuar com cacau. A expectativa é que a Central contribua na assistência e regulamentação de novos produtos.
“Os benefícios da Central para a produção familiar são incontáveis. Os produtos das cooperativas agropecuárias têm condições de se fortalecer e expandir muito mais dentro da perspectiva integrada de produção que a Central oferece. A Central também deve dar suporte técnico para as cooperativas na certificação dos produtos e adequação aos mercados. Por isso, é importante que todas as singulares sejam representadas na diretoria da nova instituição”, explica a presidente da COOPRIMA, Joelma Trindade.
Participam do processo ainda: a AMAZONCOO, de Castanhal; a COOMAC de Curuçá; a COOSPAMIG, de São Miguel; a D’IRITUIA e COAPEMI, de Irituia; a CAMTA, de Tomé-Açu e a CCAMPO, de Santarém.
“Ficamos muito felizes em ver esse empreendimento tomar corpo através das decisões tomadas nas AGEs. A Central terá um papel fundamental na comercialização da produção das cooperativas associadas, promovendo, desenvolvendo e ampliando mercados para a agricultura familiar. O Sistema OCB/PA seguirá acompanhando o processo, pois entende que a intercooperação, o sexto princípio do cooperativismo, é o caminho mais promissor para o fortalecimento dos pequenos produtores”, destaca Ernandes Raiol, presidente da OCB/PA.

A expansão das cooperativas de crédito ?? foi notícia no jornal O Liberal neste final de semana. A discussão foi feita durante o 3º Encontro das singulares do ramo, ocorrido nos dias 26 e 27 de setembro.
Já no domingo (29), no Diário do Pará, o destaque foi para a Sessão Especial da FRENCOOP/PA ✅.
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Nesta quinta-feira (26), o Sistema OCB-PA – em parceria com a Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV) e Banco Central (Bacen), realizou o 3º Encontro das Cooperativas do Ramo Crédito, na sede do Bacen em Belém. Com o tema “Soluções, Experiências e Práticas de Referências”, o evento reuniu cerca de 70 dirigentes e representantes de cooperativas financeiras. No Brasil, são 900 instituições financeiras dessa natureza. No Pará, 12 cooperativa dos sistemas Sicredi, Sicoob e CredISIS reúnem 30 mil associados, em 46 agências espalhadas pelos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Santa Izabel, Castanhal, Capanema, Tucuruí, Barcarena, Abaetetuba, Santarém, Mojuí dos Campos, Altamira, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Brasil Novo, Castelo dos Santos, Itaituba, Marabá, Pacajá, Novo Repartimento, Tomé-Açu, Redenção, Paragominas, Dom Elizeu, Ulianópolis, Floresta do Araguaia, Oriximiná, Xinguara e Rio Maria.
As cooperativas de crédito são compostas por pessoas que tenham interesse em utilizar serviços financeiros de um banco tradicional, como conta corrente, seguros, cartões de crédito, débito, empréstimos, e que desejam pagar cerca de 35% a menos em taxas bancárias. Isso se deve a finalidade de uma cooperativa. Por serem cooperados (donos), a cooperativa presta serviço para eles. Logo, há taxas mais competitivas, um relacionamento direto e – o melhor – ao final do ano, há um rateio de toda a riqueza gerada pela cooperativa entre os associados.
“As cooperativas de crédito representam um importante instrumento na geração de riqueza e melhor uso dos recursos financeiros, justamente por promover um rateio mais justo entre os associados, que acabam por fazer também uma melhor distribuição de renda na própria comunidade em que vivem”, explicou Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB-PA.

Expansão
No contexto geral, as cooperativas financeiras já estão passando por uma chamada “revolução tecnológica” que irá impulsionar todo o segmento a uma irresistível expansão. “As lideranças aqui do estado do Pará estão se preparando para enfrentar essa revolução, no sentido de pensar ações e atitudes que possam ser vanguarda para o setor. Aqui há um espaço gigantesco para a participação das cooperativas de crédito, que trazem na sua forma de atuar uma transformação socioeconômico local, capaz de dar mais condições e qualidade de vida tanto para os associados quanto para a comunidade envolvida”, enfatizou Sílvio Giusti, consultor da DGRV.
Dados do Bacen apontam que mesmo dentro do segmento de crédito cooperativista também há muitas possibilidades de crescimento. “No tocante a tomada de crédito, as pessoas ainda continuam a emprestar de instituições financeiras tradicionais, mesmo sendo as taxas mais altas. Apenas 24% utiliza o crédito cooperativista. Nossa ideia é estimular as cooperativas a aumentarem para 40% pelo menos. Em relação ao aspecto tecnológico, a ideia é chegar a disponibilizar 100% dos produtos e serviços de maneira digital”, adiantou Edilson Rodrigues, supervisor de fiscalização de cooperativas do Bacen.
“Esse evento tem contribuído bastante para o crescimento das cooperativas do estado do Pará porque houve o crescimento de fato. Tenho acompanhado o evento desde primeira edição e, de lá para cá, houve uma reflexão, um aprendizado e, nós como lideranças, conseguimos aplicar algumas práticas bem sucedidas para a nossa realidade”, comentou Lázaro Silva, membro do Conselho de Administração da Sicoob Unidas e conselheiro fiscal da OCB-PA.
O evento segue até esta sexta (27). Veja a programação:
8h30 – Soluções CidaData
9h00 – Discussão Participativa – Caso de Referência Sicoob Credicitrus: Crescimento & Sustentação
10h – Intervalo
10h30 – Talk Show – Caso de Referência Central Cresol Baser: Reestruturação & Integração
Texto: Ísis Margalho
Foto: Keilon Feio

De acordo com o Diagnóstico do Cooperativismo Paraense, a organização social é um dos principais entraves para o crescimento de 37% das cooperativas no Estado. A falta de recursos para a contratação de profissionais especializados impossibilita o acesso à uma boa gestão na parte administrativa, financeira, contábil e tributária. É justamente nestas áreas que o Projeto Incubcoop irá atuar. A incubadora de cooperativas é mais um serviço disponibilizado pelo Sistema OCB/PA para auxiliar a parte contábil de singulares em constituição e das que possuem dificuldade para se desenvolver.
O foco são cooperativas com baixo rendimento financeiro e que, em geral, estejam atuantes nos ramos da agricultura familiar, produção de bens e serviços (catadores de resíduos sólidos), mineral e transporte. O Incubcoop auxilia em todo o processo administrativo e contábil a um preço de custo que varia de acordo com cada cooperativa.
Para a realização do projeto, foi feito acordo de cooperação técnica com a Universidade Federal do Pará (UFPA), que cederá bolsas para a atuação de estagiários. Os universitários estão trabalhando em conjunto com a equipe técnica do Sistema OCB/PA e com profissionais voluntários da área de contabilidade. O espaço de atendimento é na própria sede do Sistema OCB/PA e já está em funcionamento.
“A partir do levantamento feito através do Diagnóstico e dos indicadores apontados pelos nossos programas de monitoramento, identificamos a necessidade de implementar ações mais efetivas de auxílio na organização social. Nosso objetivo é auxiliar as cooperativas que estão em dificuldade financeira e de sobrevivência. São cooperativas constituídas há um bom tempo e que não conseguem ter assessoria devido à precariedade financeira”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Para participar, a singular deve estar registrada e regularizada na OCB/PA. Também deve receber a aplicação das ferramentas de monitoramento do SESCOOP/PA, como o Programa de Acompanhamento da Governança Cooperativa (PAGC). Gera-se uma avaliação de desempenho do negócio, identificando as demandas de melhoria necessárias que serão trabalhadas pelo Incubcoop.
Haverá critérios para se deferir o processo de participação da cooperativa, tais como limite de faturamento e ramo de atuação. Um conselho formado para a execução do projeto é quem definirá quais demandantes estarão aptos a participar. Formam o conselho representantes da diretoria da OCB/PA, a equipe técnica da entidade, assessor contábil voluntário e membro do conselho fiscal.
“Já iniciamos a incubação de dois grupos de produtores interessados em constituir cooperativas e de duas singulares do ramo agropecuário: COOPASMIG e COOAPEMI. Faremos o acompanhamento até que a organização social já esteja madura e apta para prosseguir no desenvolvimento de seus negócios”, reiterou o conselheiro da OCB/PA e um dos contadores voluntários do projeto, Fabiano Oliveira.
Os interessados deverão enviar ofício por e-mail:

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Pará (Sescoop/PA) fará Chamada Pública para cadastro de empresas interessadas em prestar serviços de instrutoria para a entidade. O edital será divulgado no dia 1º de outubro. Podem participar pessoas jurídicas habilitadas no ramo de treinamentos e capacitações. As inscrições seguem até o dia 31 de outubro.
Os documentos necessários e a Ficha de Requerimento deverão ser entregues para análise presencialmente na sede do Sistema OCB/PA, na avenida Conselheiro Furtado, por correios ou pelo e-mail
O processo irá seguir os padrões do Cadastro Nacional de Prestadores de Serviço de Instrutoria do Sescoop Nacional. A adequação permitirá que os instrutores cadastrados em outras unidades do Sescoop prestem serviços à unidade local e vice-versa, desde que atendam aos critérios estabelecidos pelas demais estados.
Documentação necessária e mais informações: