
A instalação oficial da Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo (Frencoop/PA) ocorreu na última sexta (20), no auditório da Assembleia Legislativa do Pará. A deputada estadual Professora Nilse Pinheiro é a presidente, acompanhada por Heloísa Guimarães, Dirceu Ten Caten, Igor Normando, Ozório Juvenil e Carlos Bordalo.
O primeiro desafio da nova composição é abrir caminho por meio de legislações em prol do setor cooperativista. Serão desenvolvidos projetos com foco na segurança jurídica para o transporte alternativo, participação igualitária em processos licitatórios, ações de divulgação sobre a importância do cooperativismo e diferimentos fiscais. Entre os planos da Professora Nilse está o projeto de lei que pretende inserir o cooperativismo nas escolas.
“Temos que ter em mente que o nosso objetivo é gerar emprego e renda. Sem dúvida, o cooperativismo é um dos melhores caminhos para isso. Temos exemplos de cooperativas de vários portes no Estado, mas todos começaram pequenas. E é esse caminho que queremos para este segmento: crescimento”, enfatizou a presidente da Frencoop/PA.
A Frente também poderá auxiliar na articulação política com os demais deputados pertencentes à casa legislativa para a destinação de recursos. Na ocasião, o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, apresentou o documento “Qualificação de Demandas Cooperativistas para Emendas Parlamentares”, que contém dados sobre as principais necessidades das cooperativas agro em relação à infraestrutura. A intenção é replicar o modelo para os demais ramos de negócio.
“Chegou a hora de alavancar o cooperativismo. Somos mais de 100 mil a girar toda uma cadeia produtiva no Pará e fora dele, mas com um diferencial: toda comunidade a que pertence uma cooperativa é beneficiada diretamente. Este documento pode servir como uma orientação segura para balizar as políticas públicas em prol das cooperativas", enfatizou Raiol.
No total, cooperativas de 18 municípios participaram do evento. Uma das atrações na programação foram os balcões com produtos exclusivos das cooperativas que ocuparam o hall da ALEPA. Os parlamentares puderam ver de perto e experimentar os produtos das cooperativas, entre chocolates, hortifrutis, polpas, cosméticos e artesanatos.

DEPUTADOS
Participaram da sessão especial, além de Nilse Pinheiro, os deputados Heloisa Guimarães e Carlos Bordalo. Vavá Martins, que atua como deputado na esfera federal, também esteve presente. Após a apresentação do cenário do cooperativismo e da agenda política do setor, os parlamentares sinalizaram positivamente em apoio ao segmento. Oficialmente, a Frencoop/PA agregará seis deputados: Nilse Pinheiro, Heloísa Guimarães, Dirceu Ten Caten, Igor Normando , Ozório Juvenil e Carlos Bordalo.
“Temos vários exemplos de superação aqui, como a Unimed Belém e o Sicredi Belém. A Unimed conseguiu sair de uma grave crise e se recuperou. Já o Sicredi, enquanto a crise fechava empreendimentos, só se fortaleceu. Isso é um exemplo para nós que vivemos hoje uma situação caótica de 13 milhões de desempregados no Brasil. Eu acredito que essa é a força do cooperativismo”, afirmou Dra. Heloisa Guimarães.
Bordalo ressaltou a importância desse tratamento especial que agora o cooperativismo paraense passa a ter. “Acredito que a partir deste momento e, vendo a pessoa que a deputada Nilse é, certamente o segmento cooperativista dará ainda mais frutos, ficará mais fortalecido e unido”.

REGULAMENTAÇÃO
No radar da Frencoop/PA também está a regulamentação da Lei Estadual do Cooperativismo, n° 7.780/2013. O normativo promoveria incentivos financeiros, econômicos e fiscais, mas ainda carece da regulamentação de aspectos essenciais para ser colocada em prática. “Precisamos com urgência dessa regulamentação para que possamos, por exemplo, pleitear incentivos e diferimentos fiscais”, alertou Raiol.
Texto: Ísis Margalho e Wesley Santos
“Acima das expectativas”. Essa foi a expressão geral de felicidade das cooperativas ao participarem da 6ª edição do Chocolat Festival e Flor Pará, que começou nesta quinta (19) e segue até o dia 22 de setembro, no Hangar. No total, 10 cooperativas expõem seus produtos e histórias no Espaço do Cooperativismo.
Direto de Medicilândia, com 13 anos de mercado, 30 cooperados e uma série de superações e reconquistas, a Cooperativa de Produtos Orgânicos da Amazônia (Coopoam), levou toda a sua variedade de produção para expor no evento. “Pela primeira vez, temos um estande só nosso, com a nossa equipe. Nosso objetivo é mostrar os nossos produtos diferenciados, trocar informações e, quem sabe, construir um novo caminho para a expansão da cooperativa. Estamos realmente muito felizes”, contou Magda Vronski, sócia e engenheira agrônoma da Coopoam.
Com a proposta de promover a cultura regional e sustentável, a Cooperativa D’Irituia – que iniciou recentemente a produção cacaueira, começa a dar os primeiros passos na produção de chocolates artesanais 100% e cacau em pó nativo. “A cooperativa já está acostumada a participar de feiras de exposição, mas nenhuma se compara a esse Festival. Trouxemos um bom estoque, mas já vamos precisar de mais para atender a demanda dos próximos dias”, comentou a cooperada Cristina Lima, da Cooperativa D’Irituia.

Veterana no Festival, a Cooperativa Alternativa Mista dos Pequenos Produtores do Alto Xingu (Camppax), de São Félix do Xingu, trouxe castanha do Pará, amêndoas de cacau e jaborandi. Para o presidente da Camppax, Raimundo Freire, o Festival é uma oportunidade de crescimento tanto nos negócios como de motivação. “Cada vez que estamos aqui, nos sentimos mais confiantes, ganhamos mais conhecimento e vislumbramos melhores oportunidades. Hoje, o nosso trabalho gira 70% em torno da amêndoa de cacau. Precisamos ampliar. O próximo passo será a produção de nibs”, adiantou.
Os nibs de cacau são os grãos tostados, descascados e quebrados. São ricos em polifenóis e magnésio, mineral importantíssimo para 300 reações bioquímicas no corpo humano. Os benefícios diretos estão relacionados ao aparelho cardiovascular, melhora a memória, reduz a pressão arterial e melhora até o humor.

“Temos uma produção de alta qualidade e é por isso que, a cada ano, ampliamos a nossa participação aqui no Festival: para mostrar os produtos e as formas de produção das nossas cooperativas. Isso faz toda a diferença. Falar de sustentabilidade, sem falar de cultura, sem falar do modo de produção, das relações e contextos em que são produzidos, seria como deixar de falar da nossa verdadeira essência e espírito cooperativista”, enfatizou Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB-PA.

Também participam a COOPRIMA, de Primavera; COOPERCAU, de Novo Repartimento; COOPERTUC, de Tucumã; CAMTA, de Tomé-Açu; CASP, de Vigia; CART, de Tailândia; e COOPATRANS, de Medicilândia.
O 6º Chocolat Festival é uma realização do Governo do Estado e conta com o apoio do Sistema OCB-PA. Reuni a cadeia produtiva do cacau, flores e joias, com produtores artesanais, cooperados, fabricantes de chocolate, designers e floricultores. A expectativa é mais de 60 mil pessoas visitem o evento durante os quatro dias de exposição.

Dois grandes eventos para o cooperativismo tiveram destaque nas edições de hoje (19) do Diário do Pará, Amazônia e O Liberal: o Chocolat Festival e a sessão da FRENCOOP/PA.
Falando sobre o 6º Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Amazônia, o Secretário de Estado e Desenvolvimento Econômico, Iran Lima, concedeu uma entrevista ao jornalista Mauro Bonna do Diário do Pará sobre o potencial do Estado na cacauicultura. O secretário destacou o importante papel das cooperativas nesse mercado.
Já o colunista Adenirson Lage e o Repórter 70 citaram a sessão da Frente Parlamentar do Cooperativismo Paraense (FRENCOOP/PA) que será instalada amanhã (20), às 9h, na ALEPA, em que serão apresentados os deputados comprometidos com a Frente e as principais demandas do segmento.

“Encantos de Origem e Biodiversidade” é o tema da 6ª edição do Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Amazônia, que começa nesta quinta (19), no Hangar. D’Irituia, Cooprima, Camppax, Coopercau, Coopertuc, Camta, Casp, Cart, Coopoam e Coopatrans representam o cooperativismo. O evento é realizado pelo Governo do Estado com o apoio do Sistema OCB/PA. A entrada é franca.
Destaque de Medicilândia, município que lidera a produção estadual de cacau, a Cacauway já está em Belém organizando os últimos preparativos para a participação no Chocolat Festival. Para o cooperado Massao Shimon, ao longo de 6 edições, o evento expandiu o mercado para a produção cooperativista de cacau.
“O Festival do Chocolate tem sido uma vitrine para a produção amazônica de cacau, possibilitando abertura de mercado para a Cacauway e demais cooperativas voltadas para esse cultivo. A nossa expectativa é grande, pois aproveitaremos a ocasião para fazer o pré-lançamento do chocolate 88% cacau com açúcar de côco e o 100% cacau. O evento será um termômetro da aceitabilidade dos novos produtos”, adianta Massao.
Promovendo a cultura regional, cooperativismo, turismo e gastronomia, em 6 edições, o evento apresentou mais de 250 expositores, 60 mil visitantes e mais de 20 milhões em negócios diretos e indiretos. Além da feira com exposição de marcas de chocolate, haverá expositores de flores tropicais cultivadas na Amazônia, ciclo de palestras, rodadas de negócios, workshops, concursos, atrações culturais, circuito ecológico, atividades para crianças e ainda um circuito gastronômico com alguns dos melhores restaurantes de Belém.
Serviço:
6º Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Amazônia e 18ª Exposição Flor Pará
Data: 19 a 22 de setembro
Hora: 15h às 22h
Local: Hangar - Centro de Convenções e Feiras
Inscrições:
Uma das mais importantes demandas do cooperativismo se tornará realidade: a instalação da Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo do Pará (Frencoop-PA), que ocorrerá em sessão especial nesta sexta-feira (20), às 9h, na Assembleia Legislativa do Estado (Alepa). A deputada estadual, Professora Nilse Pinheiro, autora do projeto que retomou a Frente, apresentará os deputados que farão parte da Frencoop-PA.
A deputada também será a presidente da Frente e está confiante do importante passo para o cooperativismo. “O Pará tem um potencial enorme para empreendimentos cooperativistas e precisamos assumir isso. O nosso objetivo, como parlamentares, é contribuir para o desenvolvimento desse modelo econômico tão relevante para a inclusão social e geração de trabalho, emprego e renda”, afirma Professora Nilse.
O objetivo da Frencoop-PA é ampliar o espaço das cooperativas em políticas públicas, levando em conta a importância do empreendedorismo coletivo, em tempos de crise, para a inclusão social e desenvolvimento regional. Também serão desenvolvidos projetos que trabalharão sob o viés da segurança jurídica para o transporte alternativo, participação igualitária em processos licitatórios, ações de divulgação sobre a importância do cooperativismo e deferimentos fiscais.
O primeiro passo é a regulamentação da Lei Estadual do Cooperativismo, n° 7.780/2013, que estabelece as políticas públicas para o fomento da atividade no Pará. A Lei foi aprovada pela Alepa em 2013 por unanimidade. No mesmo ano, o Governo do Estado sancionou o normativo que, na teoria, promoveria incentivos financeiros, econômicos e fiscais. No entanto, o poder executivo ainda não regulamentou aspectos essenciais para a aplicação da Lei.
“A partir dessa regulamentação será possível ampliar a rede de atuação do cooperativismo em nível exponencial, porque o cenário está propício e não há mais lugar para um sistema de mercado que não haja cooperação. E o cooperativismo é exatamente isso, união, trabalho e esforço”, explica Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB-PA.
Haverá ainda uma exposição de alguns produtos produzidos por cooperativas no hall de entrada da Alepa para que os parlamentares possam ter uma amostra da produção cooperativista, desde hortifrútis a cosméticos. “Todos os dias nos deparamos com produtos de cooperativas e as pessoas nem sabem disso. Essa exposição mostrará in loco essa realidade”, finaliza Raiol.