Em uma iniciativa inédita, o IFPA lança mestrado para contribuir com o desenvolvimento do setor cooperativista no Estado. Cerca de 200 mil pessoas estão envolvidas direta e indiretamente no segmento
Dados da Aliança Cooperativa Internacional aponta que de cada 6 pessoas no mundo uma está associada a uma cooperativa. São 1,2 bilhão de cooperados presentes em 105 países, gerando 250 milhões de empregos. No Brasil, são mais de 6,6 mil cooperativas, 13,2 milhões de cooperados e 376 empregos formais gerados. No Pará, são 174 cooperativas, 65.881 cooperados, 4.822 empregos diretos e cerca de 200 mil pessoas envolvidas direta e indiretamente no segmento.
Com todos esses números, fica fácil perceber o quando o mercado cooperativista é uma realidade viável no Estado. No ranking nacional, o Pará figura na 14º posição e lidera a região Norte em potencial de cooperativas. “Seguindo o nosso Planejamento Estratégico, estamos trabalhando na direção da qualificação para acelerar o desenvolvimento das cooperativas. Com esse mestrado realizado pelo IFPA, em Castanhal, nossas metas convergem e teremos cada vez mais cooperativas aperfeiçoadas e aptas a concorrer no mercado nacional e internacional. Precisamos potencializar nossos talentos e assumir o nosso papel diante da sociedade”, defende Ernandes Raiol, presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Pará (Sistema OCB-PA).
Nesta perspectiva, o Instituto Federal do Pará (IFPA) – Campus Castanhal, por meio do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural e Gestão de Empreendimentos Agroalimentares (PPDRGEA) e do Termo de Convênio Técnico-Científico entre o IFPA e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Pará (SESCOOP-PA), lançou o edital do Processo Seletivo do Curso de Mestrado Profissional em Desenvolvimento Rural e Gestão de Empreendimentos Agroalimentares no último dia 25. As inscrições iniciam no dia 31 e seguem até o dia 14/08/2018.
Serão ofertadas o total de 20 vagas, sendo 16 para funcionários e/ou associados de cooperativas com registro e adimplentes no Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB-PA) e 4 para demanda social; distribuídas em duas linhas de pesquisa: “Dinâmica e Manejo de Agroecossistemas” e “Gestão de Empreendimentos Agroalimentares”. Os candidatos poderão escolher as subáreas de cada linha de pesquisa, a saber: Dinâmica e Manejo de Agroecossistemas – subáreas: agronomia, agroecologia e aquicultura. Gestão de Empreendimentos Agroalimentares, subáreas: tecnologia e análises de produtos agroindustriais, administração, economia, serviço social e educação.
Segundo o professor do PPDRGEA, Adebaro Alves dos Reis, a ideia do mestrado surgiu do próprio movimento cooperativista. “As próprias cooperativas cobravam isso de nós para que elas possam ter mais conhecimento, mais diferenciação ao associar ciência e prática para fortalecer a gestão e aprimorar a produção nos empreendimentos agroalimentares. A nossa expectativa contribuir para a consolidação do cooperativismo no Estado e das parcerias técnico-científicas com a Universidade de Alicante, da Espanha, onde serão realizados os estágios dos mestrandos em 2020”.
OFICINA
Nos próximos dias 9 e 10, será realizada a oficina de “Elaboração de Pré-Projeto de Pesquisa Aplicada do Programa de Pós-Graduação e Desenvolvimento Rural” para ajudar os interessados em participara do Processo Seletivo desse Mestrado. A oficina será realizada em Belém, na sede do Sistema OCB-PA.
SERVIÇO: Clique aqui para acessar o edital do Mestrado na íntegra. As inscrições para o mestrado é de 31/07 a 14/08/2018. A oficina de “Elaboração de Pré-Projeto de Pesquisa Aplicada do Programa de Pós-Graduação e Desenvolvimento Rural”, será de 8h às 17h, na sede do Sistema OCB-PA (Av. Conselheiro Furtado, 1693). Inscrições:

Com o objetivo de aperfeiçoar e verificar o que há de melhor no Ramo Mineral, o Conselheiro representante do Ramo Mineral da Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB-PA), Amaro Rosa, está em Peixoto de Azevedo (MT) para participar do 4º Seminário das Províncias Metalogenéticas Brasileiras e do 1º Fórum das Cooperativas do Ramo Mineral. A programação iniciou nesta quinta-feira (19) e segue até o dia 21.
No 4º Seminário das Províncias Metalogenéticas, serão discutidos assuntos sobre a geologia regional, tectônica, mineralizações, processos e gênese dos depósitos de ouro e metais-base, seus avanços, desafios e sugestões de trabalhos futuros. Foram 19 palestras técnicas, uma saída de campo para conhecer testemunhos de sondagens de alguns projetos em execução por empresas de mineração. O município de Peixoto de Azevedo alcançou a produção de ouro de origem legal de 5,4 toneladas em 2016 (fonte STN), representando mais de 60% da produção de ouro de origem garimpeira do Estado de Mato Grosso.
Já no 1º Fórum das Cooperativas do Ramo Mineral, organizado pela OCB-MT, serão debatidos temas como autorização do titular do direito mineral para comercialização e a participação das cooperativas nos leilões de área, criação das reservas garimpeiras, apresentação das demandas das cooperativas do ramo mineral e atuação da OCB Nacional e do Serviço Geológico do Brasil.
Visitaram um antigo garimpo para criação de pirarucu, que representa um dos maiores criadouros da espécie no Mato Grosso voltado para o mercado local, Cuiabá e Goiânia e outro garimpo que mantém a extração e ao mesmo tempo já recupera a mata ciliar. “Precisamos aprender todos os dias um pouquinho. Aqui pudemos ver desde os aspectos técnicos de como encontrar o ouro a questões de legislação. Isso é muito importante. Também pudemos perceber outras formas de recuperar áreas em que a mineração já não ocorre mais, como à piscicultura. Acredito que é uma excelente experiência para se ter em mente no nosso Estado”, afirma Amaro Rosa.
Também participam da comitiva paraense Bruno Rolin, secretário de Meio Ambiente de Itaitupa; Jubau Cabral, geólogo; Saint-Clair Medeiros e Mônica Paracampos, ambos engenheira de minas, de Novo Progresso e de Altamira - respectivamente; Misse Rúbia, secretaria da Coogamibra, de Castelo dos Sonhos; Ricardo Stanguerlin, advogado, de Novo Progresso; Fábio Vicente, garimpeiro, de Novo Progresso.
Mais do que dinheiro, as quase mil cooperativas de crédito do país oferecem educação e inclusão financeira e, ainda, soluções adequadas às necessidades de cada cooperado, sempre a preço justo e em condições vantajosas. Esse jeito humanizado de fazer negócio e que mostra o cooperativismo como ferramenta de transformação social, acaba de ser reconhecido pelo Estadão, na segunda edição do Finanças Mais, que acaba de ser divulgada.
A publicação, elaborada em parceria com a Austin Rating, empresa de consultoria, apresenta uma radiografia das instituições líderes do setor financeiro no país. Para compor o material, foram analisadas as demonstrações contábeis publicadas em 2017.
Segundo o Estadão, as cooperativas de crédito “prosperaram na esteira da crise econômica e repetiram nesta edição de Finanças Mais a dobradinha nas duas primeiras colocações na categoria Bancos/Financiamento”.
Para o primeiro lugar, foi eleito o Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) e, para o segundo, o Banco Cooperativo Sicredi. O Bancoob e o Sicredi têm estrutura similar e são braços financeiros dos seus sistemas cooperativos, o Sicoob e o próprio Sicredi.
“O Bancoob é uma das maiores instituições bancárias do país. É ele que garante as operações das cooperativas de crédito do Sicoob. Possui várias linhas de crédito capazes de atender a diversas necessidades dos cooperados. Agora, está com uma em especial para investimentos em energia renovável”, conta o representante do ramo crédito do Sistema OCB-PA e presidente da Coimppa, José Melo da Rocha.
“Enquanto as instituições bancárias convencionais visam o lucro, as cooperativas de crédito visam o resultado. Nós somos uma sociedade de pessoas e não de capital com as instituições bancárias convencionais, o lucro do banco vai para os acionistas. O resultado financeiro da cooperativa fica na conta do cooperado. Outra vantagem é a estrutura enxuta, que permite taxas de juros menores e rentabilidade para os investidores maior do que as praticadas no mercado”, explica o presidente do Sicredi Belém, Napoleão Almeida.
NÚMEROS DO SNCC
Nos últimos oito anos, segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Banco Central, os indicadores mais representativos do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) apresentam crescimento acima da média, em relação aos seus concorrentes.
ASSOCIADOS – Em 2010, haviam pouco mais de 4,1 milhões de associados. Em 2017, as cooperativas de crédito atingiram a casa dos 9,7 milhões de cooperados, mais que dobrando de tamanho.
ATIVOS – No fim de 2010, os ativos do SNCC fecharam em torno de R$ 58,8 bilhões. Sete anos depois, esse valor fechou em mais de R$ 255,5 bilhões.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO – No fim de 2017, o SNCC acumulou um patrimônio líquido de mais de R$ 42,2 bilhões, praticamente quatro vezes mais que o registrado em 2010 (R$ 10,7 bilhões).
OPERAÇÕES DE CRÉDITO – Outro indicador que também cresceu foram as operações de crédito. Em 2010, ele era de R$ 26,4 bilhões ao passo que, em 2017, registrou praticamente R$ 88 bilhões.
DEPÓSITOS – Se considerarmos o volume de negócios, o setor tem fechado no azul, anualmente, desde 2010 (R$ 25,6 bi). No ano passado, para se ter uma ideia, esse indicador registou um volume de cerca de R$ 113,5 bilhões.
PONTOS DE ATENDIMENTO – A rede de atendimento do SNCC é uma das maiores do país e continua em ritmo acelerado de crescimento. Em 2017, haviam 5.936 pontos de atendimento espalhados em todas as regiões brasileiras. Vale destacar que em 454 municípios, as únicas instituições financeiras presentes são cooperativas.
Fonte: Com informações da OCB
O Núcleo Nacional tem por objetivo proporcionar o debate acerca dos aspectos polêmicos do Regime Jurídico aplicável aos Serviços Sociais Autônomos, levantando as inovações nos aspectos legislativos, como o posicionamento do Tribunal de Contas da União, da Controladoria Geral da União, dos Tribunais Superiores e da doutrina especializada. O evento começou nesta segunda (16) e segue até quarta (18), em Curitiba (PR).
Em sua décima quinta edição, o Núcleo reúne – a cada ano – profissionais de todas as Entidades do Sistema “S” em âmbito nacional, sendo uma oportunidade única para atualização e troca de experiências.
E é preciso reconhecer que, ao longo do tempo, os órgãos de controle e os Tribunais Superiores (a exemplo do STF) têm evoluído o posicionamento pertinente ao Regime Jurídico aplicável a estas entidades, flexibilizando em alguns aspectos, ao reconhecer a natureza de direito de privado e, em outros pontos, equiparando-os ao regime jurídico da Administração Pública.
“Por isso é tão importante estarmos atentos a esses aspectos jurídicos tão importantes para o nosso crescimento quanto Sistema “S” e quanto entidade voltada para o desenvolvimento do cooperativismo. Sem qualificação, não se desenvolve”, afirmou o presidente do Sistema OCB-PA, Ernandes Raiol.
Partindo da ideia de que atitudessimples mudam o mundo, o Sistema OCB-PA está apoiando a campanha : “Quem coopera ajuda uma criança” da Cooperativa dos Educadores Autônomos de Castanhal (Ceac), cujo objetivo é de aprimorar a educação de cerca de 700 crianças por meio da implantação de uma Estação Virtual na sede da Cooperativa. A estação será composta por 7 computadores e internet para orientação dos alunos sobre como utilizar de maneira útil e benéfica a internet.
“Nós percebemos que apesar da a internet está mais acessível hoje, a maioria das pessoas ainda não conseguem utilizar de fato a internet de maneira proveitosa. Por vezes, acabam desperdiçando tempo com conteúdos inúteis”, afirma o presidente do Sistema OCB-PA, Ernandes Raiol.
Como projeto piloto, essa campanha visa estimular outro viés cooperativista nesse ambiente tão essencial na vida de todos por meio da implantação dessa Estação na Ceac. “A Ceac veio nos procurar apresentando essa necessidade dos alunos e também dos educadores, que perceberam que poderiam estreitar um vínculo maior e otimizar o processo de aprendizagem dos alunos”, reforça o superintendente do Sistema OCB-PA, Júnior Serra.
“Para nós essa campanha representa a vivência da intercooperação em si, em que uma cooperativa ajuda a outra a crescer. Na educação, ninguém pode ficar para traz. Essa Estação Virtual pode ser uma coisa pequena, simples, mas para os nossos alunos pode fazer toda a diferença. É nisso que acreditamos”, enfatiza a presidente da Ceac, Kátia Santos.
A Estação Virtual faz parte da campanha do Dia de Cooperar 2018, que tem por objetivo promover ações voluntariadas em visem à relação com a comunidade e os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas, em especial o 4º Objetivo: “Assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”.
Serviço: A campanha segue até o próximo dia 03. As cooperativas interessadas em contribuir com os equipamentos necessários para a montagem da estação virtual devem entrar contado com o número: (91) 9.9999-5681.