Atuando em segmentos variados como fabricação de conservas, coleta seletiva, autoescola, serviços gerais e manutenção, as cooperativas de trabalho devem ser contempladas em editais públicos. Essa é uma das reivindicações da Agenda Política do Cooperativismo Paraense, assim como a ampliação de relações institucionais com entidades fiscalizadoras e regulamentadoras do ramo.

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Entre 200 expositores de 20 países, a Cooperativa de Primavera (Cooprima) é a representante do cooperativismo na Feira do Artesanato Mundial (FAM), que segue até o próximo domingo (16) no Hangar, em Belém. A grande novidade é a linha de cosméticos fabricada a partir de ervas medicinais cultivadas e beneficiadas pelos próprios cooperados. Os produtos expostos são sabonete íntimo, protetor solar e sabonete facial, além da tradicional cachaça de jambu, óleo de coco, óleo de andiroba, composto de copaíba, cabacinha e andiroba, licor de frutas e licor de tucupi.
A linha de cosméticos “Ervas da Amazônia”, carro chefe da exposição na FAM, leva aroeira, verônica, barbatimão e jucá. A cooperativa decidiu ingressar no novo segmento após network viabilizado pela Feira Pará+30, que também contou com a participação das cooperativas paraenses. Na ocasião, os cooperados receberam orientações de como usar as ervas medicinais e, partir de então, iniciaram o desenvolvimento artesanal dos produtos.
“É nossa primeira experiência de apresentação da linha que já teve uma ótima aceitação pelo mercado. Alguns profissionais de Estética fizeram o teste e aprovaram. Estamos quase acabando o estoque e ainda conseguimos fechar contrato com duas revendedoras esteticistas, uma de Natal e outra do Pará. Isso prova que estamos no caminho certo”, explicou a presidente da COOPRIMA, Joelma Nunes.
A cooperativa recebeu proposta de parceria com o laboratório Fiocruz para desenvolvimento dos produtos. Os cooperados também já vislumbram parceria com a SEAD, que deve lançar no próximo ano a DAP fito, que dará a oportunidade para o produtor ter uma linha de financiamento de R$18mil. O objetivo é investir em um minilaboratório para elaborar produtos dentro do padrão exigido pelo mercado, com certificações e selos.
“Estamos disponíveis para auxiliar a COOPRIMA e demais cooperativas atuantes neste segmento, tanto ampliando a rede de relacionamentos estratégicos para o aperfeiçoamento da atividade, quanto na abertura de horizontes comerciais. As Feiras e Festivais têm atraído bons resultados, gerando repercussões comerciais expressivas”, afirma o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
A agropecuária é um dos pilares da economia paraense e o cooperativismo pode ser, sim, uma alternativa para fortalecimento dos produtores. As prioridades do ramo são a profissionalização das cooperativas, através de Políticas Públicas de incentivo similares ao Plano Safra, assim como a criação de lei que permita tratamento igualitário ou diferenciado para contratação de singulares locais.

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Com mais de 22mil cooperados, o ramo mineral carece de políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento dos garimpeiros. Uma das propostas da Agenda Política é o tratamento diferenciado às cooperativas nos
processos de concessão de lavras e licenciamento ambiental. O alinhamento de impostos e taxas também é outra medida.

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Agricultores familiares de São Félix do Xingu estão comemorando a venda para o mercado paulista do primeiro lote de chocolate orgânico em barra. O lote de chocolates finos é fruto do trabalho de 43 associados à Cooperativa Alternativa Mista dos Pequenos Produtores do Alto Xingu (Camppax) e será vendido na rede da Casas Santa Luzia e nas lojas da marca AMMA. A empresa atua no segmento de chocolates orgânicos e valoriza as características regionais.
A produção dos cooperados é baseada em práticas agroecológicas e no princípio de conservação da floresta, com geração de renda e melhoria da condição de vida dos produtores. Ao todo, foram oito anos de aperfeiçoamento de práticas sustentáveis. O trabalho foi feito a partir da realização de diversas oficinas, intercâmbios com produtores da Bahia, seminários para o aprimoramento das técnicas de poda, secagem, fermentação e enxerto, como explica o engenheiro florestal Marcos Fróes, do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), que dá apoio à Camppax.
“Em quatro anos, as amêndoas do grupo foram avaliadas como tendo qualidade para a produção de chocolates finos. No ano passado, esses agricultores conquistaram a certificação orgânica e agora comemoram a entrada de seu produto em um dos maiores mercados consumidores do país”, diz Marcos.
De acordo com o gerente da Camppax, Ilson Martins, a indústria paga 70% mais do que o preço de mercado pelo produto feito em São Félix do Xingu, o que despertou o interesse de outros produtores para práticas sustentáveis. A Camppax ainda produz cacau em pó e negocia a possibilidade de colocá-lo na merenda escolar da cidade paraense.