Das cooperativas agropecuárias da Região Metropolitana e do Nordeste paraense, apenas 3 possuem organização produtiva bem delimitada, um desafio para o setor e também para os alunos que estão sendo formados pela academia. O 2° Seminário de Cooperativismo e Extensão Rural, promovido pelo IFPA Castanhal, tem esse objetivo. Alunos dos cursos técnicos, tecnólogos e de graduação participam do evento que conta com palestrantes do Sistema OCB/PA, COODERSUS, D´Irituia, COOBER, COOPABEN, SICREDI Verde e SICOOB Cooesa. O Seminário segue até esta terça (19).
A proposta é a integração de conhecimentos acerca do Cooperativismo para alunos do oitavo semestre do curso de agronomia. O Seminário é realizado como finalização das disciplinas de Cooperativismo, Economia Solidária e Extensão Rural e organizado por duas cooperativas fictícias formadas pelos alunos de 2014, a COAMA e a COOMAC. Como desdobramento, os alunos também irão ministrar minicursos para produtores de Terra Alta.
Na apresentação do Sistema OCB/PA, o superintendente Júnior Serra falou sobre o Panorama do Cooperativismo no Estado e sobre o Programa AgroCoop. A Rede de cooperação identifica as demandas, mapeia o parceiro específico e executa as ações de melhoria nas cooperativas. A intenção é preparar os acadêmicos a participarem dos projetos de intervenção de melhorias.
Um dos resultados possíveis é a assinatura de termo de cooperação técnica entre o Sistema OCB/PA e o Instituto Federal do Pará. "O mercado é muito grande, mas é necessário ter mão de obra qualificada. Em cima de toda a demanda do ramo, temos apenas uma empresa credenciada no Sescoop/PA para intervir nas singulares. Nosso desejo é incluir os alunos de agronomia nos programas de estágio dentro das cooperativas e do próprio Sistema OCB/PA. Vamos articular com a diretoria do Instituto para maturar a ideia", comentou o superintendente.
O tema desta edição foi "Gênero, Cooperação e Formação Profissional". O empoderamento das mulheres no mercado de trabalho foi um dos temas discutidos na apresentação da Cooperativa de Trabalho em Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável (COODERSUS). O presidente José Guataçara afirmou que 43% do quadro técnico da cooperativa é formado por mulheres. As coordenadorias dos contratos de ATER, inclusive, são comandadas por mulheres.
“Valorizamos a atuação das mulheres, que possuem grande influência no sucesso da nossa cooperativa ao longo dos seus 20 de existência. Já realizamos 10 contratos de ATER, que é um número bastante expressivo se considerarmos as dificuldades de se acessar as chamadas do Governo Federal. Ainda temos muitos desafios, como a aplicação de políticas públicas, a independência de outras instituições na geração de DAP e a descentralização da Ater nos níveis estaduais. Com certeza, o IFPA está formando profissionais que irão nos auxiliar neste processo”, comentou José.
Já a Cooperativa Brasileira de Energia Renovável (Coober) apresentou a iniciativa da primeira singular do ramo na América Latina, como um exemplo da expressividade do cooperativismo na transformação da realidade social. "É importante associar as energias renováveis com as cooperativas Agro, pois, em potencial de biomassa, somos a Arábia Saudita da produção sustentável. Desperdiçamos restos da produção que poderia se transformar em dinheiro a partir da produção e compensação energética”, explicou o presidente Raphael Vale.
Na finalização do Seminário, ainda participam representantes da Cooperativa Agropecuária de Benevides (COOPABEN) e da Cooperativa Agropecuária dos Produtores Familiares Irituienses (D’Irituia). Os Sistema de Crédito do Cooperativismo também são tema de palestra nesta terça, com a participação do presidente da SICREDI Verde, Claudio Reis e da presidente da SICOOB Cooesa, Francisca Uchoa.


Os avanços políticos em prol do setor cooperativista são visíveis ao longo dos últimos anos, fruto de uma participação mais expressiva da OCB Nacional chefiada por Márcio Lopes. O presidente se reuniu nesta semana com a Diretoria do Sistema OCB/PA, representada pelo presidente Ernandes Raiol e pelo conselheiro de administração e representante do ramo crédito, José Melo. O objetivo foi estreitar a relação com a entidade nacional para o fortalecimento das cooperativas paraenses. Um dos resultados será a visita de Márcio ao Estado no final do próximo mês.
Na reunião, foram discutidos vários assuntos de interesse ao cooperativismo no Pará, pontos de evolução e demandas para melhoria. Márcio virá ao Estado visitar a região do Marajó, no final de julho. Ele participará da Feira Marajó Búfalos, evento que mostra o avanço em melhoramento genético dos búfalos regionais para leite e corte, reunindo difusão tecnológica com palestras e cursos, curral de negócios, além de torneio de búfalas leiteiras a pasto e concurso para eleger o melhor queijo marajoara.
“Nossa conversa durou a tarde inteira e foi muito agradável. Trocamos opiniões sobre vários assuntos, ampliando a relação com o presidente. O convidamos para participar do Marajó Búfalos, Feira que a COIMPPA tem incentivado pelo terceiro ano consecutivo, fazendo com que o segmento seja conhecido no ambiente brasileiro”, explicou José Melo, que também é presidente da SICOOB COIMPPA.
Márcio Lopes de Freitas, 53 anos, é natural de Patrocínio Paulista, interior de São Paulo (SP). Foi presidente, a partir de 1994, da Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec) e da Cooperativa de Crédito Rural (Credicocapec) e da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), entre 1997 e 2001. Atualmente, é presidente do Sistema OCB, que inclui a Organização das Cooperativas Brasileira, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), desde 2001. Freitas é graduado em Administração pela Universidade de Brasília (UnB).
“Tenho acompanhado o trabalho do presidente Márcio desde o início e tem sido exemplar para alcançarmos o patamar que hoje o cooperativismo está. É um líder dinâmico e com acesso aos ambientes políticos necessários para fortalecer o segmento. Está comandando pleitos junto a senadores e deputados federais constantemente na casa legislativa para garantir uma legislação pertinente”, enfatizou Ernandes Raiol.


Convivência social, aceitação pessoal e inserção no mercado de trabalho são alguns dos desafios que o jovem precisa enfrentar na vida. Em todos estes, o cooperativismo é uma ferramenta que pode contribuir bastante e a sua difusão para a juventude paraense é um dos objetivos do Sistema OCB/PA. Através de dinâmicas, palestras e rodas de conversa, os alunos do Programa Aprendiz Cooperativo levaram os princípios cooperativistas para jovens da rede pública de ensino na última terça (12). A turma da manhã visitou comunidade no Distrito Industrial e a turma da tarde esteve na Escola Técnica Magalhães Barata, no Telégrafo.
A Programação foi um desdobramento na finalização do Módulo Cidadania e Trabalho. Os instrutores escolheram a atividade para que os jovens pudessem colocar em prática o conteúdo aprendido em sala de aula. A turma da manhã beneficiou a comunidade da Portelinha e moradores da periferia no conjunto Geraldo Palmeira, do Distrito Industrial em Ananindeua/PA. Participaram 87 pessoas além de crianças, que ficaram em um local a parte, participando de algumas dinâmicas de grupos. Foi feita a apresentação do Sistema OCB/PA e o papel do Aprendiz. Foram trabalhados os temas: Educação e Cidadania, Estatuto da Criança e do Adolescente e Educação sexual.

Já a turma da tarde beneficiou três turmas da Escola Técnica Estadual Magalhães Barata com jovens de idade entre 15 a 24 anos. Eles fazem parte dos cursos técnicos de Mecânica, Eletrotécnica e Edificações. No total, participaram 75 jovens. O tema trabalhado foi convivência social, com os assuntos: bullying, cooperativismo e instrumentos 5s aplicados à escola. O 5s é uma ferramenta que auxilia na criação da cultura da disciplina, identifica problemas e gera oportunidades para melhorias, reduzindo o desperdício de recursos e espaço de forma a aumentar a eficiência operacional.
“Os aprendizes já aplicam o programa no SESCOOP/PA com as atividades de organização da sala, higienização e limpeza divididos em subgrupos. Levamos essa experiência deles para a escola. Foi muito positivo e os próprios alunos da Escola deram o depoimento de estarem interessados em aplicar essa metodologia”, explicou a instrutora do Programa, Alessandra Souza.
Toda a programação foi organizada e executada pelos jovens, com acompanhamento das instrutoras. Eles se dividiram em três grupos com tarefas específicas as quais contemplavam as dinâmicas, interação, (recepção e interação) e desenvolvimento do tema. Sobre o assunto “bullying”, os aprendizes demonstraram a dinâmica das maçãs, utilizando um fruto normal e outro que estava com aspecto bom por fora, mas podre internamente. Os alunos começaram a xingar a maçã podre e elogiar a maçã boa, abrindo-se ambas posteriormente. O objetivo foi mostrar as consequências internas que o tratamento hostil pode provocar nas pessoas.

Na dinâmica sobre o cooperativismo, os alunos precisavam encher balões e tratá-los como se fossem os próprios sonhos, sem deixar cair. Algumas pessoas eram retiradas da roda e o restante precisava cuidar dos sues balões e dos balões dos outros, demonstrando a necessidade do pensar em grupo, coletivo e solidário.
“O desempenho de todos os alunos foi muito bom. Colocaram em prática o que aprenderam e desenvolveram competências que não acreditavam possuir, levando conhecimento na frente de um público grande. Isso demonstra a forma positiva que o SESCOOP/PA vem atuando com os aprendizes, estimulando competências e habilidades. Foi muito positivo. Eles até já querem realizar o projeto de novo”, enfatizou a instrutora Angélica Melo.
Apesar das turmas terem iniciado apenas há um mês, a iniciativa teve tanto sucesso que já surgiram convites para mais duas escolas. Os professores presentes avaliaram de modo muito animador e desejam replicar em outras unidades, assim como a própria diretora da Escola Magalhães Barata solicitou o retorno dos aprendizes quando houvessem outros conteúdos.
Para a aprendiz Eduarda Assunção, de 18 anos, a experiência foi surpreendente. “Participei do grupo de trabalho responsável por ministrar palestra e tive envolvimento com os demais grupos para estarmos todos alinhados. Falei sobre o bullying principalmente sobre soluções com a ajuda profissional da psicologia e com o envolvimento da família, assim como a cooperação dentro do ambiente escolar. Foi algo novo e muito importante. Vivemos em uma sociedade tão voltada para si que muitas vezes não nos preocupamos com outros. Foi muito satisfatório. Aprendi bastante e os demais grupos também”.
O chocolate que já conquistou o Estado agora chega em terras goianas. A Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans) inaugura nesta quinta (14) sua loja na capital de Goiás para a alegria dos amantes de chocolate. A marca paraense irá aquecer o mercado regional com mais de 20 produtos como bombons de recheios variados, achocolatados, geleia e licor. A loja é localizada na Alameda Ricardo Paranhos nº 325, região cujos estabelecimentos são 45,33% comerciais.
O chocolate CacauWay é reconhecido como um dos melhores do mundo pelo Salão de Chocolate em Paris. Os produtos são apurados a partir de amêndoas selecionadas e fermentadas, dispensando o uso de corantes e aromatizantes artificiais, surgindo assim um terruá autêntico e de sabor único na Amazônia. A cooperativa conseguiu o segundo lugar no concurso de melhores amêndoas do Salão de Chocolate em Paris. No Festival Internacional do Chocolate em Belém, os cooperados conseguiram a primeira, segunda e terceira colocação. No concurso nacional, a COOPATRANS ficou entre as dez melhores.
O diferencial dos produtos da marca é a qualidade do Cacau. Os chocolates possuem diferentes percentuais da fruta, agradando aos mais variados gostos. A CacauWay produz tabletes com 30%, 60%, 65% e 70% de cacau com 16 variedades de recheios. É utilizada uma grande quantidade da massa da fruta, priorizando o controle de qualidade com a seleção dos frutos e garantindo a produção de um chocolate delicioso. Outro fator de destaque é que não é adicionada outra gordura que não seja do próprio cacau.

A Oficina de constituição da Central das Cooperativas Agropecuárias em Santarém e as palestras de disseminação do cooperativismo em escolas públicas, promovidas pelos aprendizes da Unimed Belém, são algumas da ações do Sistema OCB/PA em destaque ao longo da semana. Fique por dentro das nossas atividades. Veja a programação do seu município!
#ocbsescooppa #capacitandoparacrescer
