
A mandioca é a cultura básica da agricultura familiar do Estado, mas diversas regiões estão sofrendo com a proliferação de doenças que comprometem a produtividade, como a fusariose e o apodrecimento de raízes. O conhecimento obtido no Congresso Brasileiro de Mandioca, realizado junto ao II Congresso Latino Americano e Caribenho, será determinante para a adoção de boas práticas e tecnologias necessárias para mitigar esses efeitos negativos. O evento segue até esta sexta (16), em Belém, com a participação de produtores de todo o Pará. Participam as cooperativas COOPRUSAN, COOPROMUBEL, D'IRITUIA, COAPEMI, COAFAM, COOPBOA, COOFARJUR e CAAM. A promoção é da Sociedade Brasileira da Mandioca (SBM), Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP) e Corporación CLAYUCA com o apoio do Sistema OCB/PA.
Estão ocorrendo vários minicursos com diversos temas, entre eles melhoramento genético de mandioca, condução de áreas para produção de manivas, manejo de solo, processamento de mandioca e outros. A programação faz parte do principal fórum de integração dos agentes da cadeia produtiva da mandioca, representados por instituições de ensino, pesquisa, fomento, extensão rural, defesa vegetal, produtores e empresários. Especialistas de sete Unidades da Embrapa no Brasil apresentam palestras e mediam mesas de debate sobre diferentes temas.
“A partir desse seminário tomamos conhecimento técnico do aparecimento das doenças que vinham ocorrendo na região. Precisamos buscar uma força coletiva. Em Santarém, por exemplo, já conseguimos montar um laboratório com a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Instituto Federal do Pará (IFPA), Governo, Município e com o apoio das instituições locais. Buscamos a micro propagação do material resistente para introduzir no plantio de novas áreas e retomar a competitividade”, afirmou o presidente da COOPRUSAN, Cidinei Nunes.
De acordo com Cidinei, a safra 2019 estará comprometida devido o aparecimento generalizado das doenças em Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos. Para Mauricio Julião, diretor financeiro da COOPROMUBEL, os números são preocupantes. A mandioca representa 70% da produção, que é o carro chefe da cooperativa. Atualmente, os cooperados estão produzindo em torno de 3.500 kg por mês, que resulta em 240 sacos. Em condições normais de produção, os cooperados produzem 40 sacos de farinha por dia que somam 480 sacos por mês. A produção teve uma queda de aproximadamente 50%.

“O processo de legalização da nossa casa de farinha mecanizada está bem avançado. Porém, ainda enfrentamos a dificuldade de pragas e doenças que não conhecíamos. Com o congresso, descobrimos essa variedade e estamos nos capacitando na expectativa de encontrar a solução”, explica Maurício.
Maior produtor brasileiro, com cinco milhões de toneladas por ano, em uma área plantada de 300 mil hectares. A produção está presente nos 144 municípios paraenses e serve, basicamente, para a subsistência. Uma cadeia produtiva que envolve, do plantio à comercialização, cerca de 300 mil pessoas. São agricultores, atravessadores e comerciantes, que juntos movimentam R$ 1 bilhão na economia local por ano.
“Nosso município, Juruti, tem um potencial muito grande para produzir mandioca, mas temos dificuldade técnica, porque plantamos rusticamente, de modo não mecanizado. Vou repassar aos cooperados como devemos avançar futuramente se quisermos acompanhar o mercado e a qualidade do produto. Por isso, o congresso está sendo muito útil”, afirmou o Diretor de Comercialização da COOAFARJUR, João Bentes.
Na abertura do evento, o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, recebeu uma homenagem de reconhecimento pelo apoio à cadeia produtiva da mandioca. “Quase todas, senão todas as cooperativas do ramo agropecuário trabalham com a cultura e é evidente que precisamos apoiar a atividade. Junto às instituições parceiras, buscamos o desenvolvimento de tecnologias que combatam essas problemáticas generalizadas e proporcionem melhores condições aos agricultores”.




Uma cooperativa de crédito voltada para os servidores da Justiça do Trabalho e Eleitoral, a Sicoob Credijustra ampliou as atividades no Pará a partir da união com a Sicoob Bombeiros, em 2015. Hoje, 80% dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho – 8ª Região (TRT8) e 50% dos bombeiros estão na Credijustra. Com esses números, a Cooperativa alcançou a marca de 2.100 associados e R$185 milhões de ativos em todo o Brasil. Até 2020, a Cooperativa pretende se tornar referência em atendimento de condomínios e consórcios no Estado, investir na abertura de uma singular produtora de energia renovável e atingir o patamar de 3 mil cooperados em todo o país.
Além de prestar serviços para os associados, a Credijustra disponibiliza produtos como consórcios de imóveis, de veículos, poupança, seguros e empréstimos consignados para toda a população, sem a necessidade de ser cooperado. E para os associados, a liberdade de saques na rede 24h, teds e docs sem cobrança de taxas. Até o final do semestre, serão inauguradas um posto de atendimento e uma unidade comercial da Credijustra, ambos no bairro do Umarizal, área nobre de Belém.
“Temos um grande carinho por este Estado que representa 54% da nossa carteira de associados, o maior número de associados em uma única unidade, como o TRT8, com 80% e 50% dos Bombeiros. Só no Pará temos essa marca. Por isso, estamos interessados em investir mais aqui para ser a melhor cooperativa de crédito do Estado”, explica o presidente da Credijustra, Alexandre Machado.
Qualificação
Outra marca da Credijustra é a qualificação. É a cooperativa de crédito mais certificada, segundo o Banco Central, com 39% do quadro de colaboradores com certificação Anbima. Atualmente, a cooperativa é ligada à Organização das Cooperativas Brasileiras unidade do Distrito Federal (OCB/DF) e irá formalizar uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Pará para aplicar em Belém a politica de qualificação. “Estamos abertos a todos que nos procurarem para receber qualificação, treinamento, todo o aporte necessário para deslanchar o cooperativismo no nosso Estado”, ressalta o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

O Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB/PA) esclarece que a emissão da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana (GRCSU), cujo vencimento ocorreu no dia 31 de janeiro de 2018, está sendo prejudicada em virtude de instabilidade do site gerador cujo domínio pertence à instituição financeira CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Às singulares que ainda não efetuaram o pagamento, a OCB/PA orienta que estas também podem emitir a guia no portal do contribuinte da CAIXA. Basta acessar o link: http://www.caixa.gov.br/empresa/pagamentos-recebimentos/pagamentos/grcsu/Paginas/default.aspx. Informamos ainda que o código da entidade sindical é 000.563.000.90891-6.
Também é possível entrar em contato com o SUPORTE que instrui acerca do passo a passo da geração do boleto no 3004-1104. O Sistema OCB/PA, prezando pela total transparência dos seus processos, está disponível para demais esclarecimentos.


A Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), a primeira singular formada apenas por de mulheres presas no país, foi uma das 43 iniciativas sociais de 15 estados brasileiros selecionadas para receber investimentos destinados pela Brazil Foundation. No total será investido R$ 1 milhão de reais por meio de doações diretas. A Brazil Foundation é vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), responsável por mobilizar recursos para ideias e ações transformadoras, a partir do trabalho com líderes e organizações sociais e uma rede global de apoiadores, promovendo igualdade, justiça social e oportunidade para os brasileiros.
Foram recebidas 1.189 propostas de todo o Brasil com demandas nas áreas de educação, cultura, direitos humanos, participação cívica, desenvolvimento socioeconômico, saúde e negócios sociais. O edital foi voltado para organizações de pequeno e médio porte e startups sociais, oferecendo investimentos para iniciativas, muitas vezes, fora do radar de investidores sociais e que demonstram um grande potencial de transformação de seus territórios.
A Coostafe foi um dos dois projetos selecionados no Pará. A outra iniciativa social foi o “Ame Tucunduba”, projeto de protagonismo juvenil na gestão de recursos hídricos, na área educação e cultura. A startup da Susipe foi selecionada na categoria Direitos Humanos e Participação Cívica.
Além de investimento financeiro, as iniciativas contempladas receberão apoio técnico e mentoria, bolsas para participar de workshops de formação em parceria com a Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR); acesso aos programas de intercâmbio de liderança e recursos adicionais para projetos de compartilhamento de metodologias.
Para a diretora do Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, Carmen Botelho, idealizadora da startup social com a cooperativa de presas, a seleção do projeto é uma conquista para o sistema prisional paraense. “Fiquei sabendo do resultado do edital pela internet porque um amigo de São Paulo também teve um projeto selecionado e divulgou em sua rede social. Estamos muito felizes pela Coostafe ter sido contemplada”, destacou a diretora do CRF.
Os recursos para esse investimento vieram de jantares beneficentes realizados em Nova York, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro; campanha Vivo à Beira; e parcerias programáticas com a Garcia Family, a Hees Foundation e E. M. Fund.
Os investimentos destinados à Coostafe serão utilizados na melhoria do ambiente de trabalho das detentas, compra de novos equipamentos e capacitação profissional das cooperadas, entre outros. “Nós já apresentamos um planejamento de gastos para a Brazil Foundation e vamos investir o recurso, primeiramente, para melhorar a estrutura do ateliê da Coostafe dentro do presídio, além de comprar novos equipamentos, capacitação profissional das cooperadas para profissionalizar o negócio e também publicidade da marca”, elencou Carmen.
Para conferir a relação completa de projetos selecionados no edital 2018 acesse: brazilfoundation.org/edital-2018-projetos-selecionados/?lang=pt-br
Por Timóteo Lopes | Foto: Thiago Gomes (Ascom/ Susipe).

Depois de um arrastado 2017, uma das cooperativas mais tradicionais de Belém com 19 anos de operação e 170 cooperados em atividade, a COOPERDOCA superou boa parte das dificuldades e começa a colocar em prática o plano de expansão da cooperativa. Entre as principais ações estão a renovação da frota de carros que estejam acima de 5 anos, redução do número de veículos alugados e, consequentemente, aumentar o retorno financeiro para os cooperados. Pensando nisso, representantes da COOPERDOCA se reuniram nesta quinta-feira (08/03) com as cooperativas de crédito SICREDI Belém e SICOOB Unidas para conhecer as soluções em financiamento que cada uma pode disponibilizar. O presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, também participou das discussões como um grande entusiasta da intercooperação.

“Precisamos estreitar o relacionamento dento do segmento cooperativista para fortalecê-lo e usufruir das vantagens que a intercooperação pode trazer para todos nós, como por exemplo, taxas de juros mais interessantes, possibilidade de negociação direta, coletiva e o fortalecimento financeiro das próprias cooperativas envolvidas”, ressaltou o Ernandes Raiol.
Dados Aliança Cooperativista Internacional, apontam que no mundo, mais de 1 bilhão de pessoas tem como renda principal as cooperativas. No Brasil, 51,6 milhões de pessoas são beneficiadas direta ou indiretamente pelo cooperativismo. As cooperativas de táxi transportam cerca de 2 bilhões de passageiros por ano, com média 5,5 mil pessoas por dia. Hoje, a Cooperdoca mantém um faturamento mensal de cerca de R$200 mil e pretende aumentar esse valor ao otimizar os recursos da cooperativa.
“Por falta de desconhecimento mesmo, por vezes acabamos por não utilizar os recursos que o cooperativismo nos disponibiliza. Por isso, estamos procurando conhecer as cooperativas de crédito para beneficiar a nossa cooperativa e a vida dos cooperados”, contou o presidente da Cooperdoca, Ewerton Lobado.
As taxas de juros de uma cooperativa de crédito são menores em cerca de 40% em relação às praticadas por bancos convencionais, com a vantagem de o associado ser dono e cliente ao mesmo. “Isso faz toda a diferença. Nós presamos pelo encantamento dos nossos associados e mostramos para eles todas as vantagens na ponta lápis”, enfatizou o diretor administrativo do Sicredi Belém, Amaury Dantas.
Na Sicoob Unidas, o diretor superintendente Manoel de Jesus Martins apresentou o sistema Sicoob e disponibilizou um atendimento diferenciado para a Cooperdoca a fim de vislumbrar a melhor solução financeira para a Cooperativa. “Aqui, prezamos pelo relacionamento. Esse é o maior bem de toda a cooperativa de crédito. Estejam certos que teremos o maior prazer em satisfazer as demandas de vocês”, afirmou.
Superação
Em todo Brasil, o segmento de taxi passou por forte abalo após a entrada de vários aplicativos. No Pará, não foi diferente, mas a postura de gestão da Cooperdoca fez com que a cooperativa se reposicionasse ao incrementar uma série de ações. “O ano de 2017 foi um ano de arrumar a casa. Saímos de uma caótica inadimplência de 80% para 10% já primeiro trimestre de 2018. Alavancamos o nosso aplicativo e nos reposicionamos no mercado com atendimento diferenciado, carros tops de linha e segurança para os nossos clientes. Hoje, o cliente Cooperdoca sabe exatamente o que é ser ‘o’ cliente Cooperdoca”, explicou o contador da Cooperdoca, Marcelo Baena.