Um lugar para tomar um bom café, servido de pão de queijo e chocolates de todos os tipos, sabores e aromas. Esse é o espaço que a Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans) inaugurou nesta segunda (26) para incrementar sua loja na capital paraense, para delírio dos amantes de chocolate. Assim como nos outros pontos de atendimento espalhados pelo Pará e fora do Estado, a de Belém terá cafeteria, espaço para leitura e reuniões empresariais. A loja mudou de endereço e agora está localizada na Rui Barbosa, entre Nazaré e Brás de Aguiar.
A cooperativa, que detém a marca CACAUWAY, decidiu investir nesse novo segmento para proporcionar uma opção a mais para o consumidor. “Entendemos que uma loja de chocolate precisa ter algo mais agregado, não somente chocolate. Hoje, é difícil ir apenas para compra-lo, por isso tivemos a ideia do café como uma forma de atrair o consumidor, que também pode se interessar por outros produtos. Se algumas empresas precisarem fazer uma pequena reunião ou encontros, também temos um espaço reservado para isso”, explicou a presidente da COOPATRANS, Rita Aguiar.
O café é oriundo de Minas Gerais e os coquetéis, assim como os cappuccinos são produzidos com o chocolate genuinamente amazônico da cooperativa. Atualmente, apenas as lojas de Altamira, Belém e Macapá possuem a cafeteria, mas a intenção é expandir também para os demais pontos localizados em Santarém, Medicilândia e Ceará.
O chocolate CacauWay é reconhecido como um dos melhores do mundo pelo Salão de Chocolate em Paris.
Os produtos são apurados a partir de amêndoas selecionadas e fermentadas, dispensando o uso de corantes e aromatizantes artificiais, surgindo assim um terruá autêntico e de sabor único na Amazônia. A cooperativa conseguiu o segundo lugar no concurso de melhores amêndoas do Salão de Chocolate em Paris. No Festival Internacional do Chocolate em Belém, os cooperados conseguiram a primeira, segunda e terceira colocação. No concurso nacional, a COOPATRANS ficou entre as dez melhores.
O diferencial dos produtos da marca é a qualidade do Cacau. Os chocolates possuem diferentes percentuais da fruta, agradando aos mais variados gostos. A CacauWay produz tabletes com 30%, 60%, 65% e 70% de cacau com 16 variedades de recheios. É utilizada uma grande quantidade da massa da fruta, priorizando o controle de qualidade com a seleção dos frutos e garantindo a produção de um chocolate delicioso. Outro fator de destaque é que não é adicionada outra gordura que não seja do próprio cacau.
A marca já conquistou o estado do Pará e pretende expandir mercado para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil neste ano. Todas as metas de 2018 e a avaliação das atividades desempenhadas ao longo dos sete anos de atuação da COOPATRANS foram apresentadas no primeiro encontro comercial da singular agropecuária, ocorrido no final do ano passado. As perspectivas para este ano são positivas, com a organização e implantação do projeto de apoio para ampliação de máquinas, acompanhamento técnico para melhoramento da produção, assim como a conquista de novos mercados. A intenção é atender o Sul, Centro-Oeste, e Sudeste, mesmo que em pequenas inciativas.
Na semana passada, já foi aberta uma loja em Goiás. Uma possibilidade também é a articulação com a Central Aurora de Alimentos sediada em Santa Catarina. Após o intercâmbio promovido pelo Sistema OCB/PA no último mês, foi discutido sobre uma intercooperação comercial para escoamento da produção para os nichos da Aurora, que possui uma rede de 53 supermercados.
Para o presidente Ernandes Raiol, o momento é de consolidação. “Acompanhamos os cooperados durante todos esses anos no processo de entrar no mercado, mas agora, como foi discutido no Encontro, é preciso criar uma política de como continuar nesse cenário competitivo, galgando espaços cada vez maiores, viabilizando economicamente esse objetivo, construindo a ideia de logística para uma quantidade maior de produção. Ficamos felizes pelos cooperados estarem discutindo até a possibilidade de sobras, o que gera mais garantia e retorno para o sócio. Isso é muito importante. A COOPATRANS pode contar com o nosso apoio”.
Singulares de Parauapebas, Benevides, Barcarena e São Félix do Xingú aproveitaram o último final de semana para realizar as suas Assembleias Gerais Ordinárias (AGO), como regula a constituição cooperativista. A equipe técnica do Sistema OCB/PA também esteve nestes municípios, participando das reuniões e prestando orientações acerca dos procedimentos corretos na condução de uma AGO. A COOPABEN, COOPERMODAS, COOPER e CAMPPAX foram algumas destas singulares que deliberaram sobre prestações de contas, planejamento estratégico, eleições, entre outros.
Na Cooperativa Agropecuária de Benevides (COOPABEN), o Gerente do Sistema OCB/PA, Vanderlande Rodrigues, acompanhou a Assembleia que reelegeu a presidente Maria Eulina. A cooperativa completa 10 anos de constituição no próximo mês. Também foi feita eleição para os novos conselheiros administrativos e fiscais. Já na assembleia da Cooperativa de Costura e Moda de Barcarena (COOPERMODAS), foi feita a prestação de contas. As cooperadas se comprometeram a se regularizar junto ao Sistema OCB/PA.
O analista de desenvolvimento de cooperativas, Jamerson Carvalho, esteve na AGO da Cooperativa Alternativa Mista dos Pequenos Produtores do Alto Xingu (CAMPPAX), que também teve participação da Secretária Municipal Adjunta, Marta Lelis. As contas foram aprovadas através da apresentação de demonstrações contábeis, bem como foram eleitos a nova diretoria e o conselho fiscal. Na ocasião, se apresentou a fábrica que beneficia a Castanha do Pará e se constatou os aspectos operacionais e produtivos da cooperativa que, atualmente, encontra-se em alta com o volume de produção.
“Ficamos contentes com o grau de evolução da maturidade das cooperativas, que estão compreendendo a importância das assembleias nas tomadas de decisões, se preocupando também com o bom andamento desses processos para que se faça o registro adequado e não ocorra nenhum entrave na Junta Comercial do Pará. Estamos totalmente disponíveis neste sentido, participando das assembleias em qualquer região do Estado em que houver cooperativas”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Para receber a diretoria da OCB/PA, deve-se enviar as solicitações para o e-mail secretariaparacooperativo.coop.br com a data e os respectivos editais. No mês de abril, o Sistema OCB/PA irá realizar a AGO do setor, reunindo todas as cooperativas do Estado.
A mandioca é um produto base da agricultura familiar e alimento certo na mesa do paraense, o que aumenta a responsabilidade do produtor rural em manter a qualidade de seus derivados. Neste ano, Belém é a sede dos Congressos Brasileiro, Latino-Americano e Caribenho da Mandioca, que ocorrem em conjunto no período de 12 a16 de março, no Hangar. Com promoção da Sociedade Brasileira de Mandioca (SBM), realização da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP) juntamente a Corporación CLAYUCA, a programação terá participação maciça das cooperativas. O Sistema OCB/PA, que é um dos parceiros do evento, proporcionará o investimento para os custos de logística de singulares da Região Oeste. Já as cooperativas de municípios mais próximos à capital serão conduzidas pela Emater/PA. As inscrições podem ser feitas no site: https://cbmandioca2018.com.br/br/node/1143 e custam R$ 30,00 para produtor rural.
Os Eventos constituem o principal fórum de integração dos agentes da cadeia produtiva da mandioca, representados por instituições de ensino, pesquisa, fomento, assistência técnica e extensão, defesa vegetal, produtores agrícolas e empresários. São também fortes oportunidades para apresentação de inovações geradas no setor de máquinas e equipamentos, bem como para levantamento e prospecção de novas demandas de interesse.
“A finalidade é transmitir esse conhecimento aos produtores. Muitos ficam refém da venda da mandioca para outras empresas e o valor agregado é repassado para estas. Por que não processar? Os produtores não querem ou não conhecem? O Congresso vai trabalhar neste sentido. Virão convidados de outros Estados e palestrantes de fora que trabalham com a pesquisa da genética da mandioca. Haverá bastante informação para troca de conhecimentos. É importante que o cooperativismo esteja bem representado para aprimorar os processos que desenvolvemos na produção da farinha”, afirmou o Gerente do Sistema OCB/PA, Vanderlande Rodrigues.
Dos temas a serem discutidos em ambos os eventos, destacam-se aqueles relacionados à cadeia produtiva da mandioca, os quais perpassam desde o aproveitamento da raiz para alimentos funcionais, práticas culturais, alta gastronomia, importância para a segurança alimentar, políticas públicas, mercados alternativos, até a sua contribuição para redução de impactos ambientais. O aspecto científico do Congresso se completa com a apresentação de trabalhos científicos em grupos de trabalho e em formato de pôsteres.
Em reunião com a equipe de coordenação do Congresso da SEDAP, foram definidos os papeis de cada parceiro. O Sistema OCB arcará com os custos de passagens aéreas e hospedagens para alguns participantes que sejam ligados a cooperativas da região Oeste, como COOPRUSAN, CAAM e COOPBOA, que operam com a mandioca, maniva e farinha. Dos outros municípios mais próximos, a Emater/PA trará em um veículo próprio. “Vamos avaliar, dentro das limitações orçamentárias, se traremos dois ou três participantes de cada cooperativa. Faremos a avaliação dos custos para definirmos isso, verificando quem são as pessoas com perfil mais adequado, as quais estejam aptas para receber as informações, participar das capacitações e retransmitir aos demais cooperados”, afirmou o Gerente.
Do Nordeste ao Sudeste do Pará, o Sistema OCB/PA está executando diversas ações em prol do desenvolvimento das cooperativas ao longo desta semana. Fique por dentro das nossas atividades. Veja a programação do seu município!
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Ampliando sua credibilidade no mercado financeiro, a Cooperativa de Livre Admissão do Estado do Pará (Sicoob Cooesa) é um dos exemplos de boas práticas de gestão que vêm posicionando o cooperativismo como uma das instituições mais competitivas. Alguns dos segredos para este sucesso foram compartilhados com os alunos da Unimed Belém que fazem parte do Programa Aprendiz Cooperativo, coordenado pelo Sistema OCB/PA. O intercâmbio ocorreu nesta semana na sede da COOESA.
Foi feita uma apresentação institucional da cooperativa em seus quase 24 anos de história. Sua constituição ocorreu em 1994, quando 42 funcionários da ALEPA tiveram a ideia de cooperar para se ter uma alternativa de crédito acessível. A singular faz parte do SICOOB, que é o maior sistema do Brasil com 4 milhões de associados. Na COOESA, existem mais de 2.200 pessoas associadas. De acordo com dados do último exercício, o ativo total da cooperativa é de R$ 40.202.142,61 e o patrimônio líquido é de R$ 11.011.661,28. Os dados serão atualizados na próxima AGO que ocorre no dia 31 de março.
Os aprendizes também foram apresentados a cada setor de trabalho da cooperativa, desde o atendimento, caixas, até a diretoria. “Conversamos sobre o que é o cooperativismo de uma forma bem direta, mostrando como funciona no dia a dia. Foi uma oportunidade ótima de conhecer essa turma bastante animada e enriquecedora. Fizeram muitas perguntas, se posicionaram e mostraram interesse pelo tema, o que nos dá esperança de uma geração com muito potencial para desenvolver o setor”, afirmou a presidente da COOESA, Francisca Uchôa.
A Cooperativa já chegou a executar o programa de aprendizagem, mas precisou paralisá-lo. De acordo com a presidente, a previsão é que a singular retome a iniciativa ainda este ano, formando uma turma de aprendizes em parceria com o Sistema OCB/PA. “Além da questão do envolvimento social e da contribuição ao contratá-los, também auxiliamos na formação profissional dos jovens acerca da realidade do mercado, da vida e do seu próprio entendimento como pessoa. Ficamos felizes em participar disso, além de que podemos aproveitá-lo no futuro. Dentro da cooperativa, eles aprendem os princípios éticos do cooperativismo para trabalharem em equipe. É uma obrigação legal, mas não deixa de ser uma medida estratégica”.
A cooperativa oferece todos os serviços de uma rede bancária tradicional, tais como conta corrente, poupança, financiamentos, convênios (arrecadações), consórcios, seguros, câmbio, cartões de crédito e caixas eletrônicos. É uma instituição financeira controlada pelo Banco Central do Brasil como qualquer banco, porém, com algumas vantagens. Ao invés de um único dono, os clientes, ao se associarem, também se tornam donos do negócio. É um empreendimento coletivo regido de forma democrática por assembleias gerais dos clientes-sócios que decidem, por exemplo, as taxas de juros, os integrantes da diretoria e ainda dividem o lucro anual proporcionalmente.
A Sicoob Cooesa possui pontos de atendimento em Castanhal, Santarém e três agências em Belém. Há ainda projetos para atingir outros municípios como Bragança, Monte Alegre e os demais da região do Tapajós, mas ainda sem previsão. A cooperativa, apesar de ter enfrentado momentos delicados manteve o crescimento com as projeções e planejamentos perto de 20% nos últimos anos, tendo aumento no patrimônio e na administração de recursos de terceiros. As sobras acumuladas R$ 406.400,06 neste ano.
“Como um sócio cooperado da COOESA, tenho acompanhado a evolução da cooperativa na expectativa de que esses resultados ainda sejam superados. É um empreendimento que vem se mostrando sustentável e, por isso mesmo, incentivamos a visita dos aprendizes. Sem dúvida alguma, são conhecimentos importantes para a formação desses jovens à medida que saem da realidade do ramo saúde, onde trabalham junto à Unimed Belém, para se ambientarem ao ramo crédito, que possui necessidades e procedimentos de gestão semelhantes”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.