
A mandioca é um produto base da agricultura familiar e alimento certo na mesa do paraense, o que aumenta a responsabilidade do produtor rural em manter a qualidade de seus derivados. Neste ano, Belém é a sede dos Congressos Brasileiro, Latino-Americano e Caribenho da Mandioca, que ocorrem em conjunto no período de 12 a16 de março, no Hangar. Com promoção da Sociedade Brasileira de Mandioca (SBM), realização da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP) juntamente a Corporación CLAYUCA, a programação terá participação maciça das cooperativas. O Sistema OCB/PA, que é um dos parceiros do evento, proporcionará o investimento para os custos de logística de singulares da Região Oeste. Já as cooperativas de municípios mais próximos à capital serão conduzidas pela Emater/PA. As inscrições podem ser feitas no site: https://cbmandioca2018.com.br/br/node/1143 e custam R$ 30,00 para produtor rural.
Os Eventos constituem o principal fórum de integração dos agentes da cadeia produtiva da mandioca, representados por instituições de ensino, pesquisa, fomento, assistência técnica e extensão, defesa vegetal, produtores agrícolas e empresários. São também fortes oportunidades para apresentação de inovações geradas no setor de máquinas e equipamentos, bem como para levantamento e prospecção de novas demandas de interesse.

“A finalidade é transmitir esse conhecimento aos produtores. Muitos ficam refém da venda da mandioca para outras empresas e o valor agregado é repassado para estas. Por que não processar? Os produtores não querem ou não conhecem? O Congresso vai trabalhar neste sentido. Virão convidados de outros Estados e palestrantes de fora que trabalham com a pesquisa da genética da mandioca. Haverá bastante informação para troca de conhecimentos. É importante que o cooperativismo esteja bem representado para aprimorar os processos que desenvolvemos na produção da farinha”, afirmou o Gerente do Sistema OCB/PA, Vanderlande Rodrigues.
Dos temas a serem discutidos em ambos os eventos, destacam-se aqueles relacionados à cadeia produtiva da mandioca, os quais perpassam desde o aproveitamento da raiz para alimentos funcionais, práticas culturais, alta gastronomia, importância para a segurança alimentar, políticas públicas, mercados alternativos, até a sua contribuição para redução de impactos ambientais. O aspecto científico do Congresso se completa com a apresentação de trabalhos científicos em grupos de trabalho e em formato de pôsteres.
Em reunião com a equipe de coordenação do Congresso da SEDAP, foram definidos os papeis de cada parceiro. O Sistema OCB arcará com os custos de passagens aéreas e hospedagens para alguns participantes que sejam ligados a cooperativas da região Oeste, como COOPRUSAN, CAAM e COOPBOA, que operam com a mandioca, maniva e farinha. Dos outros municípios mais próximos, a Emater/PA trará em um veículo próprio. “Vamos avaliar, dentro das limitações orçamentárias, se traremos dois ou três participantes de cada cooperativa. Faremos a avaliação dos custos para definirmos isso, verificando quem são as pessoas com perfil mais adequado, as quais estejam aptas para receber as informações, participar das capacitações e retransmitir aos demais cooperados”, afirmou o Gerente.
Do Nordeste ao Sudeste do Pará, o Sistema OCB/PA está executando diversas ações em prol do desenvolvimento das cooperativas ao longo desta semana. Fique por dentro das nossas atividades. Veja a programação do seu município!
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Ampliando sua credibilidade no mercado financeiro, a Cooperativa de Livre Admissão do Estado do Pará (Sicoob Cooesa) é um dos exemplos de boas práticas de gestão que vêm posicionando o cooperativismo como uma das instituições mais competitivas. Alguns dos segredos para este sucesso foram compartilhados com os alunos da Unimed Belém que fazem parte do Programa Aprendiz Cooperativo, coordenado pelo Sistema OCB/PA. O intercâmbio ocorreu nesta semana na sede da COOESA.
Foi feita uma apresentação institucional da cooperativa em seus quase 24 anos de história. Sua constituição ocorreu em 1994, quando 42 funcionários da ALEPA tiveram a ideia de cooperar para se ter uma alternativa de crédito acessível. A singular faz parte do SICOOB, que é o maior sistema do Brasil com 4 milhões de associados. Na COOESA, existem mais de 2.200 pessoas associadas. De acordo com dados do último exercício, o ativo total da cooperativa é de R$ 40.202.142,61 e o patrimônio líquido é de R$ 11.011.661,28. Os dados serão atualizados na próxima AGO que ocorre no dia 31 de março.
Os aprendizes também foram apresentados a cada setor de trabalho da cooperativa, desde o atendimento, caixas, até a diretoria. “Conversamos sobre o que é o cooperativismo de uma forma bem direta, mostrando como funciona no dia a dia. Foi uma oportunidade ótima de conhecer essa turma bastante animada e enriquecedora. Fizeram muitas perguntas, se posicionaram e mostraram interesse pelo tema, o que nos dá esperança de uma geração com muito potencial para desenvolver o setor”, afirmou a presidente da COOESA, Francisca Uchôa.

A Cooperativa já chegou a executar o programa de aprendizagem, mas precisou paralisá-lo. De acordo com a presidente, a previsão é que a singular retome a iniciativa ainda este ano, formando uma turma de aprendizes em parceria com o Sistema OCB/PA. “Além da questão do envolvimento social e da contribuição ao contratá-los, também auxiliamos na formação profissional dos jovens acerca da realidade do mercado, da vida e do seu próprio entendimento como pessoa. Ficamos felizes em participar disso, além de que podemos aproveitá-lo no futuro. Dentro da cooperativa, eles aprendem os princípios éticos do cooperativismo para trabalharem em equipe. É uma obrigação legal, mas não deixa de ser uma medida estratégica”.
A cooperativa oferece todos os serviços de uma rede bancária tradicional, tais como conta corrente, poupança, financiamentos, convênios (arrecadações), consórcios, seguros, câmbio, cartões de crédito e caixas eletrônicos. É uma instituição financeira controlada pelo Banco Central do Brasil como qualquer banco, porém, com algumas vantagens. Ao invés de um único dono, os clientes, ao se associarem, também se tornam donos do negócio. É um empreendimento coletivo regido de forma democrática por assembleias gerais dos clientes-sócios que decidem, por exemplo, as taxas de juros, os integrantes da diretoria e ainda dividem o lucro anual proporcionalmente.
A Sicoob Cooesa possui pontos de atendimento em Castanhal, Santarém e três agências em Belém. Há ainda projetos para atingir outros municípios como Bragança, Monte Alegre e os demais da região do Tapajós, mas ainda sem previsão. A cooperativa, apesar de ter enfrentado momentos delicados manteve o crescimento com as projeções e planejamentos perto de 20% nos últimos anos, tendo aumento no patrimônio e na administração de recursos de terceiros. As sobras acumuladas R$ 406.400,06 neste ano.
“Como um sócio cooperado da COOESA, tenho acompanhado a evolução da cooperativa na expectativa de que esses resultados ainda sejam superados. É um empreendimento que vem se mostrando sustentável e, por isso mesmo, incentivamos a visita dos aprendizes. Sem dúvida alguma, são conhecimentos importantes para a formação desses jovens à medida que saem da realidade do ramo saúde, onde trabalham junto à Unimed Belém, para se ambientarem ao ramo crédito, que possui necessidades e procedimentos de gestão semelhantes”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.


Com o intuito de incentivar e apoiar financeiramente o uso de tecnologias de baixo carbono em propriedades rurais de 70 municípios brasileiros, localizados nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Embaixada Britânica lançaram a 2ª Chamada de Propostas de Unidades Multiplicadoras. A ação faz parte do leque de atividades desenvolvidas pelo Projeto Rural Sustentável (PRS), que visa, entre outros, melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal nos biomas. No Pará, estão incluídos apenas os municípios de Dom Eliseu, Ipixuna, Marabá, Medicilândia, Paragominas, Rondon do Pará, Santana do Araguaia, Tailândia, Tomé-Açu e Tucumã.
Na primeira chamada, o Projeto obteve 1.892 novas Unidades Multiplicadoras aprovadas. A meta é identificar 3.360 propriedades de pequenos e médios produtores rurais que irão adotar uma ou mais das quatro tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo projeto. As propostas deverão ser submetidas em parceria com agentes de assistência técnica e, caso aprovadas, os produtores ou produtoras rurais poderão receber até R$1.500 por hectare de tecnologia implantada e os Agentes de Assistência Técnica, R$6.000,00 por unidade multiplicadora.
Além do apoio financeiro para área das tecnologias implantadas, o(a) produtor(a) poderá receber um benefício de R$ 1.000 por hectare de Área de Conservação Florestal, ou seja, por fragmento de floresta nativa representativo dos biomas mantido em sua propriedade.
Podem participar da Chamada de Propostas de Unidades Multiplicadoras os(as) pequenos(as) e médios produtores(as) cujas propriedades estejam localizadas em algum dos municípios/estados do Projeto; que sejam beneficiários(as) ou elegíveis para crédito rural; com área de 04 a 15 módulos fiscais e renda agropecuária bruta anual de até R$ 1.760.000.
As propostas devem ser submetidas para avaliação no portal www.ruralsustentavel.org em parceria com um agente de assistência técnica, que além de auxiliar o produtor, fará o acompanhamento da implantação da tecnologia, caso o projeto seja aprovado. Os agentes de assistência técnica devem ser indicados por entidades de assistência técnica com atuação nos municípios objeto do Projeto.
TECNOLOGIAS APOIADAS PELO PROJETO
- Sistema de integração Lavoura-pecuária- florestas (iLFP), incluindo Sistemas Agroflorestais (SAF)
- Plantio de Florestas Comerciais
- Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagem (RAD/P)
- Recuperação de Áreas Degradadas com Floresta (RAD/F)
- Manejo Sustentável de Florestas Nativas
SOBRE O RURAL SUSTENTÁVEL - O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre o governo do Reino Unido, o governo do Brasil e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia. O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais. O projeto incentiva o desenvolvimento rural sustentável e a conservação da biodiversidade, ao mesmo tempo que contribui no cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). O Projeto oferece a oportunidade de ganhos financeiros para os produtores rurais e agentes de assistência técnica, além da possibilidade de adquirir conhecimentos relacionados à gestão sustentável da propriedade rural e nas tecnologias de baixa emissão de carbono.
SOBRE O BID - http://www.iadb.org/pt/ SERVIÇO: Acesse o edital completo da Chamada de Propostas de Unidades Multiplicadoras no site www.ruralsustentavel.org. O prazo é até o dia 15 de março de 2018.

O que é cooperativismo? Quais as regras para sua criação? Tem garantia de sucesso? Essas e muitas outras perguntas serão respondidas em palestra que a Secretaria de Desenvolvimento (Seden) da Prefeitura de Parauapebas realizará na próxima sexta-feira, 23, a partir das 18h30, no plenarinho da Câmara de Vereadores. O foco da palestra são os serralheiros do município, mas qualquer pessoa interessada no assunto pode participar na apresentação do tema que parece velho conhecido, mas que na realidade ainda é bastante distorcido. “Muitas pessoas ainda têm ideia errada do que é cooperativismo”, atesta o professor João Loureiro, que dará a palestra, ancorado pela professora de Cooperativismo, Aldina Chaves.
Professor de Administração Rural da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), João Loureiro ensina sobre associativismo rural e há cinco anos está envolvido com cooperativismo. “Na palestra, vamos tratar do diferencial do cooperativismo, para que as pessoas despertem para a importância dele para o incremento da renda e geração de novas receitas no município”, adianta Loureiro, que vê “um potencial muito grande para ser explorado em Parauapebas com o cooperativismo”.
Assim como vem fazendo com o Distrito Industrial e Polo Moveleiro, a Seden volta atenção também para os serralheiros a fim de impulsionar o setor em Parauapebas. Um grupo de 30 serralherias já está organizado e criando a sua cooperativa, com o apoio da prefeitura. O secretário de Desenvolvimento, Isaías de Queiroz, diz que o governo já identificou mais de 100 serralherias espalhadas pelo município, muitas localizadas em áreas residenciais provocando conflito com moradores devido ao barulho. A Seden trabalha para organizar o segmento e uma das propostas é justamente o trabalho coletivo proporcionado por cooperativa.
POLO SERRALHEIRO
Uma área às proximidades da PA-160 já está reservada pela Seden, para abrigar as futuras instalações do Polo Serralheiro de Parauapebas. O governo irá garantir toda a infraestrutura necessária – vias asfaltadas, iluminação pública, água e esgoto -, para que o local seja ponto de referência na região.
PARCERIA COM OCB
No início deste mês, o secretário de Desenvolvimento se reuniu em Belém com o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado do Pará (OCB-PA), Ernandes Raiol da Silva, para que a instituição oriente os trabalhadores e empreendedores de Parauapebas que planejam ou desejam criar cooperativas. “Não adianta as pessoas criarem uma cooperativa e não receberem suporte, acompanhamento”, pondera Isaías de Queiroz. A proposta é que a OCB faça parte da Sala do Empreendedor, que será inaugurada neste semestre pela prefeitura, para que os pequenos empreendedores recebam suporte técnico e treinamento para o sucesso dos seus negócios.
Com a palestra de sexta-feira sobre cooperativismo, Isaías de Queiroz espera que os serralheiros se sintam estimulados a dar um novo rumo na história da categoria, seguindo o exemplo de cooperativas que começaram pequenas e que, hoje, chegam a exportar para outros países. “Para os pequenos crescerem, eles precisam se unir, do contrário não conseguem competir com os grandes. E aquilo que estiver dentro do alcance do governo, para alavancar os serralheiros, será feito”, assegura Isaías de Queiroz.
Texto e fotos: Hanny Amoras
Assessoria de Comunicação - Ascom | PMP