A destinação de resíduos sólidos e orgânicos, que é um problema ambiental para muitos municípios, vem se tornando solução de inclusão econômica e social para Vigia. São coletados todos os meses uma média de 75 toneladas de material a ser reciclado, além de 24 toneladas de ossos bovinos e 4mil litros de óleo que são comercializados, através da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Vigia de Nazaré (RECICRON), com empresas para fora do Estado. Pelos serviços prestados ao longo de 6 anos de existência, a cooperativa recebeu a mais alta honraria do Poder Legislativo com a Medalha de Mérito “Barão de Guajará”, no último sábado (09). O presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, prestigiou a sessão.
A Comenda é outorgada pela Câmara às personalidades que realizaram assináveis benefícios que enalteceram o nome ou honraram a história de Vigia. A outorga ocorreu em Sessão Solene no Palácio Legislativo “Trem de Guerra”, no último sábado, quando se comemorou o Aniversário de Vigia. A cooperativa faz o trabalho de coleta seletiva e de orientação acerca das melhores práticas ambientais de tratamento do lixo. Atualmente, são 17mil casas cadastradas no projeto de coleta, executado diariamente pela RECICRON.
“Alguns anos atrás ninguém acreditava que a cooperativa fosse permanecer por muito tempo, mas o trabalho foi crescendo e se tornou uma questão de utilidade pública. Vieram parceiros de fora, como o projeto da Coca-Cola e a Farinorte, que fechou parceria conosco. É um trabalho de suma importância para os empresários que não tinham uma alternativa para destinar os resíduos. Através da cooperativa, surgiu essa alternativa”, afirmou a Diretora de Projetos, Maria Damiana Silva.
Nas empresas que compram o material, os ossos bovinos vindos de frigoríficos da região são beneficiados em ração para peixe e o óleo, coletado em padarias, restaurantes e lanchonetes, é destinado à produção de biodiesel. “Também estamos conseguindo um volume bem melhor das residências após muito trabalho de conversa, sensibilização e educação. Com isso, mudamos a realidade da comunidade local porque não tinham o costume de fazer essa coletiva seletiva, nem mesmo sabiam a diferença entre o sólido, o orgânico e reciclado. Não sabiam o quanto é grave o ato de jogar óleo no rio. Hoje, já nos entregam o resto do óleo organizadamente em garrafas pets”.
A intenção é que a cooperativa também opere a verticalização dos resíduos. A Diretoria está traçando as metas em planejamento, mas já espera que se consiga adiantar o processo de implantação de uma mini-usina de processamento ainda em 2018. A cooperativa tem recurso aprovado pela FUNASA para receber todos os equipamentos de nivelamento para tratar o lixo. Já a Fundação do Banco do Brasil destinará recurso para a mini-usina de beneficiamento do óleo, onde será refinado para produção do biodiesel de forma direta.
De acordo com Damiana, a Câmara Municipal deliberará já na próxima sessão acerca do processo de doação de uma área para cooperativa instalar o próprio galpão. Enquanto isso, a Prefeitura assinou convênio para reforma do atual espaço. Com a expansão, a cooperativa planeja atingir outros municípios vizinhos como Colares e São Caetano, abrangendo a coleta nestas localidades para poder atender a uma demanda maior. As outras singulares pertencentes à mesma Rede da Recicron, a Recicla Pará, também poderão ser inseridas neste processo.
A RECICRON possui 24 cooperados, sendo 5 homens e 18 mulheres. Para o presidente Jildaro Siqueiro Souza, a parceira com o Sistema OCB/PA foi fundamental nestas conquistas. “Quem quer ter visão do que é cooperativismo, de que forma agir e crescer, precisa da parceria da OCB/PA, que é o órgão especifico desta área. Os profissionais, além de serem pessoas competentes, cientes do que fazem, também são amigos. Quando começamos, em 2009, trabalhávamos no sistema de associação. Em 2011, procuramos a OCB/PA e transformamos em cooperativa, o que alavancou nosso negócio. Antes, só a diretoria assumia a responsabilidade. Hoje, começaram a ter consciência de que o empreendimento é de todos. Fizemos os cursos, fornecidos pelo Sistema e aprendemos muito com a entidade. É a nossa mãe adotiva”.
As singulares do ramo agropecuário, independente do porte, compartilham de necessidades semelhantes e o Sistema OCB/PA está atuando em um panorama geral, identificando o que pode ser trabalhado em conjunto para atendimento aos principais gargalos do setor. Em Irituia, por exemplo, a Cooperativa Agrícola, Pecuária e Extrativa (COAPEMI) e a Cooperativa Agropecuária Dos Produtores Familiares Irituienses (D´Irituia) receberam o documento final do GESCOOP. O Programa de Profissionalização de Gestão de Cooperativas identificou demandas comuns e trabalhará, à curto prazo, na reestruturação de embalagens e desenvolvimento de rótulos. Ainda se prevê ações nas áreas de gestão de pessoas, processos internos, captação de parceiros e recursos.
Para as duas cooperativas, se estipulou um prazo de até março de 2018 para algumas atividades já estarem rodando dentro do plano de ações elaborado. O Sistema OCB/PA irá apresentar os dois planejamentos para o SEBRAE/PA, repassando as tratativas acerca das necessidades levantadas. Dentro do foco de atuação na área do Marketing, irão trabalhar o design gráfico com a reestruturação do processo de embalagem e desenvolvimento de rótulos para a comercialização de produtos.
“As cooperativas atuam com a produção de alimentos em uma linha de produtos bem próxima. A D´Irituia está à frente na comercialização, direcionando sua produção até para fora do Estado e seu processo de expansão está mais ampliado. Desta forma, podemos atuar a partir de uma junção de ações, o que vai otimizar recursos”, afirmou o Coordenador do GESCOOP, Diego Andrade.
Como foi executado no projeto piloto da CART, se cadastrará as cooperativas para que as empresas de design gráfico registradas desenvolvam a atividade pelo SEBRAE-TEC. O GESCOOP também auxilia na redução do custo que seria da cooperativa. Por já ter um diagnóstico prévio, o percentual de investimento é reduzido. A CART, por exemplo, investirá algo em torno de R$ 2.400 pelo mesmo serviço.
Na área de gestão de pessoas, será feita a formalização do processo de recrutamento. A cooperativa COOPEMI quer desenvolver uma agroindústria própria e precisará de mão de obra capacitada. A intenção é fazer a seleção de forma correta para atuar nessas áreas, além de formulário de pesquisa para aferir a satisfação e motivação dos cooperados. Na área de processos, se buscará fechamento de termos de parceria técnica com outras instituições como IFPA e UFPA, além da captação de recursos através de projetos para agroindústria e elaboração de sistema para controle de custos e investimentos.
“Como é uma ferramenta piloto, estamos buscando sempre o aperfeiçoamento, discutindo internamente como aprimorar a ferramenta de modo que sejamos mais assertivos. Até por isso, sempre acompanharemos as últimas etapas, para firmarmos o compromisso de controle do que já foi feito e monitorar outras formas de apoiar a cooperativa”, comentou o presidente Ernandes Raiol.
O GESCOOP é um programa piloto criado pelo Sistema OCB/PA para diagnosticar a cooperativa como um todo de modo a propor alternativas viáveis junto com os principais interessados: os cooperados. Através de uma oficina participativa, as cooperativas são incluídas no processo de diagnóstico. Se identificam os serviços que disponibiliza para o mercado, perspectivas de futuro, autoavaliação sobre atendimentos aos normativos e a inserção dos mesmos critérios do Programa de Desenvolvimento da Gestão Cooperativista (PDGC), baseado no modelo de excelência de Gestão da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).
O Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Pará (CRC/PA) elegeu a nova diretoria para o período de 2018 a 2021 e, entre os conselheiros eleitos, o representante do ramo trabalho do Sistema OCB/PA, Fabiano Oliveira, tomou posse como suplente. A cerimônia de oficialização dos membros da chapa ocorreu na última quarta (04). Fabiano irá assumir a Comissão de Trabalho de Cooperativismo, auxiliando os contadores sobre as práticas específicas da atividade nas cooperativas.
O Conselho Diretor para o biênio 2018/2019 está composto pela contadora Ticiane Lima dos Santos como presidente e outros seis contadores como vice-presidentes: Antônio Ferreira (Administração), Rafael Laredo (Finanças e Controle Interno), José Ribamar Filho (Registro), Ian Blois Pinheiro (Ética, Disciplina e Fiscalização), Rodrigo Silva Cavalcante (Desenvolvimento Profissional) e Augusto Frota Sodré (Integração Regional).
Tomaram posse ainda como efetivos Ailton Ramos Corrêa Júnior, Luiz Thomaz Conceição Neto, Maria da Conceição Pereira de Lima e Maria Vieira dos Santos e como suplentes Iranildo Ferreira Pereira, Carlos Alberto Cruz Caldas, Fabiano Pedro Almeida de Oliveira, Nayllan Eleres Brito, Cláudio Roberto de Souza Oliveira, Anilton vieira dos Santos, Elléri Bogo, Valéria Nanci Silva Ribeiro, João Luiz de Nazaré Neto e Ilzete do Socorro Macedo Simões.
“Terei a responsabilidade de liderar e levar aos meus colegas contadores o que há de mais importante na Contabilidade de Cooperativas. Nessa caminhada, a parceria com o Sistema OCB/PA será fundamental, uma vez que os objetivos do CRC/PA e da OCB/PA são os mesmos: ter contadores qualificados e preparados para essa tão nobre missão que é a contabilidade de cooperativas, nobre e ao mesmo tempo desafiadora”, afirmou Fabiano.
Em todo o Estado são 11.380 profissionais da contabilidade (entre contadores e técnicos) ativos. O Conselho possui Delegacias em 11 municípios: Castanhal, Altamira, Santarém, Tucuruí, Redenção, Parauapebas, Capanema, Paragominas, Marabá, Abaetetuba e Itaituba.
“Recebemos a notícia com muita alegria, na expectativa de estreitarmos ainda mais o relacionamento com o Conselho e desenvolvermos ações conjuntas, visando sempre promover uma compreensão maior sobre o cooperativismo, em especial no setor tributário”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Informações e Fotos: Assessoria CRC/PA
As cooperativas estão se aproximando do período estipulado pela Lei 5.764/71 para a realização de suas Assembleias Gerais. Para evitar a ocorrência de procedimentos equivocados, é preciso seguir algumas orientações acerca de prazos, ações preparatórias, convocação, quórum, desenvolvimento, ata e registro. O Sistema OCB/PA preparou uma matéria especial para auxiliar as cooperativas neste processo previsto pela constituição a fim de garantir a gestão democrática dos empreendimentos.
Acerca de prazos, as Assembleias Gerais Ordinárias (AGOs) devem ocorrer até o terceiro mês após a finalização do exercício. Apenas o ramo crédito que possui a exceção de até o quarto mês. Já em caso de Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs), a convocação pode ser feita sempre que houver necessidade. Antes de efetivar a convocação, o Conselho de Administração deve analisar balanços, demonstrativos e relatório da auditoria, verificar regras de procedimentos eleitorais, elaborar e aprovar o relatório de gestão, definir proposta para destinação dos resultados, valor de honorários, cédula de presença e plano de trabalho. Já o Conselho Fiscal deve analisar a prestação de contas e emitir o seu parecer.
A convocação é feita com antecedência mínima de 10 dias, constando no Edital o local, data, horário das três convocações (o intervalo entre elas é de 1h cada), quórum para instalação, ordem do dia, número de cooperados em condições de votar e assinatura do responsável pela convocação. A cooperativa deve enviar edital para análise da equipe do Sistema OCB/PA.
Para iniciar a Assembleia, 2/3 dos associados aptos deverão estar presentes na primeira convocação. Na segunda, Metade + 1 do aptos. Na terceira convocação, deverão estar no mínimo 10 cooperados aptos. Só então deve ser feita a leitura do edital, apresentação, discussão e votação dos itens da ordem do dia. A Contagem e registro dos votos leva em consideração os favoráveis, os contrários e as abstenções. A aprovação de alguma pauta precisará ter votos da Metade+1 dos presentes nas AGOs. Em Assembleias Extraordinárias, 2/3 dos presentes.
Finalizando a Assembleia, deve-se conferir no Estatuto Social quem deve assinar a Ata que será, posteriormente, enviada para análise da equipe da OCB/PA. A ata segue depois para registro na Junta
Comercial do Pará (JUCEPA). “Nossa equipe técnica está totalmente disponível para auxiliar as cooperativas nesse importante momento que demonstra os princípios democráticos do cooperativismo. Entretanto, aconselhamos que a solicitação seja enviada antecipadamente para organizarmos nossas participações de forma assertiva”, explica o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Confira o procedimento completo de uma Assembleia no manual produzido pelo Sistema OCB do estado do Espírito Santo: http://novo.ocbes.coop.br/arquivos/Manual/Manual%20de%20Assembleia%20OCBES.pdf
O Sistema OCB/PA hoje é reconhecido por sua credibilidade na organização profissional, técnica e jurídica das cooperativas paraenses. Os números comprovam o grau de evolução que a entidade experimentou nos últimos anos após a reformulação de abordagem proposta pelo presidente Ernandes Raiol. Com parcerias, investimento em capacitação e com o aumento da proximidade às singulares, a entidade saiu da 25ª posição no ranking nacional das unidades estaduais do Sistema OCB para ser a 14º colocada, ocupando o primeiro lugar na Região Norte. Só na área de formação profissional, a evolução do investimento feito em cooperativas subiu 432%.
A comparação dos balanços dos anos anteriores reflete estimativas muito claras. Em 2012, a área que é responsável por proporcionar a qualificação dos cooperados, empregados e da gestão das cooperativas teve 408 eventos. Em 2017, o Sistema OCB/PA realizou 797 eventos, um crescimento de 95%. O número de cooperativas atendidas cresceu 576% e o de beneficiados 262%.
Na área de monitoramento, foram realizados 106 eventos em 2012. Já em 2017 ocorreram 2010, uma evolução de 98%. Foram atendidas 228 cooperativas e 23.370, um crescimento de 330% e 1618% respectivamente. “Estamos monitorando nossas singulares de perto, aplicando Programas como o PDGC e PAGC. Investimos 500% a mais ao longo desses anos e o nível de participação nesses programas aumentou significativamente. Isso se reverteu em práticas mais exitosas de gestão, equiparação da competitividade com as demais empresas e resultados mais efetivos para o desenvolvimento regional”, afirmou o presidente Ernandes Raiol.
Em 2012, ocorreram 59 eventos de Promoção Social, atendendo 8 cooperativas e beneficiando 1060 pessoas. Este número cresceu 1.206% em 2017 com 13.847 beneficiados em ações como o Dia de Cooperar. A Unidade Estadual abraçou a causa da campanha em 2014 e, desde então, vem realizando ações em Santarém, Paragominas e Parauapebas, além dos municípios onde as cooperativas também aderiram. A última edição ocorreu em Bragança. “É muito importante que a sociedade reconheça a relevância das cooperativas para os seus municípios e a promoção social permite que cheguemos mais perto. Por isso, também elevemos o investimento nessa área em 89%”, completa Ernandes.