A comercialização de minérios como ouro e cassiterita se manteve estável na região, sendo um dos suportes da economia local que enfrenta fechamento de vários estabelecimentos. Seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, as cooperativas da Fecogat continuam desenvolvendo suas atividades e comercializando a produção.
Várias determinações vêm sendo adotadas. Mesmo com um número reduzido de pessoas trabalhando, todos estão recebendo os devidos cuidados como máscaras, álcool em gel (70%) e um local para lavar as mãos com água e sabão. Segundo o presidente da Federação das Cooperativas de Garimpeiros do Tapajós (Fecogat), Amaro Rosa, a sede da Fecogat sempre tem no máximo até cinco pessoas trabalhando.
“Nossas reuniões estão sendo feitas por vídeo chamada, e-mail e ligações para evitar o contato pessoal, já que a sede é na cidade. Em Moraes de Almeida, Itaituba e em outras regiões em que está tendo um toque de recolher orientado pelo Governo do Estado e Governo Municipal, o trabalho deve seguir de 8h as 16h, com o fluxo de pessoas reduzidas”, disse o presidente.
A principal dificuldade enfrentada pelas cooperativas no momento é o fechamento das instituições bancárias, o que limita o pagamento via dinheiro. Apesar do preço do ouro e da cassiterita ter subido nas bolsas de valores, chegando a quase R$ 300,00 no último dia 13 de abril, a falta de liquidez está fazendo com que o comércio compre em valores bem menores do que deveria ser praticado. Estão sendo utilizadas as transferências e depósitos.
As atividades de organização do ramo cooperativista também continuam. Amaro, que também é representante do ramo na OCB/PA, participou de áudioconferência realizada pela Agência Nacional de Mineração (ANM) com a participação da OCB Nacional.
De acordo com as instituições, o mercado não desaqueceu e quando as atividades voltarem, a mineração deve superar o tempo de recuperação dos demais segmentos econômicos. Enquanto alguns setores demoram de 3 a 6 meses para voltar ao ritmo, na mineração a extração já é seguida pela venda e o dinheiro roda no comércio com maior velocidade.
Atualmente a Federação das Cooperativas de Garimpeiros do Tapajós (Fecogat) é composta por setes cooperativas que trabalha no ramo Mineral: Coomigapa, Coogamibra, Coomidec, Coemiabra, Coopemvat, Comparo e a Coopuoro.
Do total de 665 Permissões de Lavra Garimpeira (PLG) ativas na região, existem 74 em nome de cooperativas. Considerando os 6 municípios do tapajós e Altamira, o cooperativismo mineral já representa 11,12% de PLGs da região. Em relação ao número de associados das cooperativas vinculadas à Fecogat, o número chega a aproximadamente 7 mil pessoas.
“Mesmo com todos os problemas que a pandemia do Coronavírus vem ocasionando para diversos setores, a esperança é de dias melhores. Estamos com uma expectativa muito boa, já que todos os outros segmentos demoram de 60 a até 190 dias para se reafirmar novamente. A mineração não”, finalizou.
Texto: Andrei Santos
A Cooperativa de Trabalho de Costura e Moda (Coopermodas), de Barcarena, região metropolitana de Belém, está confeccionando máscaras reutilizáveis para comercialização. O item, recomendado pelo Ministério da Saúde como aliado no combate à propagação do coronavírus, custa o valor de R$ 3. Compre de cooperativa.
Com 13 anos de fundação, a Coopermodas atua no ramo da costura caseira e industrial, na produção de uniformes, malharia, materiais de proteção individuais, ecobags, brindes, entre outros.
Formada por onze mulheres, com idade entre 38 e 55 anos, a cooperativa viu na confecção das máscaras, uma alternativa de geração de renda para as famílias, já que as demandas diminuíram com o avanço da pandemia e a suspensão de eventos e aulas nas escolas.
“Onze famílias da comunidade têm no trabalho da cooperativa a principal fonte de renda. Unimos esse fator com a necessidade de materiais de proteção, que estão em falta no mercado, diante do cenário de pandemia que está crescendo no Pará”, destaca a cooperada Joseane Dias.
Segundo Joseane, a singular adotou recomendações dos órgãos de saúde para manter a atividade produtiva. Além dos procedimentos de higiene, as cooperadas estão trabalhando em regime alternado, com metade do quadro de colaboradoras por dia. "Conscientizamos nossas cooperadas da importância de nos prevenir e adotar medidas de segurança no processo de confecção das máscaras".
As máscaras de proteção são confeccionadas de tecido não tecido (TNT) dupla face e tricoline 100% algodão.
Serviço: Quem tiver interesse em comprar ou encomendas as máscaras, pode entrar em contato pelo número (91) 9 8177-1790 ou (91) 9 8154-5838. A sede da Coopermodas fica localizada na Rua Nova II, nº 97 – São Francisco, Barcarena, e funciona de segunda à sexta, das 8h às 17h.
O levantamento feito pelo Sistema OCB/PA concluiu que a principal demanda do setor cooperativa, no cenário de pandemia, é o acesso à crédito. As informações consolidadas no documento servirão de subsídio na articulação com o poder público para a criação de políticas públicas que garantam a renda das cerca de 120 mil famílias paraenses ligadas a cooperativas.
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Como resultado do levantamento de cenário feito nas cooperativas paraenses, o Sistema OCB/PA repassou às instituições financeiras todas as demandas do setor relativas ao acesso a crédito. Em reunião por videoconferência, participaram a superintendência do Banco da Amazônia, a gerência de negócios e fomento do Banpará e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará (Sedeme).
De acordo com a pesquisa feita pelo Sistema OCB/PA, 57% das cooperativas participantes indicaram o crédito como principal gargalo, especialmente para capital de giro. A maioria das cooperativas participantes (32%) busca financiamento de até R$ 50 mil, 30% de até R$ 100 mil e 26% acima de R$ 100 mil. Outras finalidades são custeio (22%) e investimento (20%).
A reunião foi provocada pelo diretor de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (DDICS) da Sedeme, Francisco Pantoja e pelo Direto de Crédito da SEDEME, Mauro Barbalho. Como encaminhamento, o superintendente regional do Banco da Amazônia, Edmar Bernaldino, irá analisar o documento e identificar como o Banco pode auxiliar as cooperativas. Também se comprometeu a dialogar com outros superintendentes ao longo das regiões do Estado para atender as singulares dos respectivos municípios.
O Banco da Amazônia já dispõe de linha de crédito de até R$ 100 mil com taxa de juros de 2,5% ao ano e prazo de 24 meses. Mesmo cooperativas que ainda não possuem conta no banco poderão iniciar o relacionamento com a instituição para poder estruturar o processo.
Já o Banpará se comprometeu a estudar linhas de crédito específicas para as necessidades apresentadas pelas cooperativas, que também são compartilhadas pelos diversos setores produtivos do Estado. Foi solicitado um documento mais específico com estimativas maiores sobre municípios, quantidade de cooperados e pessoas beneficiadas para apresentar ao Secretário titular da Sedeme e ao Governador Hélder Barbalho.
O Banpará informou ainda que continua operando por meio do Crédito do Produtor e que as cooperativas já podem acessá-lo. A linha é voltada para financiar empreendimentos econômicos estratégicos para o desenvolvimento, diversificação e transformação da base produtiva do Estado do Pará, promovendo geração de renda e emprego.
Cooperativas legalmente constituídas e em atividade há mais de 6 meses, contando com no mínimo 20 (vinte) membros devidamente registrados. Todos os empreendimentos devem estar estabelecidos no Estado do Pará. Permitida a concessão de financiamento àqueles que possuam filiais e sucursais comprovadamente estabelecidas ou a se estabelecer no Estado do Pará. Poderão ser financiados projetos que estejam inseridos nas seguintes atividades produtivas: Rural, Florestal, Industrial, Agroindustrial, Mineral e Turismo.
“Continuaremos em contato com as instituições financeiras, sensibilizando sobre a necessidade de auxiliarmos os empreendimentos coletivos, vitais para a estabilidade da economia do Estado”, reiterou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Dentro do planejamento de ações, após o contato com as instituições públicas, o Sistema OCB/PA também irá articular com as cooperativas de crédito. O Sicoob e o Sicredi já foram contactados e, durante os próximos dias, serão estruturados maiores detalhes.
"Já repassei o documento aos nossos gerentes, dando oreintação para que entrem em contato com as cooperativas da nossa área de atuação que já são associadas. As que não são sócias, também vamos procurá-las para podermos trabalhar juntos. Parabenizo à OCB/PA pelo trabalho, que nos dá mais assertividade nesse relacionamento", enfatizou o gerente regional de Desenvolvimento do Sicredi, Irineu Grigoletto.
Para mais informações: (91) 9299-2798 – Jamerson Carvalho / Deivison Pinheiro – (91) 9178-4907 / 99360-4665 - Diego Andrade (Analistas de Desenvolvimento do SESCOOP/PA)
A Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis (Concaves) adotou todas as medidas de segurança recomendadas pelos órgãos de saúde para manter atividades produtivas. A cooperativa conta ainda com a preocupação das pessoas que colaboram cedendo material, para que os higienizem antes de entrega-los aos catadores.
De acordo com o coordenador da Concaves, Jonas de Jesus Silva, a pandemia está reforçando a necessidade dos cuidados com limpeza, organização e meio ambiente. “A coletiva seletiva é também um combate ao coronavírus, para trazer saúde e mais bem-estar para cada cidadão”, disse.
A singular reúne 40 catadores, que tiram o sustento deles e de suas famílias do trabalho. Atua nos bairros da Terra Firme, Nazaré, Batista Campos, Umarizal, Reduto e Cremação, Jurunas, parte do Guamá e São Brás.
A crise provocada pela pandemia de covid-19 impactou diretamente no rendimento da cooperativa. Antes, o volume semanal era de 20 a 25 toneladas de material coletado. Agora, caiu para 12 toneladas.
“Estamos sofrendo o reflexo do coronavírus. Trabalhamos com a coletiva seletiva em Belém. E o nosso galpão está praticamente vazio”, relata Jonas. O galpão, para o qual esses produtos são levados, fica na avenida Bernardo Sayão, no bairro Condor.
Jonas entende que, no momento, os moradores estão preocupados com sua saúde e sua vida. E estão em isolamento social. Mas afirmou que é importante, principalmente nesse cenário, ser solidário, tomando, é claro, as devidas precauções. Por causa do medo de parte da população, Jonas disse que diminuíram os pedidos feitos por telefone, os agendamentos. Com isso, a renda dos catadores caiu 50%.
“Antes, eles conseguiam um salário mínimo mensal. As pessoas ficaram abaladas, com medo até de nos receber de suas casas. Antes, ligavam, abriam as portas, convidavam a gente para tomar café. Agora, há um pânico”.
“Se alguém tiver material, ligue. Esse trabalho é essencial. E vamos continuar fazendo em prol da comunidade de Belém”, finalizou.
*Reportagem: Portal O Liberal
Serviço: Faça a sua parte para manter uma cidade mais limpa. Continue separando os resíduos para a coleta seletiva. Assim, você também contribui com a manutenção da renda das cooperativas de reciclagem em seu município, que garante o sustento de diversas famílias!
Agendamentos:
Belém
Concaves: (91) 98116-6185
Filhos do Sol: (91) 99728-9838
Icoaraci
Cocavip: (91) 98446-8585
Ananindeua
Cootpa: (91) 98076-4349
Castanhal
Coopenorte: (91) 3711-0657 / 98867-2232
Vigia
Recicron: (91) 98204-8133 / 99141-3858
Paragominas
Coompag: (91) 98860-4145
Santarém
Coopresan: (93) 99136-5489
Coopercat: (93) 99216-8779
Xinguara
Cooperlimpa: (94) 99128-1764