De chocolates orgânicos a serviços bancários com taxas diferenciadas, a Feira de Negócios do Cooperativismo (FENCOOP) apresentará o que há de melhor quando o assunto é empreender coletivamente. A programação ocorrerá entre 1 e 3 de abril, na Estação das Docas, em Belém. Na ocasião, a população paraense poderá conhecer os produtos e serviços de diversos segmentos econômicos. Serão 45 estandes montados com mais de 50 cooperativas.

 

AGROPECUÁRIO

 

O segmento, base da economia em grande parte dos municípios paraenses, ocupará um espaço expressivo na Fencoop. A exposição compreenderá desde produtos in natura, como frutas, legumes, vegetais e grãos, até produtos beneficiados, como cosméticos, iogurtes, queijos, polpas e chocolates.

 

CRÉDITO

 

Representando o cooperativismo financeiro, os sistema Sicredi e a Sicoob confirmaram presença na feira. O setor possui o serviço bancário mais capilarizado no país, prestando atendimento a municípios em que os bancos tradicionais não chegam. Financiando sonhos, projetos e negócios, o ramo de crédito reúne cooperados que são, ao mesmo tempo, donos e usuários dos serviços financeiros.

 

EDUCAÇÃO

 

O ramo educacional compreende professores que se organizam como profissionais autônomos em cooperativas para prestarem serviços educacionais. Estarão representadas na Fencoop, as cooperativas CoopSóstenes, CooperAtalaia e Catarina Húber de Santarém, COOPERIET de Tucuruí e CEAC de Castanhal (Ceac), a pioneira na execução do programa que insere o cooperativismo na grade curricular das escolas, o Cooperjovem.

 

TRANSPORTE

 

É o ramo mais numeroso em número de cooperativas no Estado. Na Fencoop, estarão a Transprodutor e a Central de Cooperativas de Transporte do Estado do Pará (Cencoopa).

 

SAÚDE

 

É o segmento cooperativo que mais contrata no Estado. Atua com planos de saúde, urgência e emergência, ambulatorial, consultas e cirurgias. A Unimed Belém, que faz parte do Sistema Unimed, a maior cooperativa na área da saúde do mundo, e a Uniodonto Belém, que possui cirurgiões-dentistas em todas as especialidades odontológicas, também estarão presentes.

 

MINERAÇÃO

 

A Federação das Cooperativas dos Garimpeiros do Tapajós (Fecogat) apresentará na FENCOOP os avanços do setor a partir do 2º Seminário do Cooperativismo Mineral. As cooperativas trabalham com pequenos mineradores na extração de minérios no distrito Moraes de Almeida, em Itaituba.

 

TRABALHO, PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

 

Estarão presentes na Fencoop as cooperativas Amazon Focus, Muiraquitã Coop e Coodersus, especializadas na qualificação e instrutoria tanto de cooperativas quanto de empreendimentos em geral; a Unifarma e a Coofarmi, que possuem diversas vantagens na contratação de farmacêuticos por meio do modelo cooperativo; e a Unisegur, que congrega agentes de portaria, fiscal de loja, manutenção predial e serviços gerais.

 

RECICLAGEM

 

A FENCOOP também terá um espaço exclusivo para as cooperativas de reciclagem, que desempenham um importante trabalho social: a organização de pessoas à margem do mercado e a contribuição para a preservação do meio ambiente no reaproveitamento de lixo sólido e orgânico. A Cootpa, Recicron, Concaves, Cooperlimpa e Cocavip estarão representando o setor no evento.

 

TURISMO

 

O potencial turístico do Pará também é explorado pelo cooperativismo. As singulares trabalham com rotas turísticas ecológicas, turismo de base comunitário e artesanatos regionais. A Cooperture, por exemplo, vem ajudando a conservar a Floresta Nacional de Carajás e estará compartilhando suas experiências na Feira.

 

ENERGIA

 

Pela primeira vez na Fencoop, a Cooperativa Brasileira de Energia Renovável (Coober), de Paragominas, é pioneira no Estado no ramo da energia renovável e referência nacional no assunto.

 

ARTESANATO

 

A Cooperativa Social de Arte Feminina Empreendora (Coostafe) é outro destaque na Feira de Negócios do Cooperativismo. É a primeira do Brasil formada exclusivamente por detentas. No estande da cooperativa, os visitantes poderão conferir os artesanatos produzidos dentro do CRF, como vasos, bonecas de pano, chinelos, chaveiros, entre outros.

 

Pacajá foi o ponto de partida para um negócio que vem se expandindo por todo Estado. O município recebeu ontem a AGO da Sicoob Transamazônica, que apresentou os números de crescimento da cooperativa no último exercício. Só em relação a novos sócios, o percentual de acréscimo foi de 190%, com 6 mil cooperados até final de 2019. Esse mesmo número já saltou para 8 mil nos 3 primeiros meses de 2020 e a meta é alcançar 15 mil associados ao final do ano.

 

Em relação ao número de ativos totais, o crescimento foi de 71,11% com R$ 62,3 milhões em 2019. As operações de crédito cresceram 85,68% com R$ 51 milhões. Já os depósitos a prazo aumentaram 118% no último ano chegando a R$ 12 milhões.

 

Atualmente, a cooperativa possui 4 agências instaladas no Estado: Pacajá, Tucuruí, Conceição do Araguaia e Novo Repartimento. A previsão é que, ainda em 2020, sejam instaladas mais duas agências em Marabá e Redenção.
A singular também possui 6 escritórios regionais que fazem a captação, atendimento e estruturação da carteira de sócios. A cooperativa ainda possui presença física em 19 municípios do Pará. De acordo com o Banco Central (BC), a SICOOB Transamazônica tem o maior projeto de inclusão financeira do Estado do Pará. Em 2019, o número de funcionários passou de 41 para 91. Em 2020, já são 100 colaboradores.

 

A Assembleia Geral Ordinária foi a primeira realizada no regime de delegados, conforme determinação do BC. Em Assembleia Extraordinária ocorrida em dezembro, os próprios cooperados elegeram 30 delegados, que representam os sócios de todos os municípios onde a cooperativa atua. O evento teve participação ainda do prefeito de Pacajá, Chico Tozzeti, do superintendente do Sistema OCB/PA, Júnior Serra e do vereador Devaldo Soares, que também são cooperados.

 

 

"Desde que criamos a cooperativa, ela vem crescendo progressivamente, o que nos enche de orgulho. Com meus 97 anos, estou disposto a lutar enquanto puder com a satisfação de ver a cada ano nossa cooperativa ficar maior. Meu pai me disse aos meus 9 anos de idade que o melhor negócio no mundo era um banco. Para isso, não precisa de dinheiro. Precisa apenas de união. É o que estamos fazendo", enfatizou o vice-presidente do Conselho de Administração da SICOOB Transamazônica, Jahyr Seixas.

 

A receita total da cooperativa era R$ 9,8 milhões em 2018. Em 2019, o número passou para R$ 20,2 milhões, um crescimento de 105 9%. A principal fonte de receita são as operações de crédito correspondentes a 66,8% do total, um volume de R$ 13,5 milhões que representa um crescimento de 109,2% em relação a 2018.

 

"Buscamos formas de atender a região, fazendo com que a riqueza circule dentro do nosso Estado. Proporcionamos inclusão financeira para uma base de associados que não teria o mesmo acesso no serviço bancário convencional. Esse crescimento tem demonstrado a confiança que os municípios paraenses têm depositado em nosso trabalho e a responsabilidade que temos de continuar superando metas e fomentando a economia do Estado", reiterou o presidente da singular, Antônio Henrique Gripp.

 

Além da inauguração das agências em Marabá e Redenção, as próximas metas da SICOOB Transamazônica são a estruturação dos Escritórios de Negócios nas cidades de Anapu, Goianésia, Belém, Paragominas, Breu Branco, Tailândia, Capitão Poço e Maracajá. Também planeja-se fazer a expansão de negócios para os estados do Tocantins e Maranhão.

 

"A velocidade com que ultrapassamos as metas do último exercício mostram que podemos ter pretensões ainda mais ousadas. Queremos consolidar os resultados, a marca da nossa cooperativa e, consequentemente, a marca do Cooperativismo Financeiro. A meta é ter a estruturação de um resultado positivo de R$ 1 milhão por mês. Para isso, continuaremos qualificando a equipe e alinhando-a às estratégias para o desenvolvimento sustentável do nosso negócio", explicou o diretor presidente da Transamazônica, Lucas Gelain.

 

Na ocasião, a diretoria ainda fez sorteio de diversos prêmios para os associados. O principal foi um carro zero km, como resultado de campanha de captação. Os pré-requisitos foram: ser cooperado ativo, ter aplicação no valor mínimo de R$ 1 mil, estar em condições de adimplência e não ser colaborador, diretor ou conselheiro. O grande ganhador foi o cooperado de Tucuruí, João Demas Amaro. 

 

A Cooperativa Agrícola, Pecuária e Extrativa do Município de Irituia (Coapemi) conquistou o selo de qualidade na produção artesanal. A certificação busca comprovar a qualidade dos produtos artesanais produzido na cooperativa e possibilita expansão de mercado.

 

Com 20 anos de participação no comércio varejista de hortifrutigranjeiros, a Coapemi trabalha com produtos como: polpas de frutas, farinhas, pastas de frutas e hortaliças. Sem o selo de qualidade do produto, a cooperativa não conseguia expandir sua produção. A certificação garante maior valor agregado às mercadorias na comercialização e possibilita a prospecção de novos clientes e a expansão de mercado.

 

Segundo a diretora financeira da Coapemi, Hilma Ferreira, a certificação já era esperada há quatro anos. “Agora nossa farinha e nossa polpa poderão ser vendidas em todo o estado do Pará”, disse.

 

Já para o diretor da cooperativa, Zezinho do Santos, manter uma boa estrutura do empreendimento é fundamental para solicitar o selo de qualificação. “O certificado é uma garantia de um produto bom e de qualidade na hora da venda”, finalizou.

 

Por meio da certificação, os produtos começam o processo de exportação para outros estados, gerando mais emprego e renda e beneficiando 40 famílias que compõem a cooperativa em Irituia.

 

“Uma moça viu a nossa embalagem, provou, gostou muito e entrou em contato a gente. Já tem outra moça, que entrou em contato hoje pedindo que enviasse para São Paulo, a lasca do Tucumã, a pupunha e polpa do cupuaçu. Ela provou nossa polpa em Brasília”, enfatizou Hilma Ferreira.

 

"Essa certificação é resultado do trabalho que o Sistema OCB/PA vem desenvolvendo com as cooperativas da agricultura familiar de sensibilização sobre a importância da certificação dos produtos e de orientação de como fazer esse registro", destacou Deivison Pinheiro, engenheiro agrônomo e Analista de Desenvolvimento do Sistema OCB/PA.

 

Para mais informações sobre o processo de certificação artesanal, acesse o site: http://www.adepara.pa.gov.br/.

 

Texto: Andrei Santos

O prazo para submissão de trabalhos no 1º Encontro Paraense de Pesquisadores do Cooperativismo (EPPC) encerra no dia 15 de março. As inscrições podem ser feitas por meio de plataforma disponibilizada pela Ufra. Entre os trabalhos apresentados, os três primeiros serão premiados. Também serão fornecidos certificados para os participantes.

 

O EPPC vai ocorrer no dia 2 de abril, na Estação das Docas, em Belém. O principal objetivo do evento é reunir os pesquisadores do segmento, que cumpre um importante papel na economia paraense. “O EPPC é um marco para a história do cooperativismo no Pará. Estamos fomentando cada vez mais a inclusão do segmento dentro da academia e os resultados já estão sendo colhidos”, reitera o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

 

Os trabalhos submetidos deverão estar relacionados a um dos seguintes eixos temáticos: princípios, história e doutrina cooperativista, cooperativismo, economia e desenvolvimento, economia social e organizações sociais, governança corporativa em cooperativas, finanças em cooperativas, legislação, tributação e direito em cooperativas, educação e autogestão, responsabilidade e sustentabilidade social.

 

Os trabalhos serão avaliados por uma comissão formada por professores da Ufra e os que forem selecionados receberão uma carta de confirmação via e-mail. Dentro da programação do EPPC, serão expostos 50 trabalhos em forma de pôsteres.

 

A coordenação do evento disponibilizará o tripé para apresentação dos banners, porém, sua produção, impressão, fixação e retirada são de responsabilidade do autor/apresentador. Os três melhores serão premiados e publicados em forma de anais. O primeiro lugar ganhará um celular, o segundo, um tablet e o terceiro um fone de ouvido Headset. Além disso, um dos desdobramentos será a criação de uma revista científica do cooperativismo paraense que será organizada pelas universidades apoiadoras do encontro. Os projetos apresentados e selecionados na ocasião serão publicados na revista.

Inscrição

 

Para se inscrever, bastar acessar o link: bit.ly/2SnOPT1 e selecionar a opção “Clique Aqui para fazer sua inscrição”, localizada no final da página. Os usuários que ainda não forem cadastrados no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa) da Ufra devem realizar o cadastro selecionando a opção “Ainda não possuo meu cadastro”. Depois de preenchido o formulário, o Sistema enviará mensagem para o e-mail disponibilizado no cadastro pelo requerente, que deve confirmar recebimento.

 

Após a confirmação, pode-se acessar a área de participante por meio da tela de login e selecionar a opção “Cursos e eventos abertos”. Os interessados em participar apenas como ouvintes devem selecionar a opção “I Encontro Paraense de Pesquisadores do Cooperativismo” e, para apresentar projetos de pesquisa, a opção “Submissão de trabalhos”. Basta inserir o nome da instituição ou da cooperativa e confirmar inscrição.

 

Mobilização

 

Os campi de Capitão Poço e Capanema da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), o campus Castanhal do Instituto Federal do Pará, a Universidade da Amazônia (Unama), o Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz), a Cooperativa CoopSóstenes e a Cooperativa dos Educadores Autônomos de Castanhal (Ceac) são algumas das entidades que já marcaram presença. Além disso, a Universidade de Alicante, da Espanha, está apoiando a iniciativa. Na calourada realizada na última semana na UFPA, os novos discentes confirmaram em peso.

 

Programação

 

O evento iniciará às 14h com o painel 1: Panorama do desenvolvimento de pesquisa em cooperativismo. Participarão representantes da OCB/PA, OCB Nacional e Universidade de Alicante. No painel 2, “A Educação Cooperativista: Fomento à Pesquisa e a Produção Técnica e Científica Sobre o Cooperativismo”, participarão representantes de todas as universidades.

 

A partir das 16h30, serão apresentados, em formato de comunicação oral, projetos acadêmicos já publicados ou em fase de execução sobre o tema: professoras M.ª. Carmem Andrade e M.ª. Rosinele da Silva. Já a apresentação de trabalhos em formato de pôster iniciará às 17h30.