Os cooperativistas paraenses possuem mais uma oportunidade para ampliar sua qualificação profissional. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA Campus Castanhal) está ofertando sete vagas não preenchidas no Processo Seletivo de Mestrado Profissional para os funcionários e associados das singulares registradas e adimplentes junto ao Sistema OCB/PA. Estão disponíveis duas Linhas de Pesquisa, sendo cinco vagas para “Dinâmica e Manejo de Agroecossistemas” e duas para “Gestão de Empreendimentos Agroalimentares”. As inscrições seguem até o próximo dia 19 e a defesa dos projetos de pesquisa ocorre no dia 24 deste mês.
As inscrições poderão ser realizadas pessoalmente, apresentando os documentos necessários na Secretaria do Programa, no Bloco C – Térreo do IFPA Campus Castanhal, das 08h às 11h, e das 14h às 17h. Também é possível se inscrever via postal por meio do serviço de entrega rápida (SEDEX). Os documentos necessários são: Formulário de Inscrição (Anexo I do edital) devidamente preenchido; Documento oficial de identidade, CPF e Título Eleitoral (originais e fotocópias); Declaração de vínculo com o Sistema OCB/PA; 3 (três) vias impressas da Proposta de Projeto de Pesquisa Aplicada de acordo com o roteiro (Anexo II); Anexos V e VI do edital devidamente preenchidos e assinados.
“É uma nova oportunidade para os interessados que não conseguiram se candidatar na última abertura de edital. Somos um dos poucos Estados brasileiros a proporcionar um Mestrado Profissional direcionado a cooperativas, o que prova o esforço que vem sendo desempenhado para ampliar a qualificação do segmento a partir da capacitação. Entendemos que é o único caminho para o desenvolvimento econômico e social”, explica o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
As linhas de pesquisa visam o desenvolvimento de estudos, tecnologias e inovações sustentáveis aplicadas à produção agropecuária integrada, abrangendo todos os aspectos sócio-técnicos relacionados aos componentes dos sistemas de produção vegetal e animal e suas inter- relações. Empreendimentos Agroalimentares são unidades de produção agropecuária, extrativista e agroindustrial cuja gestão deve ocorrer por meio de instrumentos e ferramentas integradas a dinâmica produtiva e ao manejo de agroecossistemas.
Confira o edital completo:
http://castanhal.ifpa.edu.br/images/sampledata/PDF/2018/11-mestrado/EDITAL-PROCESSO-SELETIVO---Convnio---IFPA-e-SISTEMA-OCB-SESCOOP---FINAL-22-04-2018_RC.pdf
Embora seja o maior produtor de cacau no Brasil, o preço do fruto no Pará é menor do que o praticado em outras regiões do país. A informação divulgada pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA) aponta para a necessidade de organização produtiva e ampliação de competitividade das cooperativas. O tema norteou as discussões de Seminário, que foi uma realização do Sistema OCB/PA em parceria com o MAPA, Sedeme e Nós Consultoria. Participaram produtores de diversas regiões do Pará, na Casa do Cooperativismo. O evento é uma das ações decorrentes de chamada pública vencida pelo Sistema OCB/PA.
Em 2017, o Pará atingiu o valor de US$ 1,4 milhões em exportação do cacau para outros países. As vendas para outros Estados do Brasil chegaram a R$ 543 milhões, com Bahia e São Paulo sendo os principais destinos do fruto. Em seis anos, o Pará dobrou sua produção de cacau, chegando a 117 mil toneladas na última safra, o equivalente a quase 50% da produção brasileira. Pelos dados da CEPLAC, a produtividade média no Pará é de 911 quilos por hectare e a produção deve crescer entre 7% e 9% por ano até 2030.
Apesar dos números positivos, o Seminário destacou os principais desafios do segmento: organização produtiva e verticalização. Uma das preocupações é o preço do fruto in natura. A cotação do cacau no fechamento da última sexta (05) marcou o preço da arroba na Bahia em R$ 125,00 e a saca no Espírito Santo em R$ 490,00. A cotação no Pará, que é por unidade, marcou R$ 7,50. Nivelando as unidades de medida, o preço do cacau paraense é cerca de R$1,00 mais barato em relação ao cacau baiano.
“A finalidade do Governo é dar proteção aos interesses de nossos produtores. Uma vez que o preço recebido é menor, a arrecadação do Estado cai, assim como o repasse para o fundo de desenvolvimento da cacauicultura. Nossa intenção é que o preço seja compatível com o mercado e com a qualidade do cacau, que hoje não vem sendo remunerando no nível adequado. Os produtores podem e devem se posicionar para nivelar o preço. O Estado oferece todo o apoio nesse sentido”, explicou o diretor de desenvolvimento de indústria, comércio e serviço da Sedeme, Sérgio Menezes.
De acordo o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, a solução para os agricultores é o fortalecimento das cooperativas. “Precisamos levantar mais dados para saber o porquê dessa diferença de preço. Não sabemos exatamente os motivos, mas a solução é fortalecer as cooperativas, agregar valor à produção, verticalizar. São os caminhos possíveis. Somos os maiores produtores do país e precisamos assumir esse papel”.
O DENACOOP
O Seminário é uma das ações previstas no projeto estruturador que o Sistema OCB/PA conseguiu captar junto ao Governo Federal. Produtores de cacau na Transamazônica e pescadores da região de Santarém estão sendo beneficiados com recursos provenientes do Departamento de Cooperativismo e Associativismo da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (DENACOOP). O Departamento pertence ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Estão sendo destinados cerca de R$350mil para a qualificação profissional das cooperativas, associações e comunidades em que estão inseridas. A contrapartida do Sistema OCB/PA foi de R$ 100mil.
“Estamos acompanhando o Projeto e a avaliação do trabalho é bastante positiva. Está tudo sendo desenvolvido de forma normal, de acordo com o que já estava previsto inicialmente. Através dessas capacitações, o produtor terá a facilidade de aprender e desenvolver sua atividade com maior retorno. Já possuem a expertise de produção, falta apenas de comercialização e padronização”, afirmou o assistente técnico da Divisão de Políticas e Desenvolvimento agropecuário do MAPA, Rubens Velasco.
Após vencer chamada pública da Prefeitura de Castanhal, a Cooperativa Agropecuária do Salgado Paraense (CASP) ampliou o beneficiamento lácteo para produção de 30 mil garrafinhas de iogurte a serem entregues à merenda escolar do município. Atualmente, a cooperativa está processando 1mil litros de leite por dia. A ampliação do parque fabril ocorreu após parceria com a Embrapa no fornecimento de equipamentos e capacitações promovidas pelo Sistema OCB/PA, o que gerou a necessidade de contratação de mais 4 colaboradores no último mês.
A demanda total da chamada pública para a merenda escolar é de 30 toneladas. Recentemente, a Prefeitura solicitou 6 toneladas em embalagens de 200g do sabor morango. “A entrega deve ser feita em outubro e vamos atender o prazo. A cooperativa inteira está envolvida, trabalhando até de noite para cumprir a solicitação. Agradecemos a Deus e a todos os parceiros por esse importante momento na história de nossa CASP. Estamos produzindo em escala, mesmo sem um parque fabril completo”, explicou o presidente da cooperativa, Antônio Alcoforado.
Além do incremento financeiro para os cooperados, a cooperativa também está promovendo o desenvolvimento integrado da região ao adquirir insumos de produtores locais para conseguir atender à demanda. A capacidade produtiva dos sócios é de aproximadamente 500 litros por dia, mesma quantidade que está sendo agregada pelo recebimento de leite dos outros produtores. Até o começo de junho, a CASP processava 300 litros de leite por dia. Após a parceria com a Embrapa, o processamento mais que triplicou para 1mil litros/dia.
O convênio de cooperação técnica com a Embrapa contempla fornecimento de máquinas em comodato e cursos de qualificação técnica. Os cooperados receberam um pasteurizador de placa com capacidade de 500 litros/hora, pasteurizador térmico com capacidade de 300 litros/dia e uma máquina de embalar. Antes da efetivação da parceria, a agroindústria pasteurizava 200 litros em 4 horas. Com os equipamentos, são processados 500 litros em, no máximo, 2 horas.
O convênio também contempla a transferência de tecnologia para o produtor na base com cursos como formação de capim, sanidade animal, boas práticas de produção e controle dentro da fazenda. O objetivo é aprimorar a produção, triplicando a capacidade de pastejo em uma mesma área a partir do tipo e periodicidade de adubação, rotatividade dos animais, entre outros.
“Fizemos ofício, visitas e negociações para solicitar a parceria e a instituição comprovou que tínhamos um trabalho desempenhado com seriedade. O convênio veio exatamente quando mais precisávamos. A equipe está nos acompanhando na parte de desenvolvimento de produtos, alinhando o que já vem sendo feito há 2 anos. Temos todo um planejamento de capacitações que será desenvolvido tanto pela Embrapa quanto pelo Sistema OCB/PA”, completa Alcoforado.
O próximo passo para a CASP é a busca de projeto no Banco da Amazônia (Basa) para financiamento de suas atividades. A proposta é adquirir novos equipamentos para completar a agroindústria, tais como embalador para copo, carro para coleta de matéria prima e entrega de produto acabado, máquinas para tratamento e reuso de água e utensílios para a fabricação de queijo.
“Acompanho a cooperativa desde o início e posso testemunhar do esforço que os cooperados vêm empreendendo ao longo desses anos para alavancar o negócio. É inevitável que a recompensa venha. Precisamos apenas estar preparados para o crescimento, acompanhando o ritmo do mercado e nos adaptando às exigências a partir da qualificação profissional e do aprimoramento técnico”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Foi com a satisfação de reencontrar amigos que as cooperativas Coopbarcos, Cooperboa e Coopermoura receberam o superintendente do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (Sistema OCB-PA), Júnior Serra, e o novo representante do ramo Crédito, José Melo da Rocha na última sexta (28/09) em Porto Trombetas, distrito do município de Oriximiná, região oeste do Pará.
Júnior Serra aproveitou para apresentar às cooperativas ao José Melo da Rocha, ou Dr. Melo, como é mais conhecido em virtude da atuação junto ao Ministério Público do Estado do Pará, que passou a integrar o quadro de representantes de ramo do Sistema OCB-PA de 2018 a 2022. Dr. Melo é presidente e fundador da Sicoob COIMPPA, uma das cooperativas de crédito mais tradicionais do Estado. “É muito importante ver de perto a realidade de cada local, o trabalho e as particularidades que nos unem em cooperação. Ver o trabalho singular da Cooperbarcos e a diferença que a Coopboa e a Coopermoura fazem nas comunidades em que atuam”, enfatizou Dr. Melo.
A Coopbarcos é um a cooperativa do ramo transporte, que atua há 19 anos com transporte marítimo de pessoas. Possui 20 cooperados e é a única do segmento a realizar esse tipo de transporte no Pará. “Todo os nossos investimentos e patrimônio foram realizados com recursos próprios. O nosso quadro de cooperados é especializado e a cooperativa mantém um ritmo de expansão continuo. Agora mesmo, precisamos adquirir mais 3 motores para atender a um novo contrato”, explicou a presidente da Coopbarcos, Rai Santos.
No ramo Trabalho, destaque para as cooperativas Coopboa e Coopermoura, que tem como principais clientes a empresa Mineração Rio do Norte. “Passamos por um processo de profissionalização da gestão. O Sistema OCB-PA nos ajudou nesse progresso nos esclarecendo sobre como fazer, como perceber onde precisávamos ajustar. Ajustamos. Hoje, a nossa realidade é bem diferente e para melhor. A nossa comunidade tem a Cooperboa com um alicerce de segurança em que sabe que pode contar. O ticket médio de cada cooperado de R$1.200,00 quando a média do mercado é de R$954,00”, disse a administradora de contratos da Cooperboa, Deni Mara Pereira.
A Cooperboa atua há 22 anos e possui 158 cooperados ativos da comunidade de Boa Vista, região de Oriximiná. É uma cooperativa que presta serviços de roçagem, jardinagem, limpeza e etc. A escolaridade média dos cooperados é de ensino fundamental. Foi destaque em 2o lugar em um prêmio da Mineração Rio do Norte por manter padrões de excelência no uso na prestação de serviços.
Em primeiro lugar ficou a cooperativa Coopermoura, que atende à Comunidade de Moura há 8 anos, também da região de Oriximiná, com 70 cooperados ativos. “Para nós é um reconhecimento ao cooperativismo porque não é fácil concorrer com as empresas tradicionais. O mercado exige especialização constante e nós trabalhamos muito para isso”, concluiu o presidente da Coopermoura, Clóvis Silva de Almeida.
“As cooperativas de Porto Trombetas são referência para o Sistema OCB-PA no que tange a profissionalização da gestão, nos processos e no posicionamento de mercado. Para nós, é uma grande satisfação poder estar com elas em todo esse longo processo de amadurecimento”, finalizou Júnior Serra.
As eleições já ocorrem no próximo domingo e seu voto pode contribuir para uma Frente Parlamentar do Cooperativismo mais forte. Veja o que já foi conquistado pela Frencoop com o apoio do Sistema OCB. Curta, compartilhe e estimule o voto consciente em quem pode auxiliar no desenvolvimento das cooperativas paraenses!
#Eleições2018
#VoteConsciente
#SistemaOCBPA
{youtube}WK-a_QfrOSE&feature=youtu.be{/youtube}