As ações cooperativistas tiveram amplo espaço nas mídias paraenses em plataformas digitais, impressas, radiofônicas e televisivas. O aniversário de 35 anos da Crednorte ocorrido em Porto Trombetas foi matéria no Jornal Diário do Pará no último domingo. No Jornal O Liberal, o destaque foi a participação do núcleo de mulheres cooperativistas no Encontro do Agronegócio e da coordenadora de comunicação do Sistema OCB/PA em evento nacional do ramo, Ísis Margalho.
Já em mídias radiofônicas, o destaque foi a entrevista do analista de desenvolvimento de Cooperativas, Diego Andrade, sobre a constituição de cooperativas mirins no Estado em parceria com o Instituto Sicoob. Na mídia televisiva, a TV Gazeta veiculou a produção das cooperativas agropecuárias em exposição do Festival Internacional do Chocolate.
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Antes de prospectar e se apresentar a novos mercados, as cooperativas devem prioritariamente conhecer o próprio negócio, ter noções gerais de produtividade e outros fatores de cenário econômico interno e externo. São estes os elementos trabalhados pelo Programa de Aprimoramento da Gestão Cooperativista (GESCOOP), ferramenta elaborada pelo Sistema OCB/PA com o objetivo de potencializar as singulares paraenses. A Cooperativa dos Agricultores da Região de Tailândia (CART) foi a primeira a receber o Programa no Pará, que já apresenta resultados importantes na reorganização produtiva e amadurecimento da gestão.
O programa reorganizou questões do processo administrativo, fluxo de caixa, organização de estoque, levantamento das produtividades efetiva e demandada para comercialização, assim como perspectivas de mercado efetivo e latente que pode ser alcançado. Identificou-se que a cooperativa possuía determinada capacidade produtiva e que, se planejasse prospectar novos negócios, deveria ampliar a produção, comprando mais castanha do produtor. Para sanar as dificuldades na aquisição desse insumo, a diretoria sensibilizou o agricultor sobre os benefícios de se associar à CART, trazendo-os para dentro da cooperativa.
“O GESCOOP nos permitiu ter a visão do que éramos, onde estávamos, aonde queríamos chegar e como faríamos isso. Tivemos as ferramentas necessárias para caminharmos passo a passo, alcançando objetivos propostos pelos próprios cooperados. O diagnóstico produzido foi muito verdadeiro, impulsionando-nos a buscar melhorias necessárias para o crescimento da cooperativa”, afirmou a Gerente Geral da CART, Jeane Carvalho.
O carro chefe da cooperativa é a castanha de caju. A capacidade produtiva é de até 250 toneladas por ano. Atualmente, são beneficiados 130 toneladas da castanha em casca. Na forma bruta, rende até 52 toneladas. O fator impeditivo para o beneficiamento integral da capacidade é a falta de capital de giro, outra necessidade verificada através do GESCOOP.
De acordo com a gerente, cerca de 75% dos apontamentos de melhoria levantados pelo diagnóstico já foram atendidos, como a questão estrutural da fábrica modificada de acordo com as necessidades de produção. As principais demandas no momento são a busca por parceiros que proporcionem acesso ao crédito para capital de giro, aumentando o fluxo da castanha; a revitalização da identidade visual com a elaboração de logo definitiva e novas embalagens; Diferimento fiscal junto ao Governo do Estado.
“Estamos trabalhando juntamente à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia e Mineração (Sedeme) para discutir a possibilidade de diferimento do ICMS da Castanha de Caju. Atualmente, o ICMS incidente no produto é de 17%. A proposta é que esse valor seja equiparado à tributação da castanha do Pará, que é de 2,78%. Com a ação, esperamos um maior potencial de capital de giro para a CART organizar suas compras e fazer um estoque maior para atender os clientes”, explicou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.


O estímulo à aprendizagem coletiva, plantação de hortas ou mesmo a coleta de resíduos em nascentes de rios são algumas das iniciativas do COOPERJOVEM que visam construir uma mentalidade de cooperação nos alunos paraenses com o ambiente em que vivem. As ações fazem parte dos Projetos Educacionais Cooperativos (PECs), desenvolvidos por escolas públicas de Santa Izabel e Castanhal como desdobramento do Cooperjovem. Uma comissão formada por membros do Instituto Sicoob e Sistema OCB/PA estão avaliando os melhores projetos a serem premiados no 3° Encontro Estadual do Programa, que ocorre na próxima quarta (31).
Na última semana, a Comissão Avaliadora do Prêmio criado pelo Instituto SICOOB se reuniu na Casa do Cooperativismo para a análise preliminar dos 10 projetos cadastrados. Compõem o grupo o gerente de desenvolvimento do Sistema OCB/PA, Vanderlande Rodrigues, a Superintendente do Instituto Sicoob, Vera almeida e a analista de Projetos do Instituto Sicoob, Amanda Esparano.

Os critérios utilizados na avaliação são: Construção coletiva, contextualização, continuidade e valores do cooperativismo “A partir desses parâmetros, avaliamos a participação de alunos e familiares para que o projeto tenha efetividade dentro da sociedade. A proposta é envolver todos os atores comunitários para a perpetuação do projeto. Na contextualização, avaliamos os motivos que levaram à situação problema, assim como os objetivos gerais e específicos que buscam atingir através do plano de ação”, explicou Vera Almeida.
Os projetos perpassam pela criação de hortas comunitárias, coletas de resíduos que prejudicam o meio ambiente, proteção de nascentes de rios e olhos d‘agua nas quais se acumulam lixo Além dos aspectos socioambientais, os projetos buscam transformar a realidade da violência em cultura de paz. Atualmente, 50 escolas de Santa Izabel e Castanhal são beneficiadas pelo Programa Cooperjovem nas quais estão envolvidos cerca de 100 professores atuando como agentes de transformação social e difusão do cooperativismo.
De Santa Izabel participam as escolas: João Possidonio, Joaquim Silva, Luiz Gonzaga Lucas de Sá, Santa Rita de Cássia, Tacajós, Irmã Albertina Leitão, Irmã Marlene Fonseca e João Paulo 2º. De Castanhal, participam: Maria de Nazaré Gomes Torres, Eronildes Farias de Carvalho. Ao longo desta semana, a comissão está visitando as escolas para avaliar a efetividade na prática dos projetos e os resultados que obteve.
O projeto vencedor receberá uma premiação no valor limite de até R$1mil, que será destinado para sua respectiva escola através de livre escolha na forma de equipamentos como notebook, impressora ou datashow. O resultado será apresentado no próximo dia 31 por ocasião do 3º encontro do Cooperjovem Estadual, que será em Castanhal no auditório do IFPA, a partir das 14h. Participarão cerca de 180 educadores, entre professores e gestores.
“O que chama a atenção nos projetos é a participação dos atores que estão envolvidos com a escola. Os professores entenderam a importância de abrir as portas para dialogarem com a comunidade sobre suas principais problemáticas e, desta forma, construir um projeto que atendesse a esses anseios. Assim, conseguimos mudar a mentalidade da comunidade e torná-la protagonista do seu destino, a grande responsável pela melhoria na qualidade de vida de todos”, explicou Vanderlande Rodrigues.

Com uma orquestra sinfônica de 594 espécies de aves diferentes, a Floresta Nacional de Carajás acorda, todas as manhãs, banhada de lagos paradisíacos, flora exuberante e fauna encantadora. São 1,2 milhões de hectares de florestas no Mosaico de Áreas Protegidas de Carajás, um patrimônio de valor inestimável que a Cooperativa de Trabalho em Ecoturismo de Carajás (COOPERTURE) vem ajudando a conservar em Parauapebas (PA). Entre os beneficiados está simplesmente a Arara Azul, ave de cor vibrante, canto alegre e um dos alvos principais do tráfico de animais silvestres. A espécie é uma das ameaçadas de extinção.
Para promover a participação popular na preservação da Amazônia, a COOPERTURE participa do movimento nacional Dia de Cooperar com o Projeto “Unidades de conservação de Carajás: amar e preservar!”. Atendendo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU referentes à proteção da Vida na água, Vida terrestre, Consumo Responsável e Ação contra a Mudança Climática Global, o projeto consiste em sensibilizar a população sobre a importância de se preservar toda riqueza existente em Carajás.
“Como nossa cooperativa já trabalha na perspectiva de um turismo ecológico, o Projeto passará a ser uma atividade do calendário anual do município. Iremos propagar a educação ambiental através da distribuição de mudas, reflorestamento e palestras voltadas para a comunidade, assim como exposição de artesanato e apresentações culturais. Parauapebas é uma cidade muito rotativa devido à grande mineração, o que atrai pessoas de outras localidades e aumenta o contingente populacional. Por isso, é importante promover uma campanha educativa para que todos possam cuidar do nosso meio ambiente”, afirmou a presidente da COOPERTURE Thaiz Sodré.

A região possui o maior parque de cavernas em rochas ferríferas do Brasil, algumas com vestígios dos primeiros habitantes da Amazônia. Há centenas de cachoeiras, lagoas e trilhas. É referência em observação de animais com 149 espécies de mamíferos, 68 de anfíbios e 131 répteis, sendo a região florestada mais importante do sul e sudeste com savana metalófila e áreas de canga. Serão realizadas ações de conscientização acerca da preservação dos principais biomas da região: Floresta Nacional de Carajás, Área de Proteção Ambiental (APA), Igarapé Gelado, Floresta Nacional de Tapirapé Aquiri, Reserva Biológica (REBIo) do Tapirapé, Floresta Nacional do Itacaiúnas, Parque Nacional dos Campos Ferruginosos, assim como a imensa região que abriga a Aldeia indígena Xikrin Catete.
A iniciativa será realizada por meio de passeios turísticos com o objetivo de sensibilizar a população local para a importância de conservação e preservação da biodiversidade e dessas riquezas locais. Também será trabalhada a divulgação do potencial turístico da região, promovendo assim a possibilidade de geração de emprego e renda aos cooperados e entidades parceiras.
“O negócio da cooperativa, por si só, já cumpre um papel importante de responsabilidade social à medida que mostra a diversidade das belezas naturais que compõem a Amazônia. Já tive a oportunidade de fazer uma das trilhas promovidas pela Cooperture e é inevitável não sair renovado, com o pensamento engajado de não permitir a extinção de toda essa riqueza. Precisamos mudar de atitude. Precisamos valorizar a vida”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Para o Chefe da Floresta Nacional de Carajás, Marcel Regis, a COOPERTURE desenvolve uma importante função social. "Não visa um turismo predatório, mas sim um olhar que concilia a conservação dos ambientes naturais à geração de renda local de forma equilibrada e socialmente justa, garantindo que as Unidades de Conservação de Carajás de fato sejam abertas à Sociedade."


O empoderamento feminino também chegou ao campo. Foi-se o tempo em que o meio rural era propriedade exclusiva de homens e o 3º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio comprova isso. Durante esta semana, o evento reúne em São Paulo agricultoras, pecuaristas, cooperadas, profissionais da indústria, sucessoras e executivas para discutir sobre o papel feminino no setor. Representam o Pará, com o apoio do Sistema OCB/PA, as componentes do núcleo das mulheres cooperativistas da Cooperativa Agroindustrial de Paragominas (Coopernorte).
Neste ano, o Congresso apresentou o tema “2030 – O Futuro agora, na Prática”, trazendo especialistas para abordar temas considerados do futuro, mas que já podem e devem ser praticados, como big data, previsão climática, nanotecnologia e agroenergia. Foi apresentado o que há de mais novo em desenvolvimento pelos jovens empreendedores com as startups, além dos inovadores métodos do design thinking para gestão.
“Podemos ver o cenário nacional do setor. Estiveram presentes 1.500 mulheres do Brasil inteiro que vieram de todas as regiões. Todas têm o mesmo perfil, passam pelas mesmas coisas que passamos no Pará. É importante estarmos aqui, pois nos dá o incentivo e a vontade de querer ir mais além, levando nossa experiência para as mulheres produtoras e esposas de cooperados no Pará”, explicou a Gerente de marketing da Coopernorte, Bianca Stefanini.

De acordo com a agência da ONU, as mulheres rurais são responsáveis por 45% da produção de alimentos no Brasil e nos países em desenvolvimento. Na maioria dos casos, elas trabalham, tanto no campo como em casa, cerca de 12 horas semanais a mais que os homens. Ainda assim, somente 20% delas são proprietárias de terras. “Os palestrantes também discorreram sobre os principais desafios que enfrentamos no Brasil inteiro e estamos juntas nisso. Temos orgulho de falar que somos agricultoras. Isso nos motiva ainda mais a correr atrás de nossos sonhos e fomentar nossa economia regional”, reiterou a cooperada da Coopernorte, Olinda Machado.

Núcleo de Mulheres
No final de 2017, a cooperativa paragominense decidiu formar o núcleo das mulheres cooperativistas com o objetivo de encabeçar a área de promoção social. O Núcleo promoverá um espaço de diálogo sobre o cooperativismo em Paragominas, no próximo mês. Um dos focos também será o empoderamento feminino. “Nós, mulheres, precisamos quebrar paradigmas para o avanço do agronegócio. A Coopernorte tanto apoia a mulher no campo que está cada vez mais engajada na luta pela valorização do trabalho desempenhado por elas. Sendo assim, realizaremos o 1º congresso do cooperativismo de Paragominas que terá a palestra de um grande case da agricultura no Brasil, Cecília Falavigna”, afirmou a líder no núcleo feminino na Coopernorte, Cirede Carloto.
