A modalidade online faz parte da estratégia para continuar a atender às demandas das cooperativas e para fortalecer o segmento.

Há algum tempo, o Sistema OCB/PA já estudava plataformas online para realização de cursos. Com a necessidade de distanciamento e isolamento social, provocada pela pandemia, esse processo foi acelerado e no próximo dia 10, inicia o primeiro “Curso Básico de Cooperativismo” online aberto para todas as cooperativas e comunidade em geral. As inscrições são gratuitas.
Os cursos têm carga horária de 4 horas por dia, certificação de conclusão, e são acompanhados por técnico do Sistema. Segundo Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA, essa modalidade veio para ficar. “Por cultura nossa, pelo gosto que nós temos em estarmos todos juntos, acabávamos não priorizando a implantação desse formato virtual. Hoje, esse pensamento já não cabe mais. Estamos ampliando cada vez mais os nossos paradigmas e contamos com a participação e apoio das cooperativas”, ressalta.
Os cursos serão transmitidos da Casa do Cooperativismo, sede do Sistema OCB/PA em Belém, via Microsoft Teams, uma das plataformas mais seguras do mundo. Para participar é necessário se inscrever e comparecer ao curso. Raiol enfatiza ainda que esse novo formato irá facilitar a formação de turmas. “Já vivenciamos casos de cooperativas que tinham dificuldade de compor turma mínima, com o Online, será possível congregar várias cooperativas, trocar experiências e soluções inovadoras, intercambiar nossas expertises e – com isso – fortalecer ainda mais o cooperativismo”, completa.
Outro aspecto importante, é que por meio da participação dos cursos, capacitações e treinamentos, o Sistema OCB/PA consegue monitorar as cooperativas, analisar e convidá-las para participação de projetos específicos, investir em algum programa especial, como o de Programa de Aprimoramento da Gestão Cooperativista (Gescoop), que traça um planejamento estratégico centrada na viabilidade, metas e perfil da própria cooperativa. “A cultura cooperativista é algo que precisa ser alimentado e esse alimento se chama educação. Cada gestão possui um nível de maturidade. Quanto mais capacitada, mais maturidade e condições de crescimento as cooperativas terão.”, finaliza Raiol.
Veja o calendário de agosto dos cursos online:
- 10/08 – Curso Básico de Cooperativismo
- 11/08 – Curso de Conselho de Administração
- 13/08 – Curso de Conselho Fiscal
- 14/08 – Curso de Governança Cooperativa
- 17/08 – Curso Básico de Cooperativismo
- 18/08 – Curso de Conselho de Administração
- 20/08 – Curso de Conselho Fiscal
- 20/08 – Curso de Governança Cooperativa
Informações e inscrições: (91) 9155-2580/
Embora o principal produto seja o dendê, a cooperativa está fazendo experiências em SAFs, avi e psicultura

Da zona rural do município de Moju, direto para a sua mesa. Esse é o objetivo da COOPERPALMA, cooperativa agropecuária, que nasceu no dia 09/12/2019, com 66 cooperados para comercializar dendê para uma grande indústria da região. Hoje, já com um número maior de cooperados, mais de 70, busca a diversificação da produção com o apoio do Sistema OCB/PA, Sindicato Rural e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
A cooperativa está investindo em conhecimento e parcerias para, aos poucos, sair da monocultura. Está plantando em sistema agroflorestal cacau, banana e açaí. Já possui 90 mil mudas de cacau e 10 mil de banana. Também está investindo em hortaliças e começando as primeiras experiências com a avi e psicultura. Prova disso é a avaliação positiva da proposta feita pela cooperativa à Embrapa Pesca e Aquicultura, de Palmas (TO), “Rações com subprodutos das agroindústrias paraense: um caminho para o desenvolvimento piscícola”, no último dia 31, que atendeu a todos os critérios “de desenvolvimento de soluções tecnológicas por meio e mecanismos de inovação aberta” e, em breve, começará a ser acompanhada pela Embrapa Amazônia Oriental.
“O nosso objetivo aqui é alimentação. Tudo que pudermos trabalhar, da melhor maneira possível, gerando qualidade de vida para os nossos cooperados e clientes é a nossa meta”, conta Daniel Martins, presidente da COOPERPALMA.
Antenada às oportunidades, a cooperativa pleiteou junto ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (Ifpa) a possibilidade de ser tornar uma unidade recebedora do Programa de Residência Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que abriu um edital para que estudantes de cursos de ciência agrárias de nível superior ou técnico, em fase de conclusão ou recém-concluintes, para que possam fixar residência em unidades recebedoras de empreendimentos agro. Já no início deste mês, a cooperativa também recebeu a confirmação que serão uma unidade recebedora do Programa.
“Um dos principais problemas no nosso Estado é a escassa assistência técnica. Um Programa como esse ajudará muito em curto, médio e longo prazos porque aproxima as academias da realidade dos nossos empreendimentos cooperativistas. Isso irá gerar mais resultados para as cooperativas, mais conhecimento para os estudantes e, consequentemente, mais produção de científica. Todos ganham”, enfatiza Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA.

O Programa
As cooperativas podem se candidatar como unidades recebedoras de estudantes residentes deste que arquem com o translado, alimentação e hospedagem de cada residente, quando ou se houver necessidade. Para orientar sobre a participação e os critérios de seleção, o Ministério disponibilizou uma Manual de Operações do Programa de Residência Agrícola.
As instituições de ensino deverão enviar propostas para o Mapa até o próximo dia 17. Para estudantes de ensino técnico, a bolsa mensal é de R$900,00 e, para os de graduação ou recém-egressos, de R$1.200,00. As bolsas terão prazo de até 12 meses. A carga horária do trabalho dos residentes é de 40 horas semanais. Os professores orientadores também receberá uma bolsa de R$200,00 por aluno, para orientar de 5 a 10 alunos.
No próximo dia 06, a COOPERPALMA receberá representantes do Sistema OCB/PA, do Senar e agentes públicos, que farão a entrega de certificados de cursos, rodadas de conversa e esclarecimentos gerais sobre o mercado, oportunidades e inovação.
“Estamos certos que essa cooperativa tem um grande potencial. Prova disso é essa visão cada vez mais aberta, inovadora e vincada na cooperação”, adianta Raiol.
Entre as iniciativas acordadas, constam: agregar valor aos bioprodutos das cooperativas; gerar novos negócios de base tecnológica a partir da biodiversidade e solucionar gargalos tecnológicos que impactem na melhoria de competitividade das cooperativas.
A Organização Social BioTec-Amazônia assinou acordo de cooperação com o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileira do Estado do Pará (OCB/PA), no dia 23 de junho 2020. A articulação de alianças duradouras com associações, lideranças empresariais, acadêmicas e de governo, voltadas para o aumento da inovação em setores econômicos é parte do trabalho da BioTec-Amazônia junto à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), por meio de arranjos institucionais inovadores que estabeleçam uma nova cultura de relacionamento em prol do desenvolvimento sustentável.
O Diretor-Presidente da BioTec, Professor José Seixas Lourenço, reforça que as assinaturas de acordos de cooperação, são celebrações que instituem parcerias para a criação e consolidação de ambientes de inovação nas regiões de integração do Estado. “As celebrações têm por objetivo estabelecer parceria para a viabilização de cooperação técnico-científica, visando o desenvolvimento de atividades de interesse comum das instituições partícipes e a execução de projetos, estudos e pesquisas, com foco nas áreas de biodiversidade, biotecnologia e bionegócios. Assim, a BioTec-Amazônia busca introduzir tecnologia e inovação nas cadeias produtivas, por meio das cooperativas vinculadas à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)”, destacou.
Para Ernandes Raio, Presidente do Sistema OCB/PA, esse acordo de cooperação é uma maneira de articular estratégias com atores locais. “A OCB/PA fica muito feliz em poder participar e tem como perspectiva poder articular parcerias estratégicas entre os atores locais, envolvendo os produtores entre eles os cooperados de nossas cooperativas, os agentes públicos e a academia, para que sejam desenvolvidos e implantados projetos de pesquisas que valorizem toda a nossa potencialidade, bem como tragam resultados expressivos e reais às nossas cooperativas”, explicou.
A OCB/PA agora participa de reuniões com a BioTec-Amazônia, como a que ocorreu no último dia 24 de julho de 2020, onde foi aprofundada a capacidade da OCB de agregar alternativas para o trabalho da OS. “Como representantes do Cooperativismo, vamos caminhar juntos com as instituições de ensino superior e tecnológicas, sejam elas públicas ou privadas, assim como junto aos governos estadual e municipal, servindo de ferramenta para o desenvolvimento do cooperativismo paraense”, disse Raiol.
Entre as iniciativas acordadas pelas entidades assinantes estão: agregar valor aos bioprodutos das cooperativas; gerar novos negócios de base tecnológica a partir da biodiversidade e solucionar gargalos tecnológicos que impactem na melhoria de competitividade das cooperativas. “Hoje, por exemplo, buscamos por meio de nossas cooperativas do ramo agropecuário, desenvolver a verticalização da produção, gerando emprego e renda para as pessoas que estão ao entorno de nossas cooperativas e é imprescindível a preocupação com o meio ambiente, por meio da utilização de uma energia limpa e renovável, assim como o tratamento dos resíduos gerados devido a verticalização. Além disso, junto com a UFRA, desenvolvemos o COMPRASCOOP PA, um aplicativo de compras que permite o consumidor comprar produtos de qualidade, a um preço justo e diretamente do produtor”, finalizou Ernandes Raiol.
Eixos – A BioTec-Amazônia já realizou assinatura de Acordos de Cooperação Técnica com Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação e Secretarias de Estado. As entidades, assinantes do termo, estabeleceram, entre outros, o objetivo de contribuir com a governança inovadora, auxiliando a BioTec-Amazônia a articular com os diferentes segmentos (lideranças empresariais, acadêmicas e de governo).
Além disso, podem contribuir para a prospecção e atração de novos negócios para o Parque de Ciência e Tecnologia promovendo e incentivando, juntamente com a OS, a participação em eventos, fóruns e vitrines de invenções de potenciais investidores.
Quem somos – A BioTec-Amazônia tem por finalidade promover o uso sustentável da biodiversidade amazônica, em especial do estado do Pará, construindo projetos em parceria com ICT’s e o setor privado, agregando valor a biodiversidade por meio do estudo biotecnológico dos principais ativos voltados aos setores de biocosméticos, superfoods, nutracêuticos e de fármacos, o que permitirá atrair novos investimentos para o estado do Pará no setor de bioeconomia. A BioTec-Amazônia atua também no suporte tecnológico as cadeias produtivas locais nas regiões de integração do estado, promovendo ambientes de inovação junto as ICT’s locais, desenvolvendo projetos que aproveitem o potencial produtivo da região tais como a cadeia da piscicultura, pecuária, fruticultura, florestas e produtos não madeireiros com ênfase na manutenção floresta em pé e agricultura sustentável de baixo carbono.
Fonte: Ascom Biotech - Sílvia Leão

As ações em prol do cooperativismo paraense foram destaque na mídia desta semana: a grande conquista da primeira cooperativa de crédito, SICOOB Transamazônica, a repassar uma das linhas de crédito mais importes da região: o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO); e a comitiva formada pelo Sistema OCB/PA e Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo do Pará (FRENCOOP/PA) a cooperativas de Paragominas.

Dando continuidade ao programa de fortalecimento da representação política das cooperativas, o Sistema OCB/PA está promovendo uma série de visitas técnicas com parlamentares a singulares paraenses. A deputada estadual professora Nilse Pinheiro visitou, na última quarta (29), as sedes da COOPERNORTE e SICREDI Sudoeste MT/PA.
No planejamento previsto, ainda serão realizadas visitas técnicas em outros municípios para que os representantes do Pará no âmbito político conheçam de perto a realidade das cooperativas. O objetivo é criar um plano de trabalho com as demandas políticas prioritárias para a Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo Parense (FRENCOOP/PA), presidida pela deputada estadual.
“A deputada pôde conhecer de perto as necessidades que estão impactando diretamente no crescimento das cooperativas. Já marcamos uma reunião de trabalho na próxima semana para estruturar todas as demandas, compreendê-las melhor e encontrar as melhores alternativas”, reiterou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Pela manhã, se iniciaram as visitas. A equipe da Cooperativa Agroindustrial Paragominense (COOPERNORTE) recebeu a comitiva na sua sede administrativa, onde foram apresentados os resultados da singular em números, os desafios estabelecidos em seu planejamento e as principais demandas no âmbito político.

Os 88 cooperados atuam com a produção de soja, milho, sorgo e milheto. A cooperativa teve um crescimento de 47,8% em seu faturamento durante os últimos quatro anos. Em 2015, a COOPERNORTE chegou a R$ 68,9 milhões. Em 2019, o faturamento chegou a R$ 328,7 milhões. A projeção é que o número ultrapasse os R$ 419 milhões ainda em 2020.
A estratégia de crescimento da cooperativa visa, após a ampliação da capacidade de armazenamento e do laboratório de classificação, fomentar a integração da lavoura pecuária com produtos e serviços, integração com avicultura e implantar fábrica de ração e óleo na etapa de verticalização. Na etapa de expansão, em até sete anos, se buscará o fomento à produção animal de peixes e suínos, assim como a criação de marca própria de produtos agroindustriais.
Na ocasião, foram entregues dois ofícios à deputada Nilse Pinheiro com demandas política a serem apresentadas ao Governo do Estado e à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA). Um deles se refere ao tratamento tributário aos produtores rurais e estabelecimentos agroindustriais, com a prorrogação permanente dos efeitos do capítulo 23 do Regulamento do ICMS.

“O artigo 174 concedia o diferimento do ICMS aos produtores rurais na saída interna de arroz, milho, feijão e soja quando destinados a estabelecimentos industriais, assim como a redução da base de cálculo dos seus produtos de forma que a carga tributária líquida fosse de 2%. Também isentava o produtor no pagamento do ICMS nas aquisições de máquinas, equipamentos e implementos destinados ao ativo imobilizado. A manutenção desses pontos é fundamental para fomento da atividade produtiva”, afirmou o presidente da COOPERNORTE, Bazílio Carloto.
Outra demanda levantada foi a alteração da redação do artigo 100 do decreto 308/19, que concede isenção na prestação de serviço de transporte intermunicipal de grãos, destinada ao contribuinte do imposto que tenha inicio e término em território paraense. Atualmente, o texto limita a abrangência da isenção às cooperativas, pelo fato de o tomador do serviço ter de ser estabelecimento “produtor” deste Estado. No entanto, uma das finalidades das cooperativas é receber a produção, comercializá-la e garantir benefícios aos produtores cooperados.

SICREDI
A deputada estadual também visitou a agência da cooperativa SICREDI Sudoeste MT/PA em Paragominas. A parlamentar conheceu o espaço físico, os serviços disponibilizados pela singular, os resultados em números e as demandas políticas.
As solicitações apresentadas foram: articulação política para operar com o consignado junto aos servidores públicos do Estado; início das operacionalizações com o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), para atender a comunidade, pessoas jurídicas e produtores rurais; Realizar o recebimento dos tributos estaduais por meio de convênio com a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA).
“Foi um prazer receber a deputada e apresentar as demandas pensando no desenvolvimento local da comunidade. Tenho certeza que, junto com a OCB/PA, a Frente Parlamentar irá nos apoiar para avançar nesses temas”, afirmou o gerente regional do SICREDI Sudoeste MT/PA, Cristiano Oliveira.

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa que oferta soluções e benefícios aos cooperados no acesso ao crédito. O Sistema tem presença nacional e, no Pará, a singular está presente em 26 municípios, possui 85 mil associados, 36 agências, 530 colaboradores, R$ 1,8 bilhões em ativos e R$ 80 milhões de resultado em 2019.
“Conhecemos experiências exitosas e sentimos também as suas dores. Vamos levá-las para discussão na ALEPA, Secretarias e com o Governador do Estado. A FRENCOOP tem essa missão de atender de forma personalizada, entender, apoiar e defender as cooperativas. Sabemos que o cooperativismo pode alavancar o desenvolvimento do Pará”, completou Nilse.